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17/12/2013 às 11:01•2 min de leitura
Você já ouviu falar em superbactéria? Então preste atenção, pois esse nome assusta muito quem é da área da Saúde. Você já sabe que bactérias causam infecções e que essas infecções são tratadas com antibióticos, certo? Quem criou o primeiro antibiótico, a penicilina, foi o farmacologista Alexander Fleming.
O problema é que muitas vezes os pacientes não tomam a medicação pelo período recomendado e acabam parando assim que os sintomas mais comuns – como a dor e a vermelhidão – passam. A bactéria, porém, pode continuar no corpo do paciente, sem ter sido morta e, como já foi atacada uma vez por antibióticos, ela vai criando uma espécie de resistência a esse tipo de droga.
É por isso que algumas pessoas tomam remédios sem sentir efeito algum, e é por isso também que muita gente fica doente várias vezes seguidas: por não tratar a doença do jeito certo. Um dos problemas atuais, quando o assunto é bactéria, é o aparecimento do que médicos e cientistas chamam de superbactéria.
Fonte da imagem: Reprodução/Uipi
Esse micro-organismo não morre com o uso de antibióticos comuns. O problema está exatamente no fato de que até o momento não há medicamento capaz de tratar superbactérias. A contaminação, porém, não tem como ser controlada.
O Zero Hora divulgou recentemente uma matéria falando que o estado de Porto Alegre teve o número de contaminação por superbactérias dobrado. Não há apenas um tipo desse agente; são vários, sendo que um deles, o NDM-1, é oriundo da Índia e considerado novo aqui no Brasil.
De acordo com o History, somente nos EUA 2 milhões de pessoas são infectadas por essas bactérias super-resistentes todos os anos. O mesmo canal divulgou outro dado alarmante: a parcela de bactérias resistentes subiu de 0,5% para 50% nos últimos dez anos.
Fonte da imagem: Reprodução/Folha
Essas superbactérias são conhecidas por causar graves infecções hospitalares. Nesses casos, os pacientes já muito debilitados precisam receber cuidados intensivos em isolamento, mas muitas vezes não resistem ao tratamento e morrem.
A esperança para acabar com esse tipo de agente está depositada agora em um coral brasileiro, conhecido como orelha-de-elefante. Esse tipo de cnidário pode ser encontrado na costa brasileira que vai do Maranhão até o Rio de Janeiro. “Por viverem fixos, os corais usam estratégias para sobreviver em meio a verdadeiras ‘guerras químicas’. Eles têm substâncias para se defender que podem ser usadas, por exemplo, no combate a esta superbactéria (KPC)”, disse a bióloga Débora Pires, em declaração publicada no Estado de Minas.