Artes/cultura
28/03/2016 às 06:40•2 min de leitura
Uma pesquisa recente fez uma experiência com alguns voluntários que falavam alemão. Um pouco antes de dormir, eles aprenderam algumas palavras novas em holandês. Um dos grupos de voluntários ficou ouvindo uma gravação com essas mesmas palavras, enquanto dormia. O outro grupo dormiu sem qualquer interferência.
Depois, os pesquisadores testaram a memória dos participantes, e aqueles que ficaram no grupo que ficou ouvindo as palavras repetidamente foram os que conseguiram identificar melhor os verbetes em holandês. Os cientistas fizeram com que o outro grupo ouvisse as palavras também, só que acordado, com a finalidade de provar que o sono era mais eficaz na hora de memorizar os verbetes. De fato, aqueles que ouviram as palavras enquanto realizavam tarefas acordados se lembraram bem menos delas.
Inspirados no jogo Guittar Hero, um grupo de cientistas ensinou algumas técnicas de guitarra a um grupo de voluntários. Depois, todos eles foram tirar um cochilo e, quando acordaram, tinham que tocar o que haviam aprendido anteriormente. Sem que soubessem, um grupo de pessoas ouviu durante o soninho a mesma música que haviam aprendido – adivinha só? Esse grupo foi o que se deu melhor na hora de tocar a música depois.
Um estudo feito em 2013 testou habilidades de memória de um grupo de participantes. Basicamente, eles usaram um programa de computador através do qual precisavam esconder um objeto virtual em um lugar específico da tela. Quando colocavam o objeto no lugar certo, ouviam um determinado barulho. Depois, como você já pode imaginar, os participantes dormiram, só que agora por duas vezes seguidas.
No primeiro cochilo, tudo normal. Durante o segundo, no entanto, eles ouviram o mesmo som que escutaram quando realizaram a atividade de esconder o objeto – ninguém se lembrou de ter ouvido o som enquanto dormia.
O fato é que, depois dos cochilos, as pessoas se lembraram pouco da tarefa de esconder o objeto, mas, depois do segundo cochilo, elas se lembraram muito mais da localização do objeto.
Se a ideia é não se esquecer de alguma coisa específica, talvez o que você precisa fazer seja o que revelou este estudo: ouvir algum som que remeta à memória que você quer manter fresquinha, mesmo que esse som seja desagradável.
Os pesquisadores pediram para que um grupo de voluntários posicionasse ícones na Área de trabalho de um computador – cada ícone tinha uma localização específica. Quase como no experimento anterior, quando cada ícone era posicionado no lugar correto, os voluntários ouviam um determinado ruído. Depois, hora do soninho. Metade dos voluntários dormiu normalmente, enquanto a outra metade ouviu os mesmos sons novamente.
Aqueles que ouviram o sons não apenas se lembraram da localização dos ícones, como também conseguiram se lembrar das memórias que estavam atreladas a esses sons. Bizarro, né?
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