Ciência
28/01/2015 às 13:18•3 min de leitura
Já aconteceu com você de se esquecer de uma coisa e um amigo apontar que isso é sinal de que “a idade está chegando”? Pois o seu amigo não está de todo errado, e é fato comprovado que a perda de memória está associada ao envelhecimento.
Contudo, conforme apontou Amanda Gardner da Time, existem algumas coisinhas aprovadas pela Ciência que podemos fazer para manter o nosso cérebro sempre alerta e retardar a chegada de alguns problemas relacionados com a idade. Veja 7 truques sugeridos por Amanda a seguir:
Tudo bem que digitar mensagens é muito mais rápido do que escrevê-las de próprio punho, mas diversos estudos apontaram que aprendemos melhor quando tomamos notas escrevendo à mão. E mais: quando escrevemos usando as letras cursivas — aquelas que treinamos naqueles velhos cadernos de caligrafia — o resultado é ainda melhor.
Isso ocorre por que escrever à mão nos força a processar a informação que estamos anotando, ajudando no processo de consolidação da memória. Além disso, testes realizados com estudantes indicaram que os que costumam escrever com letras cursivas se saem melhor em testes de interpretação de texto e cometem menos erros de ortografia.
Um estudo realizado com idosos revelou que os que se dedicavam à dança de salão entre 3 e 4 vezes por semana apresentavam um risco até 75% menor de desenvolver demência quando comparado com os que simplesmente não dançavam. Segundo os cientistas que conduziram a pesquisa, isso se deve ao fato de, além de a dança ser uma atividade complexa, ela é um exercício aeróbico que melhora o fluxo de sangue até o cérebro e, com isso, as conexões cerebrais.
E aqui nos referimos a atividades como lavar a louça, cozinhar, fazer faxina etc. Segundo um estudo, a realização desses trabalhinhos pela casa está associada a um menor risco de desenvolver doenças degenerativas. Isso por que essas tarefas ajudam a contabilizar a favor das atividades físicas que deveríamos realizar diariamente para manter o corpo e a mente sempre saudáveis.
Aliás, esse estudo mencionado pelo pessoal da Time revelou que o risco de que pessoas que não fazem qualquer atividade física de desenvolver o mal de Alzheimer é duas vezes maior do que o de pessoas que estão o tempo todo achando coisas para fazer!
Participar de atividades sociais, assim como passar bastante tempo na companhia de familiares e amigos, pode ser uma das melhores formas de manter o cérebro sempre alerta — especialmente para os idosos.
Segundo uma pesquisa conduzida por pesquisadores da Universidade de Wisconsin, pessoas mais velhas com uma ampla rede de apoio social apresentaram melhores resultados em testes que mediam suas memórias e velocidade de processamento mental, indicando que a agilidade mental está relacionada ao envolvimento social de cada um.
Seja com atividades físicas ou mentais, o importante é sempre desafiar os próprios limites e tentar ir um pouquinho além. Assim, não se contente com solucionar as palavras-cruzadas mais simples e vá aumentando o nível de dificuldade, por exemplo. Além disso, não se acomode com caminhar 5 quilômetros, mas almeje correr essa distância. E quando você conseguir fazer isso, corra 7, 10 e por aí vai. O importante é forçar seus limites sempre.
Apesar da necessidade de manter a mente e o corpo sempre ativos e no limite, não podemos nos esquecer de que também é preciso recarregar a “bateria”. Nesse sentido, vários estudos apontaram que dormir entre 7 e 8 horas por noite pode ajudar a prolongar as nossas vidas, assim como problemas associados ao sono — como a insônia e a apneia, por exemplo — parecem estar relacionados com o declínio cognitivo.
Além da importância de dormir bem durante a noite, um estudo realizado por pesquisadores alemães apontou que tirar sonecas — mesmo que seja durante apenas alguns minutos — durante o dia pode ter um impacto positivo na memória.
Um estudo conduzido por pesquisadores franceses ao longo de 20 anos, apontou que pessoas que curtem jogar — seja xadrez, bingo, dama, tranca, banco imobiliário etc. — apresentam um risco 15% menor de desenvolver demência do que pessoas que não gostam de jogar nada. Segundo os cientistas, essas atividades podem ajudar a criar uma espécie de “reserva” cognitiva que poderá ser usada para retardar o surgimento de problemas conforme envelhecemos.
Aliás, já que estamos falando nisso, a ideia também vale para quebra-cabeças e jogos de videogame que desafiam a capacidade mental dos gamers. Em uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade Estadual da Flórida, pessoas que jogavam Portal 2 apresentaram melhor desempenho na solução de problemas e em testes de persistência, e demonstraram ter mais consciência espacial do que pessoas que não jogam.