Por que é que os raios ultravioletas queimam a nossa pele?

10/02/2014 às 12:192 min de leitura

Além das temperaturas mais elevadas nesse período, os especialistas têm demonstrado uma preocupação especial com a quantidade de raios ultravioletas a que estamos expostos neste verão.

Os raios ultravioletas, também conhecidos como UV, se dividem em dois tipos – UVA e UVB. Esses dois tipos de raios têm um comprimento de onda inferior ao que conseguimos enxergar, o que faz com que sejam uma ameaça invisível. Os raios ultravioletas A têm um comprimento de onda maior do que o dos raios ultravioleta B. Sabe-se há bastante tempo que os raios UVB são nocivos, mas estudos recentes alertam para a importância de se proteger também contra os raios UVA.

Fonte da imagem: Reprodução/Skin Cancer Foundation

Em geral, a exposição inadequada ao sol e, consequentemente, a esses raios, podem causar danos aos olhos e à pele, causar queimaduras, acelerar o envelhecimento e, em último caso, resultar em câncer de pele. Mas afinal, como é que os raios ultravioletas queimam a nossa pele?

Como surgem as queimaduras

De acordo com Antonio Ruiz de Elvira, professor de Física Aplicada da Universidade de Alcalá de Henares, na Espanha, a nossa pele está organizada para impedir que determinados comprimentos de onda penetrem nela. Porém, pequenos comprimentos de onda conseguem atravessar as fibras da epiderme e alcançar o interior das células.

Fonte da imagem: Shutterstock

Sabe-se que a energia das ondas é capaz de se dividir em uma superfície equivalente ao quadrado do seu comprimento de onda. Sendo assim, uma onda curta acumula sua energia em um espaço minúsculo, que é o que acontecem com os raios UVA e UVB. Essas ondas são capazes de destruir ou alterar a configuração das células, o que pode acabar provocando câncer.

Um dos mecanismos que o corpo desenvolveu para se proteger é a melanina. Esse pigmento que dá cor aos olhos e cabelos funciona como uma espécie de proteção para a pele, impedindo a passagem dos raios ultravioletas.

O efeito da exposição

Assim fica fácil concluir que as queimaduras ocorrem quando uma grande quantidade de raios ultravioletas afeta a pele. Dentro de duas a seis horas, a pele inadequadamente exposta ganha uma coloração avermelhada por causa da queimadura. Esse processo continua a acontecer dentro das próximas 24 a 72 horas. E, além da coloração alterada, a pele queimada também fica mais sensível ao calor (raios infravermelhos).

Quanto maior a exposição à radiação, mais grave é a queimadura. O tempo de exposição necessário para causar uma queimadura varia de pessoa para pessoa. Aqueles que têm a pele muito clara, clara ou morena clara tendem a ser mais sensíveis e se queimar com facilidade. Segundo o site Sun Smart, uma pessoa clara pode conseguir uma queimadura em apenas 11 minutos em um dia de verão. Já as pessoas de pele escura dificilmente se queimam.

Fonte da imagem: Shutterstock

Independente da idade da pessoa e da gravidade do problema, as queimaduras podem causar danos permanentes e irreversíveis à pele. A longo prazo, isso pode resultar em câncer de pele. Por isso, é preciso ter em mente que o acúmulo da sua exposição solar, juntamente com as eventuais queimaduras que podem ocorrer ao longo da vida, são fatores que se somam e aumentam o risco de câncer.

Então, como diria o nosso caro Pedro Bial, nunca deixem de usar filtro solar!

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