Artes/cultura
25/05/2013 às 07:10•1 min de leitura
Você consegue conceber a ideia de que há muitas cores na natureza que você simplesmente não enxerga? Essas cores existem, mas a anatomia dos olhos humanos não nos permite vê-las. Fisiologicamente falando, imagine que os olhos têm, geralmente, três cones que capturam as imagens que enxergamos e enviam ao nosso cérebro as informações correspondentes a essas cores. Resumidamente, é assim que funciona. Esse grupo é conhecido como tricromata, devido à presença dos três cones.
Quem é daltônico tem apenas 2 cones que funcionam perfeitamente e, por isso, a percepção de cores de uma pessoa com daltonismo é menor do que uma pessoa sem essa condição. Se antes tínhamos os tricromatas, nesse caso a Ciência classifica o grupo como dicromata.
Há algum tempo, porém, cientistas descobriram uma mulher que tem quatro cones e pode enxergar 99 milhões de cores a mais do que uma pessoa tricromata, sendo, portanto, uma tetracromata. Estamos falando de cores que não possuem nomes, já que não podem ser vistas pela maioria das pessoas.
Fonte da imagem: Reprodução/Escolasites
A pesquisadora Dr. Grabriele Jordan disse ter passado 20 anos à procura de um tetracromata e encontrou sua primeira paciente há cerca de dois anos. A mulher não teve o nome revelado, mas se sabe que é uma médica inglesa e, apesar de ser a primeira tetracromata relatada cientificamente, alguns médicos acreditam que há mais pessoas com essa característica extremamente rara no mundo.
Dr. Gabriele explicou que durante suas pesquisas, chegou a encontrar outras pessoas tetracromatas, mas que por algum motivo não tinham a característica dessa multivisão de cores. Se você está se perguntando como é o mundo de alguém que enxerga 99 milhões de cores a mais do que o normal, saiba que isso é considerado impossível de se explicar verbalmente. É como tentar explicar a um cego de nascença o que é um mundo colorido.