El Niños monstruosos podem ter acabado com 90% da vida na Terra!

10/10/2024 às 15:002 min de leituraAtualizado em 10/10/2024 às 15:00

Há cerca de 252 milhões de anos, a Terra enfrentou um dos momentos mais dramáticos de sua história: a extinção do Permiano-Triássico, também chamada de Grande Morte. Nesse período, cerca de 90% de todas as espécies desapareceram. 

Erupções vulcânicas maciças e mudanças climáticas extremas, conhecidas como Mega El Niños, estiveram entre os principais causadores desse evento devastador. Esses intensos ciclos de aquecimento, fundamentais para a extinção em massa, servem como alerta para o que pode acontecer caso as atuais mudanças climáticas sigam sem controle.

O impacto dos Mega El Niños e as condições extremas

Os Mega El Niños causaram um caos climático extremo, resultando em temperaturas insustentáveis e colapso dos ecossistemas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Os Mega El Niños causaram um caos climático extremo, resultando em temperaturas insustentáveis. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Durante o período da Grande Morte, os Mega El Niños causaram um caos climático sem precedentes. Esses eventos resultaram em temperaturas elevadíssimas e padrões climáticos caóticos, que persistiram por décadas.

Em conjunto com as erupções vulcânicas na atual região da Sibéria, que liberaram grandes quantidades de dióxido de carbono, as condições climáticas tornaram-se insustentáveis para a vida na Terra.

O excesso de gases de efeito estufa desencadeou um colapso completo dos ecossistemas. Os efeitos desse aquecimento fez com que a Terra entrasse em um ciclo vicioso em que os Mega El Niños exacerbavam o calor extremo e os padrões de precipitação erráticos.

Espécies em diversas regiões enfrentaram uma situação inescapável, sem tempo para se adaptar ou migrar, já que a variabilidade do clima aumentava drasticamente.

O papel das plantas para a sobrevivência

A morte em massa das plantas levou ao colapso dos ecossistemas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
A morte em massa das plantas levou ao colapso dos ecossistemas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

A morte em massa da vegetação foi um dos eventos mais críticos desse período. As plantas, responsáveis por retirar o dióxido de carbono da atmosfera e sustentar as cadeias alimentares terrestres, não sobreviveram ao aquecimento extremo.

Sem vegetação, a Terra perdeu sua principal defesa contra o acúmulo de CO2, o que resultou em uma escalada no colapso dos ecossistemas. A partir disso, muitas espécies de animais também desapareceram, já que sua fonte de alimento e abrigo desapareceu com as florestas.

Os oceanos, inicialmente protegidos do aumento de temperatura, logo começaram a aquecer além dos limites suportáveis para a vida marinha, o que levou à extinção de muitas espécies aquáticas.

Poucos organismos, como os conodontes, conseguiram sobreviver e deixar fósseis que hoje permitem aos cientistas entender melhor o que aconteceu durante essa fase. Eles fornecem pistas cruciais sobre como as mudanças de temperatura ocorreram e como afetaram a vida na Terra.

O alerta é claro: o aquecimento global não se limita ao aumento das temperaturas, mas também intensifica eventos climáticos extremos que podem criar um ambiente hostil para a vida no planeta. Assim como há milhões de anos, o futuro da vida na Terra pode depender da nossa capacidade de responder a essas mudanças antes que seja tarde demais.

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