Alguns acontecimentos precisam de comportamentos específicos que podem fazer a diferença entre viver e morrer. 

<p style="text-align:justify;">A vida está cheia de ocorrências que nunca imaginamos, mas que podem acontecer num piscar de olhos. Por isso, estar atento a certos problemas — e saber como reagir a ele — pode ser fundamental para a sobrevivência.</p><h2 style="text-align:justify;">1. Cuidado com o cheiro de peixe!</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/12/12124148354117.jpg" alt="Cheiro de peixe pode ser um mau sinal. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>Cheiro de peixe pode ser um mau sinal. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Se você não está cozinhando ou preparando um peixe em casa, é bom ficar atento à situação e, de preferência, ficar longe desse lugar. A razão? Simples,<strong>&nbsp;o cheiro de peixe pode ser o indicativo de que está havendo um incêndio elétrico no local</strong>.</p><p style="text-align:justify;">Isso acontece porque os produtos envolvidos na fiação elétrica, quando começam o processo que antecede o fogo, exalam um cheiro parecido com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127589-por-que-peixe-fede-tanto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">odor dos peixes</a>, o que é um sinal para você sair correndo o mais rápido possível.</p><h2 style="text-align:justify;">2. Não saia do carro!</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/12/12124039821114.jpg" alt="Não saia do carro se tiver fios expostos. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>Não saia do carro se tiver fios expostos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Se você bater em um poste e ele cair em cima do seu carro, não saia dele. Se presenciar isso acontecer, grite para quem estiver dentro do automóvel não sair (faça essa ação em segurança, claro). Agir assim é crucial para salvar a sua vida ou de outras pessoas por uma questão prática: ao sair do veículo, a chance de ser atingido por um fio de alta tensão é alta — e mortal.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Obviamente que, caso haja o risco de incêndio, será preciso deixar o carro.<strong>&nbsp;A única forma correta de sair é pular do carro sem tocar na estrutura e com os dois pés juntos, além de caminhar em passos curtos</strong>.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">A razão é que, ao sair do carro, existe a chance da pessoa tocar na estrutura do carro e no solo simultaneamente, transformando-se num condutor de eletricidade. O resultado será uma queimadura cruel.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Além disso, a área ao redor do veículo pode estar energizada, necessitando que você caminhe lentamente e com os pés juntos. Especialistas informam que, quanto mais longe estiverem os pés, maiores são as chances de corrente viajar pelos pés afastados. &nbsp;</p><h2 style="text-align:justify;">3. Panela em chamas? Nunca coloque água</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/12/12123751640113.jpg" alt="Nunca jogue água numa panela em chamas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>Nunca jogue água numa panela em chamas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">A influenciadora Adriana Lua ficou conhecida no <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127325-masterdating-conheca-a-nova-tendencia-entre-os-solteiros-do-tiktok.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">TikTok</a> por contar seu drama de ter tido 40% do corpo queimado num acidente de cozinha. O acidente ocorreu quando Adriana jogou água numa panela em chamas, resultando numa explosão que a marcou para sempre.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Ao jogar água numa panela em chamas, <strong>a água vai rapidamente sair do estado líquido para o gasoso, formando uma área de vapor que pode causar muito estrago</strong>. Além disso, se tiver óleo, esse óleo quente também será ejetado, aumentando os danos.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;"><strong>O melhor a fazer é manter distância</strong>. Se possível, desligue a fonte de gás e espere o fogo baixar. Caso tenha condição segura, cubra com uma tampa para abafar o fogo, o que fará com que ele reduza até ser extinto.&nbsp;</p><h2>4. Saiba onde estão todas as saídas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/12/12123653771112.jpg" alt="Saiba onde estão as saídas de emergência. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>Saiba onde estão as saídas de emergência. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">O incidente trágico do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124172-6-fatores-para-entender-o-incendio-da-boate-kiss.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">incêndio na boate Kiss</a>, que ocorreu em 2013, evidencia a importância vital de conhecer a localização das saídas em um ambiente. Muitas vidas foram perdidas porque várias pessoas, pensando estar se dirigindo para a saída, acabaram entrando nos banheiros.</p><p style="text-align:justify;">Por isso, o indicado é <strong>sempre buscar memorizar as saídas de um determinado lugar, principalmente se estiver lotado</strong>. O efeito manada normalmente faz com que as pessoas sigam as outras na hora do desespero. O problema é que muitas podem estar perdidas e não conseguirão sair antes de uma tragédia acontecer. &nbsp;</p><p style="text-align:justify;">A partir de hoje, ao chegar em qualquer lugar, atenha-se a todas as saídas disponíveis. Esse simples ato pode ser a diferença para a sua sobrevivência e bem-estar.&nbsp;</p><h2 style="text-align:justify;">5. Conheça a manobra de Heimlich</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/12/12123321386111.jpg" alt="A manobra de Heimlich pode salvar vidas. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>A manobra de Heimlich pode salvar vidas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p style="text-align:justify;">Segundo dados do Ministério da Saúde, só em 2023, cerca de 2 mil pessoas morreram engasgadas no Brasil. Talvez o número seria outro se mais pessoas soubessem a <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/46778-o-medico-que-salvou-muitas-vidas-e-queria-curar-a-aids-com-malaria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>manobra de Heimlich</strong></a>, uma <strong>técnica que consiste em pressionar firmemente a área entre o umbigo e o esterno (osso central do peito), forçando o ar dos pulmões a expelir o objeto</strong>, desobstruindo as vias respiratórias de quem está engasgando.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Para isso, <strong>fique atrás da pessoa, envolva seus braços ao redor da cintura dela e pressione rapidamente entre o umbigo e o esterno</strong>. Repita até que o objeto seja expelido ou a pessoa recupere a respiração.&nbsp;</p><p style="text-align:justify;">Se for você a pessoa com engasgo e estiver sozinho, pode usar uma superfície firme para aplicar a pressão abdominal contra si mesmo. Após a manobra, busque ajuda médica imediatamente.</p>

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5 ações que podem salvar a sua vida — ou a de outras pessoas 

Se produzimos mais alimento do que nunca, então por qual motivo mais de 700 milhões de pessoas passam fome?

<p>Para entender por que&nbsp;<strong>o sistema alimentar mundial está falido</strong>, é necessário saber do que ele se trata. Quando falamos em sistema alimentar mundial, também conhecido como sistema agroalimentar, nos referimos a uma infraestrutura que engloba todo um departamento logístico de consumo e atividades do consumo de alimentos em escala global, desde instituições que fornecem os meios até atores diretos e indiretos, como agricultores, governos, organizações, ONGs e empresas agroalimentares.</p><p>Esse sistema interconectado é essencialmente político, não só por tocar em assuntos que vão desde segurança alimentar, sustentabilidade ambiental, equidade social e mudanças climáticas; mas por ser um reflexo íntimo do desenvolvimento e expansão da civilização humana e complexidade das sociedades. Em linhas gerais, a urbanização e globalização.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/15/15155310423129.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>48% da população mundial sofre de má nutrição relacionada a uma dieta ruim. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Apesar de as bases do sistema alimentar mundial como o conhecemos ter ganhado seus primeiros contornos a partir da Revolução Industrial do século XX, em quesito de linha de produção e escalonamento de processos, é possível dizer que seu conceito surgiu entre 10 mil a 5 mil anos atrás. O "Crescente Fértil", por exemplo, é sempre citado como um dos primeiros locais onde uma forma sedentária da agricultura se desenvolveu, por meio do cultivo de plantas, como trigo, cevada e leguminosas, fora a domesticação de animais para a produção de comida. Isso deu origem a excedentes de alimentos que esses povos começaram a enxergar como uma oportunidade de trocar ou comercializar com outras comunidades.</p><p>Ironicamente, entender quais foram as causas que fizeram o sistema alimentar mundial falir é descobrir que foram os mesmos motivos pelos quais ele se desenvolveu.</p><h2>Os custos ocultos do sistema</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/15/15155636790132.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Cerca de 758 milhões de pessoas no mundo passam fome. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em 2023, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) emitiu um relatório, o primeiro do gênero, sobre os denominados “custos ocultos” quantificados globalmente do setor agroalimentar. Foi descoberto que, em 2020, esses custos somaram US$ 12,7 trilhões com base na paridade do poder de compra, cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) global.</p><p>Ao analisar os custos ocultos para a saúde, sociedade e o meio ambiente, incorporados no atual sistema alimentar, as descobertas iniciais da FAO mostraram que o maior impacto em termos monetários é na saúde, em que 73% de todos os custos ocultos contabilizados estavam associados a dietas que levaram à obesidade ou a doenças não transmissíveis, como a diabete. O próximo maior impacto foi no ambiente, representando mais de 20% dos custos ocultos quantificados.</p><p>Financeiramente, esses custos ocultos globais se tratam de uma gama de despesas que não são imediatamente aparentes ou quantificáveis, mas que exercem grande impacto globalmente. Esses custos também incluem coisas, como efeitos ambientais negativos de certas práticas industriais, bem como podem estar associados à exploração de mão de obra em países em desenvolvimento.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/15/15155706586133.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>15 bilhões de árvores são cortadas anualmente. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Uma fábrica, por exemplo, que descarta produtos químicos em um rio, pode economizar dinheiro a curto prazo ao evitar o tratamento adequado de resíduos. No entanto, essa conta vai chegar e ser revertida em custos ocultos globais, que podem incluir a manipulação do ecossistema do rio, impactando a pesca local, a saúde das comunidades ribeirinhas e até mesmo custos associados à perda de biodiversidade.</p><p>Inclusive, os custos ocultos dos sistemas alimentares acabam afetando muito países subdesenvolvidos. Neles, quase metade dos custos estão relacionados à pobreza e podem, parcialmente, ser causados pelo fato de os agricultores não conseguirem produzir alimentos suficientes ou por não receberem um preço justo pelos seus produtos.</p><h2>A dominação do mercado por grandes players</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/15/15155752427134.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Pequenos agricultores são os mais afetados pelo sistema industrial. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Uma vez que o sistema se tornou amplamente dominado por corporações multinacionais, a industrialização alterou como produzimos alimentos, abandonando as economias circulares do passado, centradas na produção e reciclagem local, por um sistema unidirecional de fluxo contínuo para atender todo o globo. Com isso, os produtos que consumimos foram propositalmente desconectados de suas origens, causando pobreza e fome extremas em alguns países de baixo rendimento.</p><p>Enquanto isso, nos países subdesenvolvidos, os pequenos agricultores precisam lidar com esquemas e táticas escusas, como o aumento de preços, o deslocamento da terra e o controle de sementes e patentes por grandes corporações. Além disso, o grande poder de mercado dessas gigantes permite que influenciem em leis que as beneficiem, tirando os agricultores ainda mais do páreo.</p><p>O cacau cultivado em países pobres, como o Gana e a Costa do Marfim, onde os agricultores recebem uma ninharia pelas suas colheitas, é consumido em exagero em países de alta renda, principalmente na Europa. Se essas pessoas ingerissem menos chocolate, mas pagassem mais por um produto financeiramente justo e de maior qualidade, poderiam ajudar a reduzir os impactos na saúde na Europa e também direcionaria mais dinheiro para os agricultores da África Ocidental. No entanto, essa não é a ideia da alavanca capitalista da indústria alimentar.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/15/15155833384135.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>A indústria agroalimentar é responsável por 40% das emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo.(Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O Japão possui uma parcela menor dos custos ocultos com relação à saúde nutricional dos seus habitantes, apesar de ser um país de rendimento elevado, porque os japoneses comem mais peixe e sua comida é cara, levando-os a dietas mais saudáveis. É preciso também considerar que existe uma cultura e priorização da ruralidade que constitui a identidade japonesa milenar.&nbsp;</p><p>A FAO estimou que os custos ocultos dos alimentos em países de baixo rendimento representam 27% do PIB, em comparação com apenas 8% em países de rendimento elevado. É por isso que, em um comunicado à imprensa, o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, disse que, diante dos crescentes desafios globais, da disponibilidade de alimento ao agravamento da pobreza, o futuro dos sistemas agroalimentares depende da disposição geral de apreciar todos os produtores de alimentos, grandes ou pequenos, para reconhecer esses verdadeiros custos e entender como todos nós contribuímos para eles e quais ações precisamos tomar.</p><h2>A equação que não fecha</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/15/15155937876136.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>40% da terra do planeta é coberta por fazendas industriais. (Fonte: GettyImages/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A maximização do lucro e crescimento criaram um setor que necessita de enormes quantidades de energia no topo da cadeia de suprimentos para dar conta da demanda. É necessário cerca de 70% da água doce disponível no mundo para que a agricultura funcione, o que acaba diminuindo a fertilidade dos solos naturais, principalmente devido à aragem excessiva da terra e o uso de agrotóxicos perigosos que danificam permanentemente o solo e as águas subterrâneas. Soma-se a isso o desmatamento da floresta tropical, os meios de subsistência das plantas, animais e povos indígenas.</p><p>Não é para menos que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126786-ultraprocessados-como-nos-tornamos-refens-de-uma-alimentacao-nociva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">setor de alimentos</a> é um dos principais contribuintes para as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128381-o-que-aconteceria-se-os-danos-climaticos-pudessem-ser-revertidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a>, responsável por até 40% das emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo. Com isso, muitos governos lançaram iniciativas para tentar reduzir os custos ambientais ocultos, como foi o caso da Estratégia do Prado ao Garfo, da União Europeia, cujo objetivo é garantir que um quarto das terras agrícolas europeias seja biológica e também que haja uma redução de fertilizantes em pelo menos 20% até 2030.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/15/15160101047137.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>O sistema agroalimentar usa 70% da água doce disponível no mundo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O problema é que essa equação é praticamente um tiro no pé. Para atingir esses objetivos, deve haver também uma redução da produtividade global das explorações agrícolas, o que significa que os países europeus precisariam importar mais alimentos do Brasil, por exemplo, incentivando verticalmente o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128720-como-o-plantio-de-arvores-estaria-contribuindo-para-a-destruicao-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desmatamento</a> aumentando, de qualquer forma, os custos ambientais ocultos. Ou seja, os governos precisam resolver os problemas do seu sistema alimentar, não apenas transferir a responsabilidade para outras partes do mundo.</p><p>Reduzir os custos ocultos exige ação governamental e escolhas individuais diretas para uma nova percepção de para onde o sistema alimentar mundial está levando a população. A FAO já trabalha no relatório do próximo ano com uma série de estudos de caso e iniciativas para que os países comecem a tentar consertar o sistema alimentar mundial que, apesar de sua enorme produção, causa a fome de 768 milhões de pessoas.</p>

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Por que o sistema alimentar mundial está falido?

Os motéis voltados a encontros sexuais são uma invenção brasileira. Entenda como isso aconteceu por aqui.

<p>Um vídeo que viralizou recentemente compartilhou uma história bem inusitada: a de que os motéis brasileiros fundaram um modelo de negócios que hoje é copiado por outros países. O uso mais comum feito por aqui — para encontros sexuais — é uma invenção tipicamente brasileiros.</p><p>Por isso incrível que pareça, é isso mesmo. Os motéis brasileiros datam de cerca de 60 anos e são imitados em outros locais — em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, existem os "motéis à brasileira". Confira a seguir a real história desse empreendimento e por que o motel brasileiro se tornou tão famoso.</p><h2>O surgimento dos primeiros motéis</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10215944869003.jpg" alt="Os motéis surgiram nos Estados Unidos na proposta de ser uma hospedagem barata na estrada. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Os motéis surgiram nos Estados Unidos na proposta de ser uma hospedagem barata na estrada. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O termo motel surgiu nos Estados Unidos e é um neologismo que une duas palavras: "motor" e "hotel". Trata-se de um tipo de acomodação barata que começou a surgir a partir dos anos 1920, e representava uma opção de baixo custo para pessoas que estivessem viajando.</p><p>Foi no Brasil que o sentido de lugar para encontro de casais começou a nascer. Os primeiros motéis desse tipo surgiram na década de 1960 no Rio de Janeiro e São Paulo, mas logo começaram a se espalhar pelo país. Eles representavam um lugar associado à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118399-alfred-kinsey-revolucionou-a-sociedade-ao-falar-sobre-sexo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">libertação sexual</a> que se levantava nessa época.</p><p>Hoje, há cerca de 5 mil motéis espalhados pelo país, que recebem cerca de 100 milhões de clientes anualmente e movimentam por volta de R$ 4 bilhões. Eventualmente, os empreendimentos passam por crises (a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128688-estudo-atribui-a-cloroquina-17-mil-mortes-na-1-onda-de-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia de covid-19</a> foi a última delas), mas acabam se mantendo em pé por conta da demanda.</p><p>E vale lembrar que, embora muita gente associe o uso de motéis ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103330-sao-paulo-e-a-cidade-com-maior-numero-de-casos-extraconjugais-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sexo extraconjugal</a> ou ao sexo pago, eles também podem representar romance e fuga da rotina para os casais.</p><h2>Motéis pelo mundo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10211052693000.jpg" alt="O Japão é o país com maior quantidade de hospedagens para fins sexuais. (Fonte: Tokyo Weekender/ Reprodução)"><figcaption>O Japão é o país com maior quantidade de hospedagens para fins sexuais. (Fonte: Tokyo Weekender/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Embora eles tenham sido pensados para um uso em encontros sexuais no Brasil, há negócios parecidos em outros locais do mundo. "Não é uma jabuticaba brasileira. No Japão já tinha o <i>love hotel.&nbsp;</i>Mas esse modelo de negócio, da rotatividade, da discrição, da decoração extravagante foi uma invenção brasileira. E foi exportada: muitos países possuem motéis à brasileira", afirma Murilo Fiuza de Melo, autor do livro <i>Os Motéis e o Poder,</i> em entrevista à <i>Deutsche Welle</i>.</p><p>O Japão possui 30 mil <i>love hotels,</i> hospedagem destinada a encontros amorosos sexuais. Trata-se do país com o maior número deste tipo de acomodação. Diferente daqui, os <i>love hotels&nbsp;</i>costumam ficar em ruas específicas e não nas rodovias, e têm seu surgimento ligado às antigas casas de chá.</p><p>Já na Europa, esse tipo de empreendimento praticamente não existe. "Não existia na Europa. Mas nos últimos 15 anos começou a aparecer, principalmente na Península Ibérica. Foi muitas vezes uma iniciativa de descendentes de portugueses e espanhóis que mantinham motéis no Brasil e no México e retornaram aos seus países de origem levando a nova forma de negócio", conta o antropólogo Jérôme Souty, autor do livro <i>Motel Brasil,</i> para a <i>Deutsche Welle</i>.</p><p>Foi aqui que eles começaram a ser construídos tendo em mente a perspectiva da discrição e da privacidade. Para isso, a grande sacada foi a criação de um corredor de serviço e da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120030-vizinho-chato-conheca-as-leis-de-condominios-e-saiba-o-que-fazer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">garagem privativa</a> dos quartos, que foram ideias do arquiteto brasileiro Paulo Pontes.</p><h2>Os motéis na ditadura</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10222045679000.jpg" alt="Na época da ditadura, os motéis brasileiros tiveram que driblar a legislação. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Na época da ditadura, os motéis brasileiros tiveram que driblar a legislação. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Outra curiosidade desse tipo de serviço por aqui envolve o período de ditadura militar no Brasil. Isso porque o surgimento do primeiro <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/102544-motel-balada-banheiro-os-locais-mais-estranhos-onde-as-pessoas-estudam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">motel</a>, em 1968, ocorreu justamente nesse período.</p><p>O primeiro empreendimento foi instalado em Itaquaquecetuba, na região metropolitana de São Paulo, pelo empresário Servando Fernandes Davila. Mas o tipo de negócio oferecido era contra os "bons costumes" da época, e havia uma lei que impedia hospedagens com curta permanência.</p><p>“Naquele tempo, eles impediam que se usasse o quarto menos de 24 horas. A lei era arbitrária, tinha que ficar 24 horas no quarto. Quando o casal saía antes, a polícia o abordava, perguntando se iam embora. Se falassem que iam, eles levavam para a delegacia, e eles ficavam presos por até 15 dias, por ato libidinoso”, contou Davila em 2014 em entrevista ao <i>G1</i>.</p><p>O estabelecimento era na beira da estrada. Para driblar a lei, o empresário buscou uma inspiração nos americanos: ele fez com que o local funcionasse como um clube. “Por um tempo funcionei como clube, por causa da polícia. As pessoas que eram sócias podiam usar os apartamentos com quem elas quisessem. A polícia não podia mexer, porque eram sócios do clube e não era uma hospedagem. No tempo da ditadura era difícil, era complicado, a polícia era muito arbitrária nisso daí”, contou ao <i>G1</i>.</p><p>Deu certo. Davila empreendeu no setor e, em poucos anos, abria motéis com inovações, como a presença de banheiros e garagens em todos os quartos. Foi também nesse primeiro motel que apareceu já um item que parece indissociável às hospedagens brasileiras: a banheira de hidromassagem. “Falavam que ninguém ia usar, mas fomos o primeiro motel do mundo, em matéria de hospedagem, com sauna, piscina, hidromassagem, tudo dentro do quarto”, afirmou.</p><p>Ainda assim, consta que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/60-anos-do-golpe-4-datas-mais-importantes-da-ditadura-militar-no-brasil" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ditadura militar</a> acabou financiando de maneira indireta a construção e a consolidação dos motéis. A razão disso foi que, por incentivo à indústria do turismo, surgiu em 1966 a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur). Com ela, foram lançados benefícios como incentivos fiscais e juros baixos que ajudaram na construção de novos empreendimentos.</p><p>"O ano do fatídico <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112850-ai-5-o-que-foi-a-lei-que-escancarou-a-tirania-da-ditadura-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">AI-5</a> foi o mesmo ano em que surgiram os primeiros motéis. E alguns militares viraram até sócios de tais estabelecimentos. Também aconteceu de eles usarem tais locais para espionar inimigos do regime", revela Murilo Fiuza de Melo.</p>

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Como o motel surgiu e mudou de função no Brasil?

Embora tenham desempenhado um papel importante na história das comunicações, os telefones antigos não são tão conhecidos pelos jovens.

<p>Na era digital e móvel em que vivemos, os <strong>telefones fixos</strong> e outros dispositivos de comunicação antigos podem parecer estranhos ou desconhecidos para muitos jovens. O avanço da tecnologia, com a onipresença dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126760-5-dicas-para-aproveitar-seu-celular-ao-maximo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">smartphones</a> e suas amplas funcionalidades, contribuiu para isso. Com um design e funcionalidade diferentes dos celulares, os telefones fixos possuíam teclado físico e não ofereciam acesso à internet ou aos aplicativos. Conheça sete curiosidades sobre os telefones antigos que podem surpreender a geração mais jovem.</p><h2>1. Cabos de linha fixos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10004544827003.jpg" alt="O telefone fixo precisa estar conectado fisicamente à linha telefônica. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Telefone conectado fisicamente à linha telefônica. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Os telefones fixos eram conectados a uma linha fixa em uma parede ou base. Isso significava que os usuários tinham que permanecer próximos ao local onde o telefone estava instalado para fazer ou receber chamadas. Ou seja, os telefones fixos limitavam a mobilidade do usuário, já que eles estavam fisicamente conectados à linha telefônica.</p><h2>2. Discagem por pulsos ou tom</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10004927837004.jpg" alt="Telefone de discagem por pulso. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Telefone de discagem por pulso. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Os telefones antigos permitiam discar números usando dois métodos principais: discagem por pulsos, onde o usuário girava um disco no telefone para enviar uma série de pulsos correspondentes ao número desejado; e discagem por tom, onde o usuário pressionava botões que emitiam tons sonoros específicos para cada número.</p><h2>3. Uso de telefonistas para completar a ligação</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10005049541005.jpg" alt="Telefonista usando uma placa de conexão. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Telefonista usando uma placa de conexão. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>No passado, especialmente nas décadas de 1950 e 1960, para completar uma ligação telefônica os usuários precisavam ligar para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121137-conheca-7-profissoes-que-foram-extintas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">telefonista</a>, que trabalhava em uma central telefônica, e fornecer informações sobre a chamada que desejavam fazer. A telefonista conectava manualmente a chamada, inserindo fisicamente cabos em uma placa de conexão para rotear a chamada para o destino desejado.</p><h2>4. Linha compartilhada</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10005629774007.jpg" alt="Em linhas compartilhadas, vários usuários compartilham a mesma linha telefônica. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Devido ao custo, era comum o uso de linhas compartilhadas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Em muitas residências e até mesmo em alguns escritórios, as linhas telefônicas eram frequentemente compartilhadas entre várias pessoas. Isso significava que, ao levantar o telefone para fazer uma ligação, você poderia ocasionalmente ouvir as conversas de outras pessoas conectadas à mesma linha. Esse arranjo era comum para reduzir custos.</p><h2>5. Sinal de ocupado</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10005900458008.jpg" alt="Quando o telefone estava em uso, emitia um sinal de ocupado para quem ligava. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Quando o telefone estava em uso, emitia um sinal de ocupado para quem ligava. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Antes dos sistemas automáticos de comutação, quando alguém estava usando a linha telefônica, quem tentasse ligar para esse número ouviria um sinal sonoro de ocupado. Isso indicava que a linha estava em uso e que o chamador deveria tentar novamente mais tarde. Hoje em dia, o sinal de ocupado ainda existe, mas é gerado eletronicamente.</p><h2>6. Hora certa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10010027591009.jpg" alt="Uma gravação informava a hora certa 24 horas por dia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Uma gravação informava a hora certa 24 horas por dia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Algumas operadoras de telefone, especialmente em áreas urbanas, ofereciam um serviço de "hora certa". As pessoas podiam ligar para um número específico e ouvir uma gravação automatizada informando a hora exata. Isso era útil quando era importante ter acesso rápido e confiável à hora local.</p><h2>7. Pesquisa de informações</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10010520070010.jpg" alt="O atendente fornecia informações aos clientes por meio do serviço de pesquisa. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O atendente fornecia informações aos clientes por meio do serviço de pesquisa. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Antes da popularização da internet, as pessoas costumavam usar os telefones para <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128368-5-tendencias-de-pesquisa-que-reinaram-no-google-em-2023.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">obter informações</a>. Isso incluía ligar para serviços de informações para obter números de telefone de empresas, pessoas ou serviços locais. As pessoas ligavam para esses serviços e falavam com atendentes que forneceriam as informações solicitadas.</p>

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7 curiosidades sobre telefones antigos que os jovens não conhecem

Já se perguntou por que os cães também se comunicam por meio do toque, colocando as patinhas nos seus amigos humanos?

<p>Os seres humanos são capazes de se comunicar por meio do olhar, postura, fala e toque. E por que pensar que é diferente em se tratando de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105503-cachorros-se-comunicam-melhor-com-homens-ou-com-mulheres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cães</a>? Se você tinha dúvidas em relação ao toque, pode reparar: esses animais incrivelmente inteligentes também utilizam a patinha para nos transmitir algumas mensagens.</p><p>Mas, o que o toque dos cães pode significar? Bom, depende — mas entender isso não é nada difícil.</p><h2>Mil e uma formas de se comunicar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10092241965034.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Entre os cães, o toque é usado para estabelecer um convite para brincar. Mas a verdade é que o toque pode significar uma infinidade de coisas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Para entender o significado do toque por parte do doguinho, é importante recorrer ao contexto e mesmo ao local em que o animal está. Até porque muitas vezes ele não sabe como expressar de forma mais clara o que está pensando.</p><p>Ou seja, fica mais fácil analisar como os cães se comunicam por meio de toques quando analisamos todos os sinais e consideramos o cenário. Afinal, o animal pode ter percebido instintivamente que se trata de uma forma de atrair sua atenção rapidamente.</p><p>Os contextos podem variar, como nos casos mais intuitivos, quando assim que ele deixa de receber um cafuné, o pet levanta sua patinha para expressar como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124611-por-que-os-cachorros-gostam-de-receber-carinho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quer mais carinho</a>. Na hora de ganhar um petisco ou pedir para abocanhar um pouco da comida que os humanos comem, ele também pode recorrer a essa forma.</p><p>Atenção se as patinhas entram em cena no horário em que o pet costuma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128762-como-fazer-o-melhor-passeio-com-seu-cachorro-segundo-especialistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sair para passear</a>, pois definitivamente o gesto não ocorre por acaso. Se a água do pote acabou ou se está próximo do momento dele comer ração, é mais evidente ainda, pois o animal tende a ser insistente nesses casos — e o motivo é totalmente compreensível.</p><h2>O que esse contato físico representa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10092815360035.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Se o cãozinho está tentando se comunicar por meio das patinhas, pode ser que seu amigo humano está muito tempo sem brincar, e o convite deve ser encarado com seriedade. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Vale destacar um fato, se formos considerar o uso das patinhas para chamar a atenção, na perspectiva dos cães, esse contato físico significa algo muito importante: que <strong>o animal confia em quem tenta essa forma mais próxima de comunicação</strong>. De certa forma, trata-se de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/75403-entenda-por-que-no-mundo-seu-cao-e-sempre-o-ser-mais-feliz-em-te-ver.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">declaração de amor enrustida</a>.</p><p>Há pets que também fazem isso quando se sentem amedrontados ou ansiosos, como quando estão numa situação nova que nunca vivenciaram, ou mesmo num local barulhento, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125667-por-que-alguns-cachorros-tem-medo-de-fogos-de-artificio-e-outros-nao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">com fogos de artifício</a>. Mas assim como nós, eles também podem ficar entediados — por isso a importância de analisar o que de fato está ocorrendo.</p><p>Ao dar atenção imediata toda vez que o animal pede por isso, ele acaba aprendendo que sempre pode recorrer a um certo comportamento para conseguir o que deseja. E <strong>se é bem-sucedido, nossa atenção é tida como um&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127442-falar-com-cachorros-usando-voz-de-bebe-pode-ser-eficaz-segundo-a-ciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>reforço positivo</strong></a>. Mas quando todas as necessidades do cão foram atendidas e o animal persiste com esse gesto, é um comportamento indesejado.</p><p>Especialistas em comportamento canino defendem que, nesse caso, não há problema em ignorar, mesmo quando a ansiedade do animal parecer aumentar nas primeiras vezes em que isso ocorre — o que pode exigir uma dose extra de paciência. Mas uma vez que isso for corretamente assimilado pelo animal, ele vai reagir melhor e eventualmente usar as patinhas em contextos que realmente exigem uma resposta da nossa parte.</p>

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Por que os cães colocam as patas em nós?

Apesar de aparentemente divertida, essa posição pode ser mais perigosa do que você imagina.

<p>Imagine a sensação de rosto ruborizado, olhos comprimidos e uma batida insistente nos ouvidos enquanto você fica de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107073-afinal-por-que-os-morcegos-dormem-de-cabeca-para-baixo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cabeça para baixo</a>. Certamente, não é uma experiência agradável.</p><p>Mas, além do desconforto momentâneo, surge uma questão ainda mais preocupante: quão perigoso pode ser realmente estar nessa posição? A verdade é que essa postura desafia a própria natureza do corpo humano, exercendo pressão indevida sobre órgãos essenciais e até mesmo apresentando riscos mortais.</p><h2>O caso da caverna Nutty Putty</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/07/07203539352012.jpg" alt="Um homem explora uma passagem estreita em uma caverna. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Uma pessoa explora uma passagem estreita em uma caverna. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Um trágico incidente na caverna Nutty Putty ofereceu uma visão impactante dos perigos associados à posição invertida. Em 2009, durante uma expedição na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125221-6-das-cavernas-mais-impressionantes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">caverna</a> localizada a oeste do Lago Utah, nos EUA, John Edward Jones se viu encurralado em uma parte não mapeada do complexo subterrâneo. Sua exploração o levou a uma passagem estreita e inclinada, onde acabou ficando preso de cabeça para baixo.</p><p>Essa posição colocou uma pressão excessiva em seu coração, dificultando o fluxo sanguíneo adequado para o corpo. <strong>Normalmente, a gravidade auxilia no bombeamento do sangue, mas na posição invertida, esse processo torna-se desafiador.&nbsp;</strong>Apesar dos esforços heroicos das equipes de resgate, que tentaram diversas abordagens para libertá-lo, Jones permaneceu preso por 27 horas até que, tragicamente, faleceu devido a uma parada cardíaca.</p><h2>A adaptabilidade do corpo humano à gravidade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/07/07204232892015.jpg" alt="Homem de cabeça para baixo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Homem de cabeça para baixo. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Embora nosso corpo humano seja adaptado para funcionar eficientemente em uma posição vertical, a inversão dessa posição apresenta desafios significativos para nossos sistemas internos. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/101595-comprovado-o-corpo-humano-acaba-de-ganhar-um-novo-orgao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>mesentério</strong></a>, uma estrutura crucial que estabiliza nossos órgãos digestivos, é um exemplo marcante dessa adaptação, garantindo que nossos órgãos permaneçam no lugar adequado enquanto estamos de pé. No entanto, quando invertidos, esses mecanismos são submetidos a uma tensão incomum, resultando em uma redistribuição desfavorável dos órgãos internos.</p><p>Em relação ao sistema cardiovascular, a gravidade exerce um papel fundamental em facilitar o fluxo sanguíneo adequado, especialmente para o cérebro. Quando invertidos, o coração enfrenta o desafio de bombear o sangue contra a gravidade, o que pode resultar em um aumento da pressão arterial e uma diminuição do fluxo sanguíneo para áreas críticas do corpo. Da mesma forma, o sistema respiratório também é afetado, já que os pulmões têm dificuldade em expandir completamente e efetuar trocas gasosas eficientes quando não estão em uma posição vertical.</p><p>A sobrecarga nos sistemas cardiovascular e respiratório pode, ainda, desencadear uma série de complicações de saúde, com especial impacto sobre o coração, podendo culminar em insuficiência cardíaca fatal. Diante disso, é crucial exercer cautela e evitar situações que possam colocar nosso corpo nessa posição de risco, garantindo assim a preservação da sua vida.</p>

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Ficar pendurado de cabeça para baixo pode levar à morte?

Evite a tentação de dar essas comidas ao seu cão para não colocar a vida dele em risco.

<p>Muita gente gosta de compartilhar a comida de casa com o seu cachorrinho. No entanto, esse não é o hábito mais saudável: esses animais têm mais vantagens quando consomem apenas a ração indicada para eles.</p><p>Ainda assim, há alguns alimentos que são especialmente perigosos. A questão é que o metabolismo dos cães é bem diferente do nosso, e algumas comidas são altamente tóxicas para eles, podendo levá-los à morte. Confira a seguir quatro delas que você talvez nem imagine.</p><h2>1. Abacate</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/03/03191048015357.jpg" alt="O abacate possui persina, que é tóxica para os cães. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>O abacate possui persina, que é tóxica para os cães. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>O abacate tem uma toxina chamada persina, produzida para combater ataque de fungos. Ela é totalmente segura para nós, humanos, mas muito tóxica para os cães. Ao consumir a fruta e ter contato com a toxina, pode acontecer de líquidos começarem a acumular nos pulmões ou até no coração do bichinho, levando ele à morte.</p><p>Vale lembrar que a persina está presente em todas as partes do abacate, incluindo a folha. Caso ele consuma o caroço do <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103791-voce-sabe-qual-e-a-parte-mais-saudavel-do-abacate.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abacate</a>, pode também sofrer uma asfixia ou uma obstrução do trato digestivo.</p><h2>2. Uva</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/03/03191125093359.jpg" alt="Uma simples uva pode causar insuficiência renal no seu cão. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Uma simples uva pode causar insuficiência renal no seu cão. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>As uvas podem causar <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120477-aquecimento-global-pode-estar-por-tras-de-casos-de-doenca-renal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">insuficiência renal</a> nos cães muito rapidamente. Nem todos irão reagir tão mal à toxicidade dessa fruta, mas um estudo conseguiu comprovar que muitos cães morrem após comer uvas.</p><p>Isso pode ocorrer inclusive caso o cão come produtos com passas, como um bolo ou biscoito. Os sintomas de que isso pode estar ocorrendo com o seu bichinho é ele começar a apresentar vômito, diarréia e fadiga. Pode haver também pouca produção de urina, por atacar os rins. Reconhecendo esses sinais, corra para o veterinário imediatamente.</p><h2>3. Chocolate</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/03/03191202337361.jpg" alt="Chocolates podem ser deliciosos, mas são péssimos para os animais. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Chocolates podem ser deliciosos, mas são péssimos para os animais. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>O chocolate contém elementos químicos, como a teobromina e a cafeína, de difícil digestão para os cães. Ao comê-lo, ele pode apresentar dor de estômago, vômito, diarréia e desidratação. O caso pode ainda evoluir a um quadro mais sério, causando ataques cardíacos, hemorragias internas, tremores musculares, convulsões e por fim a morte.</p><p>A gravidade dos efeitos colaterais é diretamente relacionada à quantidade que o cachorro consumiu. Vale saber também que, quanto mais escuro e amargo o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124057-por-que-chocolate-e-tao-gostoso-cientistas-podem-ter-encontrado-o-segredo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chocolate</a>, mais tóxico ele será ao cão. Segundo alguns estudos, apenas 720 mg de chocolate podem ser suficiente para intoxicar o bichinho.</p><h2>4. Cebola</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/03/03191236183363.jpg" alt="Muito presente na culinária brasileira, a cebola é altamente tóxica para os cães. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Muito presente na culinária brasileira, a cebola é altamente tóxica para os cães. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Nem todo mundo sabe, mas a cebola, um ingrediente usado na maioria das receitas no Brasil, é altamente tóxica para os cachorros. Isso acontece porque ela tem tiossulfato, uma substância inofensiva a seres humanos, mas que, nesses animais, modifica a parte interna dos glóbulos vermelhos, chamada de hemoglobina.&nbsp;</p><p>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128481-o-que-causa-os-hematomas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hemoglobina</a> é responsável por carregar o oxigênio para todo o corpo. Por isso, o consumo de cebola pode acabar levando a uma anemia fatal. Os sintomas de que isso pode estar acontecendo é o cão começar a ficar ofegante, apresentar fraqueza, falta de apetite e alta frequência cardíaca.</p><p>Isso pode vir a acontecer até uma semana depois de ele ter ingerido <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121973-5-tipos-de-cebola-diferentes-e-como-usa-las-na-cozinha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cebola</a>. Por isso, é preciso evitar de toda forma que o cão tenha contato com esse vegetal, mesmo que ela esteja cozida ou frita.&nbsp;</p><p>Muitas vezes, as pessoas oferecem comida de casa produzida com cebola, sem se dar conta de que está intoxicando o seu cachorro. Portanto, é bom evitar manter essa prática.</p>

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4 alimentos humanos que podem ser fatais para os cães

O Milbenkäse é um dos queijos mais exclusivos do mundo por ser comido com pequenos ácaros para dar um gostinho.

<p>Embora saibamos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128849-cientistas-criam-novas-cores-para-o-queijo-azul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que todos os queijos que comemos</a> resultam de um processo análogo à deterioração do leite, alguns desses lácteos nos surpreendem com o seu processo de fabricação. Esse é o caso do Milbenkäse, um queijo fabricado na vila alemã de Würchwitz, na Alta Saxônia,<strong>&nbsp;feito de leite de cabra, e maturado com milhões de ácaros.</strong></p><p>Esses ácaros-do-queijo, chamados <i>Tyrophagus casei</i>, são da mesma família Acaridae que abrange as espécies <i>Dermatophagoides pteronyssinus</i> e <i>Dermatophagoides farinae</i>, que encontramos muitas vezes em colchões de hotéis e até no nosso travesseiro favorito.</p><p>No caso do queijo, não precisamos temer as tradicionais alergias que os ácaros causam, <strong>porque comemos os bichinhos, suas peles e cocôs junto com o queijo.</strong> Aliás, são esses "adicionais" que conferem ao Milbenkäse o seu característico sabor picante.&nbsp;</p><h2>Como os ácaros modificam o sabor do queijo?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04170050331248.jpg" alt="x (Fonte: Milbenkäse Manufaktur)"><figcaption>Ácaros <i>Tyrophagus casei</i> recobrindo o queijo quark. (Fonte: Wikimedia Commons/Mitbenkäse Manufaktur/Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Para fabricar esse queijo gourmet, os queijeiros temperam pequenas bolinhas de quark — um queijo fresco com baixo teor de gordura e sabor ácido — com sal, cominho e flor-de-sabugueiro. Em seguida, colocam as bolinhas em caixas grandes de madeira <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128470-por-que-o-queijo-mofado-nao-faz-mal-a-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e as polvilham com uma grossa cobertura de milhões de ácaros vivos</a>. <strong>O queijo fica curando entre três meses a um ano.</strong></p><p>Para que os pequenos aracnídeos não devorem o queijo inteiro, eles são alimentados regularmente com farinha de centeio durante todo o processo de cura. <strong>A "mágica" acontece quando uma enzima presente nos intestinos dos ácaros é excretada</strong> e, apesar de provocar um forte cheiro de amônia, acrescenta um sabor picante de nozes, segundo os especialistas.&nbsp;</p><p>Depois de um mês, a casca — que também é comestível — começa a amarelar e, após três, se torna marrom. Alguns produtores, no entanto, optam por uma cura curta, de apenas uma semana, o que deixa a casca do queijo preta.</p><h2>Quem fabrica o queijo de ácaros?</h2><p style="text-align:center;"><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/01EUT2JKQU0" title="Milbenkäse: Das köstliche Geheimnis des lebendigsten Käses der Welt" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></p><p>Também chamado de queijo-aranha, o Milbenkäse é fabricado desde à Idade Média, mas, com o passar do tempo, a tradição de fabricação foi se perdendo aos poucos até que, em 1970, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128521-cientistas-descobrem-o-motivo-pelo-qual-o-queijo-cheddar-e-tao-saboroso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a receita da iguaria foi considerada perdida para sempre</a>.</p><p>No entanto, uma moradora idosa da aldeia de Würchwitz, que havia recebido a receita de seus antepassados, transmitiu-a para um professor de ciências local chamado Helmut Pöschel. Junto com o empresário Christian Schmelzer, a dupla fundou a Würchwitzer Mitbenkäse Manufaktur, <strong>que é hoje o único lugar do mundo a produzir o Milbenkäse</strong>.</p><p>Como nem os ácaros-do-queijo, nem os seus poderosos sucos digestivos estão na lista de ingredientes lácteos da União Europeia, <strong>o queijo-aranha de Würchwitz só pode ser produzido com uma licença do escritório local de segurança alimentar</strong>. Quem estiver interessado em comprar o queijo, pode adquiri-lo diretamente no site dos produtores a 16,89 € (R$ 93) por rolinho de ácaro original.&nbsp;</p>

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Milbenkäse: o queijo alemão que é coberto por ácaros vivos

A história da mulher papa é espalhada desde a Idade Média, mas existem diversas dúvidas sobre sua existência e as origens de sua lenda.

<p>A Igreja Católica é uma instituição comandada por homens desde sua criação: de Pedro até Francisco, os 266 papas de que se têm registro foram todos homens.&nbsp;</p><p>As mulheres até podem dedicar suas vidas ao catolicismo como freiras, mas jamais podem ser ordenadas, comandar paróquias e dioceses ou subir na hierarquia da Igreja, em Roma. Porém, <strong>existem lendas de uma mulher que teria subvertido essa regra em plena Idade Média: a papisa Joana</strong>. Dizem que ela teria comandado a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124551-o-que-mudou-na-igreja-catolica-nos-10-anos-do-papa-francisco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igreja Católica</a> entre os anos 855 e 857.&nbsp;</p><p>A lenda de Joana já inspirou vários livros e filmes — além de pesquisas históricas que buscam comprovar (ou refutar) sua existência. Mas será que, de fato, uma mulher conseguiu conquistar o posto mais alto dessa instituição? Ou será que essa lenda é somente invenção dos opositores da Igreja Católica?</p><h2>As várias versões da história da papisa Joana</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/08/08161825347213.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons"><figcaption>Ilustração da papisa Joana em trabalho de parto. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Existem diversos relatos sobre a lendária mulher que comandou a Igreja Católica no século IX. Eles diferem em detalhes, mas o principal se mantém: Joana era uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/mulher" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mulher</a> muito inteligente que se disfarçou de homem e, com seus impressionantes conhecimentos, conseguiu subir na hierarquia da Igreja.&nbsp;</p><p>Ela foi eleita papa, como João, e era respeitadíssima. Até que sua verdadeira identidade foi revelada da forma mais dramática possível: ela deu à luz ao filho de seu amante — o homem que ela fingia ser, segundo os relatos — durante uma procissão.&nbsp;</p><p>A papisa Joana teria morrido logo após o parto, sendo arrastada por cavalos e apedrejada até a morte pelos fiéis horrorizados com a descoberta. Mas também há versões da história onde o final de Joana é menos brutal: ela teria sobrevivido e sido presa, enquanto seu filho tornou-se bispo. De qualquer forma, as procissões pararam de passar pelo lugar onde Joana deu à luz.</p><p>Alguns relatos dizem que ela era uma mulher alemã de origem inglesa que se apaixonou por um monge e foi viver em Roma. Para evitar o escândalo, ela teria começado a se vestir como homem e fingido ela própria ser um homem. Outras versões afirmam que Joana se chamava Giliberta e era de Constantinopla. Ela começou a se vestir como homem para poder estudar, até conquistar altos postos em Roma e se tornar amante de um oficial da <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/85265-dedicacao-ao-papa-conheca-mais-sobre-a-guarda-que-protege-o-santo-padre.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guarda Suíça</a>.&nbsp;</p><h2>O início de uma lenda e as visões modernas sobre a história</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/08/08162021317214.jpg" alt="Fonte: Wikimedia Commons"><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Para quem acredita na história da papisa Joana, ela teria sido apagada dos registros oficiais porque uma mulher papa era escândalo demais para a Igreja Católica. Inclusive, os papas da Idade Média tinham que provar que eram do sexo masculino: eles se sentavam em uma cadeira com um buraco no meio e um cardeal examinava a existência dos testículos. Tais cadeiras existem e estão até hoje no Museu do Vaticano e no Louvre.&nbsp;</p><p>O que sabemos é que a história começou a ser compartilhada por cronistas durante o século XIII. Os mais famosos relatos da época foram os de Jean de Mailly e de Martinho de Opava. A partir disso, a história da papisa Joana correu o mundo, com traduções em diversos idiomas e citações sobre ela em sermões da Igreja. Em dado momento, seu busto até foi incluído em uma galeria de papas.&nbsp;</p><p>Em 1415, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120366-reforma-protestante-5-consequencias-sociais-do-luteranismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pastor protestante</a> Jan Hus foi julgado por dizer que a Igreja Católica não precisava de papas — já que uma mulher chegou a ocupar o posto sem maiores consequências. Mas ele foi julgado por se colocar contra o papado e não por inventar essa história. O papado de Joana foi encarado como verdade, durante muito tempo.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/09/09152415728183.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Ilustração da papisa Joana com a tiara papal. (Fonte: Bibliothèque nationale de France/Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Só em 1601 que o Papa Clemente VIII disse que a história era falsa e qualquer referência à sua estátua na galeria dos papas desapareceu. Outro historiador da mesma época também afirmou que a origem da "mulher papa" é o pontífice João XII: ele tinha uma amante, Joana, que obteve quase tanta influência quanto o próprio João.&nbsp;</p><p>Já os historiadores modernos afirmam que não há evidências sobre Joana na época em que ela supostamente comandou a Igreja, no século IX — e isso que seu papado teria acontecido em um período bastante documentado, entre Leão IV e Bento III. Mesmo as pessoas que eram contra a Igreja de Roma, na época, não citaram o escândalo. O que é estranho, pois esse seria um prato cheio para eles.&nbsp;</p><p>Na verdade, os principais registros sobre a papisa Joana são as histórias divulgadas a partir do século XIII. Ao que tudo indica, essa foi uma lenda criada por opositores da igreja. Também há quem diga que a papisa Joana foi inventada como uma fábula moral para "manter as mulheres em seu devido lugar".&nbsp;</p><p>De qualquer forma, a lenda inspirou diversas obras influentes nos últimos séculos — incluindo dois filmes, um de 1972 e outro de 2009.</p>

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Papisa Joana: a única mulher papa do mundo existiu mesmo ou foi só uma lenda?

Conheça as cidades mais sustentáveis e acolhedoras para os turistas de acordo com o Índice Global de Sustentabilidade dos Destinos.

<p>Criado pelo Global Destination Sustainability Movement, iniciativa de associações de Conventions &amp; Visitors Bureau (conselheiros sobre turismo) espalhadas pelo mundo, o <strong>Índice Global de Sustentabilidade dos Destinos</strong> é responsável por analisar 69 indicadores.</p><p>A partir de dados como taxa de reciclagem, nível de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/taxas-de-suicidio-podem-ser-diminuidas-com-reducao-da-poluicao-do-ar" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poluição</a>, quantidade de ciclovias e hotéis ecológicos, são selecionadas as cidades consideradas mais sustentáveis do mundo. O mais recente levantamento mostra quais são as cidades com melhor acolhimento aos turistas a partir dos quesitos. Confira algumas delas e as razões para estarem bem posicionadas.</p><h2>1. Goyang (Coreia do Sul)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04201851808022.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>oyang está entre as mais bem avaliadas no quesito sustentabilidade. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Goyang é a primeira cidade da iniciativa a estar fora da Europa. Localizada na região de Seul, entrou para o GSD-Movement em 2017. Desde então, tem escalado rapidamente as posições, especialmente pelo grande investimento na obtenção de certificações. Os espaços para convenções e exposição foi adaptado de modo que a água utilizada no espaço seja proveniente da chuva.</p><p>O governo local investe pesado na criação e no cuidado com os parques públicos, além de ter implantado um sistema de compartilhamento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122340-as-6-bicicletas-mais-bizarras-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bicicletas</a>, excelente para aproveitar os mais de 400 quilômetros de ciclovias. Outra medida importante foi assumir um compromisso de reduzir a emissão de carbono.</p><h2>2. Bordeaux (França)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04202210439023.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>&nbsp;fama positiva de Bordeaux vai muito além dos vinhos. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Conhecida pela arquitetura e pelos vinhos, Bordeaux tem apostado cada vez mais em tornar-se um centro sustentável, pensando na elevação do número de viajantes, mas também em sua população. É fácil encontrar bicicletas compartilhadas, transporte fluvial e ônibus elétricos, que facilitam a locomoção enquanto reduzem a emissão de carbono.</p><p>Atualmente, 3/4 das <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127002-4-regioes-vinicolas-que-voce-provavelmente-nunca-ouviu-falar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vinícolas</a> e 1/3 das empresas turísticas possuem certificados de ecossustentabilidade. Há uma meta ainda mais ambiciosa: chegar em 2026 com no mínimo 80% da infraestrutura turística da cidade (de agências a hotéis) com certificação ecológica. E o objetivo inclui o principal festival de vinhos de Bordeaux.</p><h2>3. Glasgow (Escócia)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/04/04202416214024.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>Glasgow traz no próprio nome o apreço à preservação do verde. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A histórica cidade escocesa de Glasgow, cujo nome tem origem na palavra gaélica <i>glaschu</i>, que significa "querido espaço verde", é a mais sustentável de todo o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128784-margaret-thatcher-5-razoes-pelas-quais-ela-e-odiada-no-reino-unido-e-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Reino Unido</a>. Medidas como a criação de zonas de baixas emissões de carbono, que restringem o acesso de veículos que utilizam combustíveis fósseis, ajudaram a reduzir a poluição.</p><p>O governo apostou em veículos elétricos e um sistema de iluminação pública com lâmpadas LED "inteligentes", além de construir vários quilômetros de ciclovias concomitantemente à disponibilidade de bicicletas para locação. Soma-se a isso a presença de muitos espaços verdes pela cidade, garantindo lazer e ar puro.</p><h2>4. Oslo (Noruega)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/03/03192327577368.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>Oslo quer ser protagonista na diminuição dos combustíveis fósseis. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Nomeada de Capital Verde Europeia em 2019, Oslo, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126826-casa-viking-gigante-e-encontrada-por-arqueologos-na-noruega.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Noruega</a>, tenta liderar a transição de um país economicamente dependente de combustíveis fósseis. Para isso, investe em um sistema integrado de ciclovias e bicicletas urbanas, além de disponibilizar estações de carregamento para veículos e <i>scooters&nbsp;</i>elétricas.</p><p>Apoiar que o sistema de turismo da cidade obtenha certificação ambiental também está nos planos, de modo a garantir que a redução de emissão de carbono possa impactar, também, toda a extensão verde da capital norueguesa — 63% do território é composto por florestas, enquanto 9% são áreas verdes e parques públicos.</p><h2>5. Gotemburgo (Suécia)</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/03/03192531519369.jpg" alt="(Fonte: Unsplash)"><figcaption>95% do transporte público em Gotemburgo usa energia renovável. (Fonte: Unsplash / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Apesar de aparecer por último, a sueca Gotemburgo lidera o Índice Global de Sustentabilidade de Destinos. Fruto de um esforço de todo o país (outras cidades da Suécia já lideraram o ranking), <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/113525-aconteceu-em-gotemburgo-o-desaparecimento-dos-tres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Gotemburgo</a> possui 95% de seu transporte público com veículos que utilizam fontes de energia renovável, especialmente ônibus elétricos. Para o aeroporto, o governo criou um esquema para reduzir a emissão de gases, ao mesmo tempo em que procura compensar o que é sai das aeronaves.</p><p>Aproximadamente 90% da rede hoteleira possui certificação ambiental. Mesmo os festivais dos mais variados tipos que ocorrem na cidade entram no movimento. Além de tentar frear a emissão de poluentes, alguns optam por servir apenas refeições vegetarianas, usar material reciclável para palcos, <i>merchandising&nbsp;</i>e vestimenta, além de servir refeições somente em material descartável.</p>

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