Milhares de monumentos de pedras gigantes, como Stonehenge, estão presentes em diferentes regiões do planeta.

Stonehenge é, provavelmente, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/121285-stonehenge-era-um-calendario-solar-na-antiguidade-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrutura megalítica mais famosa</a> do mundo. No entanto, o monumento formado por grandes blocos de pedras de até 5 metros de altura, localizado na Inglaterra, não está entre os mais antigos já descobertos.Pesquisadores estimam que existam 35 mil megálitos apenas na Europa, a maioria construídos entre o período Neolítico e a Idade do Bronze. As estruturas foram erguidas por povos antigos e funcionavam como templos, observatórios, túmulos e outros tipos de monumentos.Entre as edificações descobertas, três delas são destacadas pelos especialistas como os monumentos megalíticos mais antigos do mundo. Conheça um pouco mais sobre eles, a seguir.<h2>3. Megálito do Peru</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/08/08091505526021.jpg" alt="A praça circular fica próxima à cidade de Cajamarca. (Fonte: Science Advances/Reprodução)"><figcaption>A praça circular fica próxima à cidade de Cajamarca. (Fonte: Science Advances/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O megálito do Peru é mais antigo que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124406-como-eram-as-piramides-do-egito-quando-foram-construidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pirâmides do Egito</a> e se ergueu alguns anos antes do famoso monumento britânico. Um estudo divulgado no início de 2024 sugere que a estrutura localizada no sítio arqueológico Callacpuma tenha sido construída nos Andes peruanos há 4.750 anos.Também conhecida como “Stonehenge do Peru”, a estrutura representa uma praça circular com 18 m de diâmetro e paredes concêntricas formadas por pedras gigantes independentes. A idade dos elementos foi definida via datação por radiocarbono.Construído no período pré-cerâmico, o monumento provavelmente era utilizado como espaço para a realização de cerimônias e rituais, tendo sido usado com mais frequência de 1800 a.C. a 900 a.C., e entre 900 a.C. a 200 a.C.<h2>2. Nabta Playa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/08/08092021646023.jpg" alt="Sítio arqueológico de Nabta Playa. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Sítio arqueológico de Nabta Playa. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Descoberto na década de 1970 durante uma expedição, o megálito de Nabta Playa é considerado&nbsp;o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125305-5-observatorios-ancestrais-onde-os-humanos-olhavam-as-estrelas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">observatório astronômico</a> mais antigo da Terra.Com aproximadamente 7 mil anos e localizado no norte da África, a cerca de 1.100 km da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124479-tunel-secreto-na-grande-piramide-de-gize-e-descoberto-por-pesquisadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grande Pirâmide de Gizé</a>, no Egito, o monumento pode ter sido construído por nômades que o utilizavam para acompanhar o movimento do Sol. O objetivo era prever a chegada das chuvas intensas.Acredita-se que os nômades visitavam os círculos de pedra da Nabta Playa em épocas específicas para a realização de cultos e celebrar o solstício de verão.<h2>1. Göbekli Tepe</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/06/06175741768000.jpg" alt="Göbekli Tepe fica na atual Turquia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Göbekli Tepe fica na atual Turquia. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>A estrutura megalítica mais antiga do mundo fica na atual Turquia. Trata-se de Göbekli Tepe, cuja idade é estimada em 11.500 anos e conta com estruturas circulares nas quais ficam pilares enormes em formato de “T”, alguns deles esculpidos com figuras de animais.Os padrões geométricos complexos levaram algumas pessoas a acreditar se tratar de um templo pertencente a uma civilização avançada ou de influência <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/7-encontros-historicos-marcantes-com-possiveis-alienigenas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">alienígena</a>. Porém, os arqueólogos já eliminaram tais possibilidades.É possível que o megálito de Göbekli Tepe tenha sido erguido por caçadores-coletores antes do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127359-estudo-diz-que-a-cerveja-foi-a-grande-responsavel-pelo-desenvolvimento-da-civilizacao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">surgimento da agricultura</a>. Ainda não está claro o que esses grupos faziam no local, embora haja indícios de rituais.

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Quais são as estruturas megalíticas mais antigas do mundo?

A origem do método do banho-maria remete à história da alquimia.

Quem cozinha, sabe: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/102468-conheca-a-historia-da-alquimista-que-deu-origem-ao-termo-banho-maria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"banho-maria"</a> é um processo culinário (embora também seja usado na indústria) que consiste em aquecer lenta e uniformemente a substância de um recipiente através do contato com o vapor de água. É usado, por exemplo, para preparar leite condensado, engrossar molhos e derreter chocolate.Mas, afinal, quem seria a tal Maria que deu nome a esse processo muito usado nas cozinhas brasileiras? A seguir, você tem finalmente a resposta a essa dúvida.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123926-o-que-e-o-lo-do-bolo-pao-de-lo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que é o “ló” do bolo pão de ló?</a></li></ul><h2>A origem do banho-maria&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/09/09195618784260.jpeg" alt="(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)"><figcaption>O banho-maria remete aos processos da alquimia na Alexandria. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>No francês, o processo se chama de "bain-marie", mas o termo original é "balneum mariae". Há teorias que tentam explicar a origem desse nome, associando-o à Virgem Maria ou à <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121033-a-historia-do-sapato-perdido-rumo-a-guilhotina-de-maria-antonieta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Maria Antonieta</a>. Porém, o provável é que o termo tenha sido criado por conta de uma alquimista judia que viveu no Egito.A história remete ao antigo Mediterrâneo, em uma época em que a ciência, a magia e a culinária se entrelaçavam. O método costumava ser usado pelos antigos gregos para fazer remédios, e já havia sido descrito por <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109434-dia-do-medico-quem-foi-hipocrates-o-pai-da-medicina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hipócrates</a> no século V a.C.Já no século V d.C., um livro de receitas romano chamado Apicius apresentou pratos que eram preparados na "água quente", método que também era recomendado para manter os alimentos aquecidos — caso os convidados fossem chegar em horários diferentes para um jantar, por exemplo. Acontece que, nessas primeiras menções, o nome Maria ainda não aparecia.<h2>Quem foi Maria?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/09/09195243853258.jpg" alt="Há várias teorias sobre quem seria a Maria do "><figcaption>Há várias teorias sobre quem seria a Maria do "banho-maria". (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Para entender quem foi essa Maria, é preciso compreender um pouco sobre alquimia, uma prática ancestral que envolvia a manipulação de materiais e elementos químicos para compreender as suas propriedades. Um dos objetivos últimos da alquimia era conseguir transformar chumbo em ouro, ou criar o chamado "<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128639-6-praticas-usadas-para-aumentar-a-longevidade-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elixir da vida</a>".Essa tradição se iniciou ainda na Alexandria, no Egito, no início do primeiro milênio. Nessa época, o Egito era uma província romana e possuía grande influência dos gregos. Por volta do ano 300, um alquimista chamado Zósimo de Panópolis escreveu livros sobre o tema que sobreviveram até hoje.&nbsp;Em um desses escritos, ele fala de uma mulher a quem reverencia por sua sabedoria. Zósimo a chama de "a divina Maria", "Maria, a judia", "Maria, a profetisa" e "uma das sábias". Ocorre que os alquimistas escreviam suas obras de forma propositadamente enigmática, e por isso não traziam detalhes sobre quem eram os sábios.É bem possível que a tal alquimista existisse, pois a antiga Alexandria tinha uma vasta população judaica, incluindo mulheres que praticavam essa ciência misturada com misticismo. Mas fontes posteriores tentaram esclarecer quem era a tal Maria. Ela já apareceu em relatos como tutora de filósofos gregos e mesmo como Miriam, que aparece na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123608-a-biblia-sagrada-e-a-mesma-desde-que-foi-escrita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bíblia</a> como irmã de Moisés.De acordo ainda com os escritos de Zósimo, sabe-se que Maria inventou vários dispositivos químicos. Um deles era o kerotaki, um cilindro fechado no fundo do qual havia uma chama que aquecia uma plataforma no centro do forno, no qual era colocada uma massa de mercúrio ou enxofre. Era usado para fazer ligas de metal, de uma forma parecida com o banho-maria.&nbsp;Então, na próxima vez em que você for preparar um pudim utilizando esse método, saiba que isso só é possível por conta da alquimia da época dos antigos egípcios.

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Quem é a Maria do "banho-maria"?

Conheça a curiosa história de Ilhote de Vélez de la Gomera, o local com a fronteira mais compacta do mundo.

Localizada ao norte da África, uma pequena ilha rochosa conhecida como Ilhote de Vélez de la Gomera, ou também como Penedo de Vélez de la Gomera, é um ponto de interesse geopolítico devido à sua notável distinção: é o lar da menor <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119861-fronteiras-de-onde-vem-e-o-que-porque-existem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fronteira terrestre</a> oficialmente reconhecida do mundo.Com apenas 85 metros de extensão, essa pequena parcela de terra liga a Espanha ao Marrocos e oferece uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124171-voce-conhece-a-guiana-brasileira-motivo-de-guerra-entre-brasil-e-franca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">história rica e intrigante</a>, marcada por conquistas, disputas e uma presença militar constante. Vamos explorar mais sobre essa peculiar fronteira e conhecer melhor sua história.<h2>História e contexto geopolítico</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/07/07194413734008.jpg" alt="Foto do Penedo de Velez de la, em 1920, quando ainda era uma ilha separada do continente. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Foto do Ilhote de Vélez de la Gomera em 1920, quando ainda era uma ilha separada do continente. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>O Penedo de Vélez de la Gomera foi conquistado pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/o-roubo-e-trafico-de-bebes-na-espanha-cresceu-mesmo-apos-o-fim-do-fascismo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Espanha</a> em 1564, e desde então permanece sob sua soberania, apesar das reivindicações esporádicas do Marrocos. Essa rocha estéril era uma ilha até que um terremoto, em 1934, causou uma elevação do fundo do mar que transformou a ilha em uma península, ligada ao continente por uma faixa de terra.Atualmente, o penedo abriga apenas uma guarnição militar espanhola encarregada da vigilância e da defesa do território. Os soldados, cujas vidas são sustentadas por suprimentos entregues regularmente pela Marinha espanhola, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121233-como-era-a-vida-de-um-soldado-americano-na-guerra-do-vietna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vivem em condições modestas</a>, sem acesso à água corrente ou eletricidade.O local desempenha um papel significativo na geopolítica da região, e faz parte dos chamados "lugares de soberania" que a Espanha mantém no norte da África, com outros territórios autônomos como Ceuta, Melilla e Ilhas Chafarinas.<h2>Dimensões e importância estratégica</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/07/07194709657009.jpg" alt="Ilustração do mapa local, destacando a localização da fronteira e a presença de um quartel na região. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Ilustração do mapa local, destacando a localização da fronteira e a presença de um quartel na região. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Com seus meros 85 metros de comprimento, essa fronteira terrestre ultracurta destaca-se por sua singularidade. Apesar de sua pequena escala física, o local tem importância estratégica, especialmente para a Espanha, devido ao seu papel como ponto de apoio crucial em suas operações de segurança no Mediterrâneo. Além disso, sua localização próxima ao estreito de Gibraltar é estrategicamente valiosa no controle das rotas marítimas.Embora a Espanha mantenha uma presença militar constante no penedo, o poder sobre o território não está isenta de desafios e controvérsias. O <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/105373-chefchaouen-conheca-a-cidade-no-marrocos-que-ha-500-anos-e-pintada-de-azul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marrocos</a> continua a reivindicar a soberania sobre a rocha, resultando em tensões diplomáticas entre os dois países. Essa disputa territorial em um espaço tão pequeno reflete os complexos vínculos históricos e políticos que permeiam a região do norte da África.O Ilhote de Vélez de la Gomera, com sua distinção como a menor fronteira terrestre do mundo, oferece uma visão fascinante sobre a interseção entre história, geopolítica e geografia. Apesar de seu tamanho diminuto, essa rocha desempenha um papel significativo nas dinâmicas regionais e nas relações entre a Espanha e o Marrocos. É um lembrete marcante da complexidade e da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119861-fronteiras-de-onde-vem-e-o-que-porque-existem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">importância das fronteiras</a> entre os países.

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Qual é a menor fronteira entre países do mundo?

Com diversas teorias, a razão por trás dessa prática continua uma incógnita para especialistas.

Você já se perguntou por que, em <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122519-6-fatos-sobre-a-lingua-inglesa-que-voce-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inglês</a>, o pronome "eu" é sempre escrito com letra maiúscula? Talvez você nunca tenha parado para pensar nisso, afinal, parece algo tão natural e é uma das primeiras regras ensinadas quando se aprende a língua.Mas, caso você não tenha tanta familiaridade com a língua inglesa, talvez tenha ficado surpreso em saber disso, já que não usamos o "eu" maiúsculo no português. Na verdade, a história por trás dessa peculiaridade da língua inglesa é mais interessante do que se imagina.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Múltiplas possibilidades</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/27/27105629364092.jpg" alt="A escrita conta um pouco da história de cada povo. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>A escrita conta um pouco da história de cada povo. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Com o passar dos séculos, várias teorias foram propostas para explicar por que o pronome "I" é sempre maiúsculo na língua inglesa. Algumas delas são mais fantasiosas do que outras, mas todas contribuem, de uma forma ou de outra, para uma compreensão mais ampla dessa convenção linguística. No entanto, nenhuma é dada como certa pelos especialistas.<h3 style="text-align:justify;">Evolução histórica</h3>A primeira, e mais plausível, é a teoria que define o uso do "I" maiúsculo como sendo derivado da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118643-a-origem-da-lingua-portuguesa-e-sua-implantacao-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">própria evolução da língua</a>. Durante esse período, o pronome pessoal "eu" era escrito de várias maneiras, incluindo "ic" e "ich", influenciadas pelo alemão.Com o tempo, a grafia mudou, mas a letra "i" permaneceu. No entanto, devido à dificuldade de distinguir o "i" minúsculo em textos manuscritos, os escribas decidiram torná-lo maiúsculo, o fazendo ficar mais visível e fácil de ler.<h3>Puro egocentrismo</h3><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/27/27105739560095.jpg" alt="Seria o orgulho nacionalista e o egocentrismo uma das razões? (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Seria o orgulho nacionalista e o egocentrismo uma das razões? (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Uma das teorias mais curiosas — e indubitavelmente fantasiosa — é a do egocentrismo. Alguns sugerem que, por questão de ego e para destacar uma suposta superioridade, os escritores antigos começaram a escrever o pronome "eu" com letra maiúscula. Essa prática seria uma forma do escritor se destacar e mostrar sua autoridade.Embora essa teoria possa parecer divertida, não há evidências sólidas para sustentá-la. Uma questão básica é que, se fosse para ganhar destaque, quem escrevesse provavelmente deixaria qualquer pronome que se referisse a ele maiúsculo também, não é mesmo?<h3 style="text-align:justify;">Imposição gramatical&nbsp;</h3>Outra hipótese é a que justifica que o uso do "eu" maiúsculo está relacionado à gramática. A questão que derruba facilmente esse ideia é que não há uma determinação normativa dada por alguma comissão linguística ou definida por alguma autoridade. Isso porque, como o inglês não possui uma academia de letras para ditar regras, essa explicação também carece de fundamentos sólidos.<h2 style="text-align:justify;">Onde estamos hoje?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/27/27105912402096.jpg" alt="A escrita é fluida e evolui a cada dia. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>A língua é fluida e evolui todos os dias. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Atualmente, embora a capitalização do "I" seja considerada uma regra gramatical, estamos testemunhando uma tendência crescente de ignorar essa convenção em contextos informais, como e-mails e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104431-voce-sabe-quando-alguem-esta-mentindo-para-voce-por-mensagem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mensagens de texto</a>. Será que, no futuro, veremos o fim do "eu" maiúsculo no inglês? A evolução da língua certamente nos reserva surpresas.Em suma, a razão pela qual o pronome "eu" é sempre maiúsculo em inglês é uma mistura de história, convenção e prática caligráfica. Embora não exista uma explicação definitiva, compreender essas teorias nos permite apreciar a riqueza e a complexidade da língua inglesa.&nbsp;

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Por que "I", o pronome "eu" em inglês, é sempre maiúsculo?

Nenhum tipo de ave consegue permanecer no ar por dez meses, sem pousar, como o andorinhão-preto, que se tornou o recordista absoluto.

<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128892-especie-de-ave-perdida-ha-20-anos-e-fotografada-pela-primeira-vez-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Que os pássaros são exímios voadores, todos nós sabemos</a>, mas permanecer no ar durante dez meses seguidos, sem pousar nem por um momento é, com certeza, um recorde absoluto. E um estudo de outubro de 2016, publicado na Current Biology, autenticou o nome do campeão: o andorinhão-comum, ou andorinhão-preto (Apus apus).Apesar de já ter sido proposta na década de 1970, pelo ornitólogo galês Ronald Lockley, a resiliência dos andorinhões-comuns durante os voos só foi testada quase meio século depois, por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, que conseguiu comprovar a teoria do respeitado observador de aves.Na verdade, nem todos os pássaros observados no estudo atingiram a marca de dez meses: a maioria fez pousos intermediários. E a diferença entre os que desceram e os que continuaram estava nas penas, segundo os pesquisadores. Os que pousaram não tiveram mudanças, enquanto os resilientes mudaram e ganharam penas novas em suas asas durante o voo.<h2>Como os cientistas seguiram os andorinhões durante o voo?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/27/27160732252236.jpg" alt="Resumo gráfico do estudo."><figcaption>Resumo gráfico do estudo. (Fonte: Anders Hedenström et al./Divulgação)</figcaption></figure></figure>Para testar as teorias de Lockley, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124743-passageiros-clandestinos-as-aves-que-pegam-carona-em-navios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os autores seguiram as trajetórias de 13 andorinhões-comuns adultos</a>, marcando-os com pequenos registradores de dados equipados com acelerômetros (para medir a atividade de voo), além de sensores de nível de luz, para possibilitar sua localização. Algumas das aves estavam indo da Suécia para o sul do Saara durante o inverno, e retornando em seguida.As observações comprovaram as hipóteses: as aves permaneceram no ar grande parte de suas vidas, ficando em terra firme por apenas dois meses, o suficiente para procriar. Só três andorinhões ficaram 100% do tempo no ar, mas, mesmo os que fizeram pousos eventuais, atingiram uma marca de 99,5% do tempo voando.Os andorinhões-pretos foram seguidos pelos pesquisadores por vários anos durante o seu longo bate e volta, um feito impressionante tanto para quem voa como para quem observa, uma vez que se tratam de pequenas aves — com 40 gramas e 16 centímetros do bico à ponta da cauda.&nbsp;<h2>Como os andorinhões conseguem ficar tanto tempo no ar?</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/FMCLF7hK1Mg" title="These birds can fly almost ten months without landing" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Em entrevistas à Nature, o primeiro autor do artigo, Anders Hedenström explica o segredo da resiliência desses resilientes vodores: “Os andorinhões evoluíram para serem voadores muito eficientes, com formas corporais aerodinâmicas e asas longas e estreitas, gerando força de sustentação a baixo custo”.<a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/35994-andorinhas-estao-evoluindo-para-evitar-serem-atropeladas-em-rodovias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Isso significa que os A. apus evoluíram</a> para utilizar pouca energia durante os seus longos voos. Além disso, eles sempre conseguem obter um reabastecimento extra de calorias, consumindo pequenos insetos que encontram pelo caminho. Quanto ao sono, “eles podem agir como uma fragata e dormir enquanto planam”, especula Hedenström, em um comunicado.

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Quanto tempo um pássaro é capaz de voar sem pousar e descansar?

Pesquisadores ainda não sabem definir ao certo o que torna uma língua mais "rápida" do que as demais.

Talvez você já tenha ouvido de alguém que você fala muito rápido. E, embora a velocidade de como as palavras são proferidas varie de pessoa para pessoa, existe uma possibilidade de que o nosso <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/aprender-um-terceiro-idioma-e-mais-facil-ou-mais-dificil-do-que-um-segundo-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">idioma</a> nos force, sim, a conversar em um ritmo acelerado.Sendo assim, é possível determinar qual a língua "mais rápida" do mundo? Essa é uma pergunta que envolve incríveis quantidades de respostas: sílabas ou palavras faladas em um determinado período; quantidade de informações transmitidas; até mesmo a linguagem com o menor número de palavras ou sílabas para transmitir uma informação. O tema, no entanto, divide pesquisadores.<h2>Velocidade dos idiomas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/03/03123850144169.jpg" alt="Duas pessoas conversando em diferentes idiomas. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Duas pessoas conversando em diferentes idiomas. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Em entrevista ao site Atlas Obscura, o linguista quantitativo François Pellegrino destrinchou seu trabalho de medir diferenças entre as línguas e procurar explicações por trás delas. Ao longo de sua carreira, ele trabalhou algumas vezes com a velocidade da linguagem, inclusive em um estudo que comparou 17 idiomas diferentes em uma variedade de métricas.Para Pellegrino, o mais importante nesse tipo de pesquisa é olhar para sílabas em vez de sons individuais ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121859-12-palavras-que-voce-nao-sabia-que-estao-no-dicionario.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">palavras</a>. "Você tem uma maneira de medir sílabas, que é observar a rapidez com que são produzidas e que tipo de informação transmitem. Mas você também pode basicamente pedir às pessoas que ouçam idiomas desconhecidos e perguntar se parecem rápidos ou não. Então, você tem os aspectos perceptivos, os aspectos articulatórios e de produção", destacou.Com essa metodologia em mente, Pellegrino e sua equipe avaliaram duas métricas: pronúncia "canônica", que avalia o número total de sílabas por unidade de tempo; e a densidade de informação, que é a rapidez com que um ouvinte pode reduzir sua incerteza sobre a mensagem que está recebendo.<h2>Resultados finais</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/03/03123946088171.jpg" alt="Professora ensinando inglês. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Professora ensinando inglês. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Linguistas como Pellegrino descobriram que existe uma correlação inversa entre quantas sílabas você pode comprimir em um segundo e quanta informação pode ser direcionada no mesmo período. O estudo cita, por exemplo, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118627-7-fatos-curiosos-que-provam-que-o-japao-e-um-pais-unico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">japonês</a>, que possui um número extremamente elevado de sílabas faladas por segundo, mas que carrega poucas informações concretas nelas. Isso quer dizer que esse é um idioma vocalizado em "alta velocidade", mas que demora para ter sua mensagem compreendida.Com isso, o japonês poderia até ser mais rápido que uma língua como o inglês — cerca de 12 sílabas por segundo —, mas se o este consegue transmitir a mesma informação com mais eficácia, isso realmente faria o japonês ser "mais rápido"? Porém, o conceito de quanta informação pode ser divulgada em uma determinada sílaba também é bastante confuto, porque determinar o que é ou não essencial fica quase impossível.Isso tudo só serve para dizer que existem tantos fatores determinantes nos idiomas globais que provavelmente jamais seremos capazes de declarar uma linguagem como sendo "a mais rápida". No fim das contas, a resposta mudará dependendo de todos os tipos de variáveis não especificadas na pergunta.&nbsp;

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Qual é o idioma "mais rápido" do mundo?

Para nunca mais errar nada sobre esses dois conceitos importantes: entenda a diferença de tempo e clima.

"Vi na previsão que o clima vai esquentar!" ou "o clima tá ficando feio!" são frases que certamente já ouvimos no dia a dia. Mas fato é que, conceitualmente falando, elas não estão corretas.Por mais que não seja interessante sair corrigindo todo mundo por aí, é importante conhecer a diferença entre tempo e clima — principalmente para os estudantes que precisam de um reforço antes da prova de geografia ou para os vestibulandos de plantão. Já adiantamos que são dois conceitos bem simples e bem fáceis de serem assimilados.<h2>Conceito de tempo e clima</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/31/31225613507017.jpg" alt="Após entender a diferença de tempo e clima, é um pulo para entender o que significa uma mudança climática. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Após entender a diferença de tempo e clima, é um pulo para entender o que realmente significa uma mudança climática. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Quando falamos de tempo, nos referimos ao momento em que as condições da troposfera, camada mais baixa da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124610-como-seria-a-temperatura-da-terra-sem-uma-atmosfera.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atmosfera</a>, apresentam-se no momento atual. Ou seja,&nbsp;elas mudam continuamente, e o tempo pode se apresentar quente, frio, úmido ou seco.Mas quando falamos de clima, é diferente. O clima nada mais é do que a sucessão dos diferentes tipos de tempo. Ou seja, ele é determinado conforme diferentes elementos atuam sobre uma determinada região em um longo período. São eles: temperatura, pressão atmosférica, vento, massas de ar, umidade e chuva.É com base no clima, portanto, que fazemos observações sobre um período mais longo, como, por exemplo: "em São Paulo, caem chuvas muito volumosas durante o verão".Há outros fatores climáticos, entretanto, que ainda influenciam, como a latitude, a altitude, o relevo, a continentalidade e maritimidade, a vegetação, as correntes marítimas e até mesmo os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128897-apos-super-el-nino-nova-ocorrencia-da-la-nina-e-esperada-a-partir-de-junho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fenômenos climáticos</a>.<h2>Climas do Brasil</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/01/01020534232027.jpg" alt="O relevo também atua sobre o clima. No litoral onde predominam os mares de morros, por exemplo, as nuvens que não conseguem avançar desencadeiam a chuva orográfica. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O relevo está entre um dos fatores que podem atuar sobre o clima. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Como exemplo, em porções mais altas, as temperaturas tendem a ser mais baixas. O mesmo vale para locais de latitude mais elevada, próximos das regiões polares do planeta, que são mais frios. Em relação à continentalidade, quanto mais distante do mar, maior tende a ser a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125061-por-que-os-desertos-sao-tao-secos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amplitude térmica</a> do local.E o relevo, por sua vez, quando falamos de áreas elevadas, podem dificultar a atuação das massas de ar. Ao se aprofundar nos estudos destas variáveis, portanto, é possível ter uma melhor visão de como atuam os diferentes climas no Brasil e no mundo.No Brasil, há três climas que atuam, segundo o IBGE: equatorial, na imagem vemos ele mais ao norte; clima tropical, que predomina numa maior área, passando pelo nordeste, porção central e sudeste do país; e clima subtropical (também chamado de temperado), atuando ao sul do território.Há classificações que incluem o clima semiárido, restrito à parte do sertão nordestino, e o clima tropical de altitude, que atua em áreas do centro e sul de Minas Gerais, e parte dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/31/31225707226018.jpg" alt="Climas brasileiros, segundo o IBGE. (Fonte: IBGE/Reprodução)"><figcaption>Climas brasileiros, segundo o IBGE. (Fonte: IBGE/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>O que as mudanças climáticas realmente significam?</h2>Ou seja, por mais que eventuais anomalias apareçam, como a ocorrência de um dia quente durante o inverno, elas não são o suficiente para dizer que o clima de um determinado lugar mudou. Para tanto, é necessário que mudanças no padrão sejam detectadas, como as que dizem respeito às médias de temperatura e pluviosidade de muitas décadas anteriores, em diferentes estações.Mas considerando a intensificação do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127091-nacoes-em-risco-5-paises-vulneraveis-as-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aquecimento global</a>, provocado pela ação do homem, é natural que essa preocupação ganhe um maior espaço, afinal, temos acompanhado anomalias nas médias de temperatura em diversos pontos do globo. Muitas vezes, elas são somadas a eventos catastróficos que colocam em risco a vida de um grande contingente populacional.

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Afinal, qual a diferença de tempo e clima?

Conforme documentado por pesquisadores, as vítimas de um dos maiores sacrifícios humanos da história jazem sob um tempo reluzente na antiga cidade de Teotihuacan.

A maior cidade-estado que já <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/106557-15-curiosidades-sobre-os-olmecas-a-primeira-grande-cultura-da-mesoamerica.htm">existiu na Mesoamérica</a> pode ter extraído seu poder de um desejo arrepiante por objetos brilhantes e sangue humano, é o que diz um novo estudo feito pelo Williams College. De acordo com uma análise de um templo sacrificial na cidade pré-colombiana de Teotihuacan, o fascínio da população pelo vidro vulcânico (obsidiana) resultou numa obsessão de culto com espelhos e derramamento de sangue.A extração desse material também tornou-se diretamente ligada à <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128608-6-civilizacoes-antigas-que-cairam-no-esquecimento.htm">expansão do Império</a>. Porém, para que isso fosse possível, milhares de pessoas foram mortas em sacrifícios brutais conduzidos por uma seita curiosa.<h2>Astecas e a obsidiana</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/03/21/21162256363287.jpg" alt="GettyImages-1451163939.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/03/21/21162256253286.jpg 234w,https://mega.ibxk.com.br/2024/03/21/21162256503288.jpg 500w," sizes="100vw"><figcaption>Pirâmide em homenagem a Quetzalcoatl em Teotihuacan, México. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Um milênio antes da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/quase-500-anos-depois-cientistas-confirmam-o-que-matou-os-astecas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">civilização asteca</a> chegar ao seu ápice, a antiga metrópole de Teotihuacan prosperou no centro do México de 100 a.C. a 800 d.C. Como em muitas outras culturas mesoamericanas, as elites da cidade sofriam com o que os estudiosos chamam de "complexo de superfície reflexiva" e usavam regularmente espelhos de obsidiana como ferramentas oraculares para adivinhar o futuro e comunicar-se com os seus deuses.No entanto, de acordo com o novo estudo conduzido pelo Dr. Trenton Barnes, do Williams College, essa fantasia de se comunicar através de superfícies brilhantes era muito mais profunda do que mera adivinhação, e inspirou algumas práticas horríveis. A evidência desse culto sangrento ao espelho, diz ele, pode ser encontrada na Pirâmide da Serpente Emplumada — a terceira maior estrutura da icônica cidade antiga.Segundo Barnes, o templo era adornado com centenas de "esculturas monumentais representando espelhos dos quais emergiu a divindade da Serpente Emplumada, mais tarde chamada de Queetzalcoatl entre os astecas mexicanos". Infelizmente, o local foi repetidamente saqueado desde que foi construído por volta de 200 d.C., mas uma das estátuas ainda mantém os discos reflexivos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123016-obsidiana-5-fatos-interessantes-sobre-a-misteriosa-rocha-vulcanica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">obsidiana</a> que foram originalmente embutidos nas órbitas oculares da divindade.<h2>Sacrifícios numerosos</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/03/21/21161818575282.jpg" alt="1280px-Teotihuacan-Entierro_de_la_pirámide_de_la_Serpiente_Emplumada.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/03/21/21161818560281.jpg 195w,https://mega.ibxk.com.br/2024/03/21/21161818575283.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/03/21/21161818606284.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/03/21/21161818606285.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Sacrifícios humanos já foram encontrados em Teotihuacan anteriormente. (Fonte: S Shepherd/Wikimedia Commons)</figcaption></figure>Conforme divulgado por Barnes, potencialmente os espelhos de obsidiana foram originalmente incorporados na fachada da Pirâmide da Serpente Emplumada. No final de um dia claro, à medida que o sol se aproximava do horizonte oeste, os olhos negros das cabeças esculpidas teriam explodido em chamas com a luz refletida.Abaixo da pirâmide, os arqueólogos descobriram os esqueletos de cerca de 200 <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122404-5-descobertas-historicas-sombrias-sobre-sacrificios-humanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sacrifícios humanos</a>, tornando este o maior assassinato ritual já ocorrido na Mesoamérica à época. Os pesquisadores sugerem que lâminas de obsidiana foram usadas para derramar sangue e extinguir ritualmente a vida humana.Assim, através do vidro, seria possível estabelecer uma ligação clara entre espelhos e sangue. Segundo Barnes, o culto do espelho parece ter sido algo que realmente cresceu em Teotihuacan, no momento em que o uso de obsidiana em armas de guerra e lâminas de sacrifício se generalizou. Dado que tanto a guerra como os sacrifícios foram fundamentais para o estabelecimento do controle político, é possível dizer que o "Culto Sangrento do Espelho" foi um componente-chave nas ambições imperiais do Estado.&nbsp;

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'Culto do Espelho Sangrento': a história que inspirou o império pré-asteca

Numa tentativa de frear a Revolução Russa, os aristocratas conspiraram para matar o camponês siberiano que exercia influência em Nicolau II e sua esposa, Alexandra.

O assassinato de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120429-5-mitos-sobre-o-misterioso-rasputin-que-sao-contados-ate-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grigori Rasputin</a>, o infame "monge louco" da Rússia, serve como pano de fundo para uma história que mistura fatos e lendas. Conhecido por ser um "homem santo e curandeiro", Rasputin era tido como uma pessoa de grande influência na Rússia Imperial.Por esse motivo, um grupo de nobres russos conspirou para matá-lo em 30 de dezembro de 1916, no porão do Palácio Moika, a residência em São Petersburgo do príncipe Felix Yusupov — um dos homens mais ricos do país na época e marido da única sobrinha biológica de Nicolau II, Irina. O corpo espancado de Rasputin foi descoberto no rio Neva alguns dias depois, mas a intensão de sua morte acabou fracassando.<h2>Ascensão de Rasputin</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/07/07201339327025.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)"> (Fonte: Getty Images)</figure>Na década anterior, Rasputin tinha ascendido rapidamente na sociedade russa, transformando-se de um camponês siberiano para uma das figuras mais proeminentes do círculo íntimo do czar. Ele nasceu em 1869 na aldeia de Pokrovskoye, às margens do rio Tura, onde a Europa encontra a Ásia na Sibéria. Ele parecia destinado a uma vida normal, mas tudo mudou em 1892.Neste ano, ele abandonou sua família para passar alguns meses em um mosteiro, o que o fez se tornar uma figura famosa internacionalmente. Apesar de seu apelido de "monge louco", Rasputin era um ser de muito carisma que chamou a atenção do clero ortodoxo russo e de membros seniores da família imperial, que o apresentaram a Nicolau II e à sua esposa, Alexandra.O casal já havia consultado conselheiros espirituais não convencionais no passado, mas Rasputin foi o único que realmente lhes agradou. Ele encorajou Nicolau a ter mais confiança no seu papel como czar, e Alexandra descobriu que seus conselhos acalmavam suas ansiedades. No início da Primeira Guerra Mundial em 1914, Rasputin fornecia conselhos políticos e fazia recomendações para nomeações ministeriais — algo que incomodou muito a elite russa.<h2>A conspiração para matar Rasputin</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/07/07201415302027.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">&nbsp; (Fonte: Getty Images)</figure>Antes de assassinar Rasputin, Yusupov, um aristocrata rico que se casou com alguém da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126726-a-historia-por-tras-do-assassinato-da-familia-romanov.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">família Romanov,</a> viveu uma vida de privilégios. Inclusive, recebia críticas internas por parte da família imperial por "não fazer praticamente nada". Então, planejar o assassinato de Rasputin deu a Yusupov a oportunidade de se reinventar como patriota e homem de ação, numa tentativa de proteger o trono de uma influência maligna.Ele e seus colegas conspiradores — aristocratas, em sua maioria — acreditavam que a remoção de Rasputin daria a Nicolau II uma última chance de restaurar sua reputação e o prestígio da monarquia. Dessa forma, após capturado, o Monge Louco foi envenenado, baleado, espancado e afogado em um assassinato completamente brutal.Para a consternação dos conspiradores, no entanto, a morte de Rasputin não levou a uma mudança radical na abordagem do governo de Nicolau e Alexandra. Inclusive, alguns historiadores afirmam que tal acontecimento apenas acelerou a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117620-revolucao-russa-fatos-mais-marcantes-do-periodo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução Russa</a>, que decretaria mais tarde fim a 300 anos de governo Romanov e levando à morte brutal da família às mãos dos Bolcheviques em 1918.&nbsp;

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Como aconteceu o assassinato de Rasputin, o 'monge louco' da Rússia

Um texto antigo do século II d.C. afirma que "abracadabra" é um remédio falado para a cura de febres.

Pouco usada atualmente,&nbsp;"abracadabra" foi durante muitos anos um feitiço ou encantamento usado pela maioria dos mágicos — fossem eles do cinema, da televisão ou da vida real —&nbsp;durante a execução de seus truques em apresentações públicas. Como parte de várias culturas, a palavra continua, no entanto, sem um significado definitivo, com diversos especialistas debatendo a sua real origem.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118283-5-expressoes-populares-brasileiras-e-as-historias-de-suas-origens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 expressões populares brasileiras e as histórias de suas origens</a></li></ul>Alguns linguistas sugeriam que abracadabra era uma corruptela da frase hebraica ebrah k'dabri, que significa "eu falo e crio" e teria sido dita por Deus durante a criação do mundo, segundo o Gênesis. No mesmo contexto, o Criador teria dito outra frase parecida — avra gavra — que, em aramaico, significa "Eu criarei o homem". O termo é parecido com avada kedavra ("deixe a coisa ser destruída"), <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/111854-escola-catolica-proibe-livros-de-harry-potter-por-conter-feiticos-reais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a famosa maldição da morte de Harry Potter</a>. &nbsp;Mas o historiador medieval Don Skemer, da Universidade de Princeton nos EUA, defende o termo hebraico ha brachah dabarah, que quer dizer “nome do abençoado” como a origem de abracadabra. "Nomes divinos são fontes importantes de poder sobrenatural para proteger e curar, como vemos na magia antiga, medieval e moderna", explicou ele à National Geographic.&nbsp;<h2>Abracadabra: um remédio falado para curar febre</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/04/04142902528200.jpg" alt="(Fonte: Biblioteca Britânica)"><figcaption>(Fonte: British Library Archive/Reprodução)</figcaption></figure></figure><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125165-5-curas-medicas-bizarras-muito-sugeridas-no-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Esse poder de cura mágica de doenças</a> foi reforçado em um manuscrito judaico do século XVI, encontrado na Itália, que aponta abracadabra como um remédio falado para febre. Em sua obra Um Diário do Ano da Peste, do século XVII, o escritor Daniel Defoe defendeu o uso do termo como um antídoto para possessão de espíritos malignos, escrevendo a palavra mágica "formada em triângulo ou pirâmide".A configuração pode também ser vista em um estudo de 2016, feito por pesquisadores da Universidade de Michigan, sobre um papiro egípcio escrito em grego do século III d.C. Para os magos gregos, escrever variações de uma palavra em um triângulo apontando para baixo formava um “cacho de uva”, capaz de eliminar tanto a doença quanto o espírito maligno.Para a historiadora da linguagem Elyse Graham, da Stony Brook University nos EUA, abracadabra é um “apotropaico, palavra que poderia evitar coisas ruins”, disse ao National Geographic. A palavra é mostrada na imagem acima, em uma página dos escritos do médico romano Quintus Serenus Sammonicus, como um amuleto eficaz para a febre, que deveria ser escrito em forma de triângulo invertido, e pendurado no pescoço.<h2>O desencantamento do Abracadabra</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/04/04150917307219.jpg" alt="Fonte: Getty Images"><figcaption>(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Para a historiadora Graham, o uso da magia como remédio era uma prática comum antes dos recursos da medicina moderna. “Costumávamos precisar de magia para fazer coisas diferentes, mas agora temos medicamentos melhores”, afirma ela. Essa dose de realidade retirou, de certa forma, o brilho do abracadabra, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122923-5-fatos-deslumbrantes-sobre-a-historia-da-magica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">agora relegado aos espetáculos de mágica</a>.O grande segredo de uma palavra mágica manter o seu poder, explica a historiadora, é continuar mantendo seu mistério. “Uma palavra mágica dá poder ao mágico, enquanto quem está de fora não sabe o que é”, revela Graham.

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