Ciência
14/10/2013 às 10:11•3 min de leitura
Mesmo não sendo tão incômodo ou perigoso como alguns tipos de gripe, o resfriado comum também pode atrapalhar a sua vida de alguma forma — seja por um ataque de espirros incessante ou mesmo pela sensação de cansaço lhe atacando durante uma tarde no trabalho ou nos estudos.
Se você acha que, com o fim do inverno e das temperaturas baixas, está livre dos resfriados, é melhor dobrar os cuidados. Segundo o site científico Smithsonian, os vírus que causam os resfriados não “acalmam” depois da estação fria e são mais de 200 tipos espalhados por aí que podem desencadear coriza, dor de garganta, espirros e tosse.
Os micróbios causadores mais conhecidos, chamados de rinovírus, são ainda mais ativos na primavera, no verão e no início de outono. Então, é bom se cuidar sempre, mantendo uma boa alimentação e atividade física para turbinar o sistema imunológico e cuidar sempre com a higiene constante das mãos. Quer conhecer alguns fatos sobre o resfriado que podem até lhe ajudar a evitá-lo? Confira abaixo.
Os rinovírus evoluíram a partir dos enterovírus, que causam infecções secundárias por todo o corpo. Eles foram identificados mesmo em áreas remotas de florestas e locais inóspitos do globo. Porém, é impossível dizer há quanto tempo os seres humanos têm lutado contra resfriados.
Os cientistas nunca conseguiram identificar ao certo a evolução desses vírus, pois eles se transformam rapidamente e não deixaram rastros em fósseis humanos preservados. Há teorias de que os rinovírus já teriam infectado os hominídeos antes de nossa espécie ou surgiram em pequenos grupos de humanos que saíram do isolamento para comunidades agrícolas.
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Você sabia que os micróbios que causam os resfriados podem sobreviver por até dois dias fora do corpo? Os rinovírus existentes, que causam de 30 a 50% dos resfriados comuns, geralmente vivem por três horas sobre a pele ou uma superfície palpável. No entanto, dependendo de algumas condições de temperatura e umidade, além do tipo do vírus, essa sobrevivência pode se estender até 48 horas! Portanto, cuide-se.
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Quando uma pessoa doente tosse, espirra ou fala, ela expele gotículas no ar que podem conter os vírus. Essas gotículas respiratórias podem viajar até 1,8 metro até outra pessoa.
Um estudo recente descobriu que a maior distância visível sobre o qual um espirro viaja é de 60 centímetros a uma velocidade de cerca de 15 metros por segundo. Portanto, a dica é: quando você perceber que alguém resfriado vai espirrar e tiver tempo hábil, dê uma disfarçadinha e fique a cerca de 1,8 metro afastado ou mova-se rapidamente em outra direção.
Os níveis de umidade podem ajudar aquelas gotículas com vírus a viajarem mais rápido ou não: quanto menor a umidade do ambiente, mais umidade evapora da gota, diminuindo seu tamanho e fazendo com que ela possa ficar no ar por distâncias maiores.
Por isso, com o tempo frio e seco, ficamos mais propensos a pegar um resfriado. Esse tipo de ar pode secar o revestimento de muco nas vias nasais, sendo que, sem essa barreira protetora que retém os micróbios, ficamos mais vulneráveis à infecção. Portanto, é mais provável sermos contaminados com o ar frio e seco, mas não necessariamente apenas no inverno. Isso pode acontecer de forma mais fácil também em um local com ar condicionado.
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Linus Pauling, químico ganhador do Prêmio Nobel, popularizou a ideia de tomar altas doses de vitamina C para evitar resfriados. No entanto, pesquisas mostraram que ela realmente não funciona como todos esperavam, principalmente quando o resfriado já se estabeleceu.
Se você tomar vitamina C todos os dias, isso não evita totalmente o resfriado, mas pode ser que você sofra com ele durante um período menor do que alguém que não tomou. Ou seja, quando o resfriado aparece, não adianta tomar a vitamina. Ela tem efeito apenas preventivo se tomada antes do contágio, agindo como uma redutora de duração dos sintomas — o que já é uma vantagem, não é verdade?