Esportes
30/07/2018 às 05:29•4 min de leitura
Há 10 anos, estreava no cinema "Batman: O Cavaleiro das Trevas", o segundo filme da trilogia. O diretor Christopher Nolan não costuma fazer sequências, muito menos lidar com franquias hollywoodianas como essa, mas, depois da repercussão de "Batman Begins", ele mesmo repensou a questão. O resultado todos nós vimos na telona: uma história hiper-realista sobre o efeito do caos em Gotham e o surgimento do Coringa, que rendeu um Oscar póstumo ao ator Heath Ledger. O longa é recheado de estrelas e grandes momentos que justificam o sucesso de bilheteria – mais de US$ 1 bilhão.
Confira 10 fatos marcantes desse filme!
O surgimento do Coringa no longa foi baseado em sua primeira aparição nos quadrinhos, em 1940. O diretor Christopher Nolan e o coautor do longa, David S. Goyer, usaram a edição 1 de Batman para apresentar o vilão e também usaram elementos de histórias clássicas, como “O Longo Dia das Bruxas”, “A Piada Mortal” e “O Retorno do Cavaleiro das Trevas”.
O ator que deu vida ao Coringa, Heath Ledger, fez um laboratório próprio para encarnar o palhaço criminoso e se trancou em um quarto de hotel durante várias semanas, testando e treinando vozes e trejeitos que estivessem satisfatoriamente assustadores. Dizem que entre suas inspirações estavam os ícones Sid Vicious e Johnny Rotten, da banda Sex Pistols, e o personagem Alex, do clássico filme de Stanley Kubrick, "Laranja Mecânica".
Para o diretor Nolan, essa foi a decisão mais simples a ser tomada. Segundo ele, Heath sempre foi sua opção número um, senão a única, para interpretar o arqui-inimigo de Batman nas telas. “Quando soube que ele estava interessado no papel, não tive dúvidas; era possível ver nos olhos dele que era a escolha certa a se fazer”, afirmou durante uma entrevista para a revista Newsweek.
Em 2013, o pai de Heath fez revelações importantes para os fãs do ator em um documentário póstumo. Ele revelou que o filho se dedicava e fazia uma imersão para todos os personagens que viveu, mas para o Coringa, ele realmente foi a fundo. Havia rumores, que foram confirmados no documentário, sobre um diário que Ledger teria preparado durante essa fase, com referências, recortes (a maioria de Alex, do filme "Laranja Mecânica"), anotações, frases manuscritas, pedaços de falas do roteiro e outros itens que o ajudariam a compor o personagem.
Que Katie Holmes começou, mas não terminou a trilogia como Rachel Dawes, a amiga de infância de Bruce Wayne, os fãs estão cansados de saber. Após o primeiro filme, a atriz optou por gravar a comédia "Loucas por Amor, Viciadas em Dinheiro", em vez de dar sequência à personagem e ao amor platônico do cavaleiro das trevas.
Christopher Nolan teve que procurar outras candidatas e considerou nomes como Emily Blunt e Rachel McAdams para o papel. Maggie Gyllenhaal ganhou a chance de ficar nas mãos do arqui-inimigo de Batman e afirma que sua decisão foi tomada, em grande parte, pelo fato de ser Nolan o diretor da sequência.
Todo o foco que o primeiro filme da série deu a Bruce Wayne foi redirecionado a Harvey Dent no segundo longa-metragem. Para o protagonista da história, o diretor Nolan considerou alguns nomes de peso, como Matt Damon, Mark Ruffalo e Ryan Phillippe, até chegar a Aaron Eckhart, que o lembrava de Robert Redford.
Quando Nolan decidiu lançar um novo Coringa, os fãs de Batman não foram os únicos a ficar receosos. Michael Caine, intérprete do mordomo Alfred, demonstrou tensão ao saber da notícia. Principalmente porque a interpretação de Jack Nicholson, no filme de 1989, foi tão emblemática que até hoje é muito bem lembrada. Porém, com a entrada de Ledger, Michael ficou mais confiante no potencial do filme.
O Coringa de Ledger é marcante por uma série de características, e o que o torna ainda mais assustador é a realidade dos detalhes. As cicatrizes, por exemplo, foram baseadas em um entregador que Conor O’Sullivan, supervisor de maquiagem e prótese, encontrou por acaso. Chamada de “sorriso de Chelsea”, as marcas no rosto do rapaz teriam sido adquiridas em uma briga com cachorros e chamaram a atenção e logo foram adaptadas ao personagem de Heath.
Outra característica forte do palhaço do crime é o tique nervoso de lamber os lábios constantemente. A mania surgiu devido à prótese, que ia se deslocando com o tempo; para colocá-la no lugar sem ter que voltar para o camarim, Ledger acabou criando um trejeito que deixou o personagem um pouco mais macabro.
De olho em cada oportunidade de hiper-realismo do filme, o diretor Nolan aproveitou para fazer algo grande. Fugindo dos padrões de cenas recriadas em realidade virtual, aquela em que Batman entrelaça o caminhão dirigido pelo Coringa com cabos de aço, forçando o tombamento, foi realmente feita com um caminhão real e na rua de Chicago.
Chris Corbould, responsável pelos efeitos especiais, realizou uma série de testes — fora da cidade, obviamente —, até chegar a um método em que tombar o veículo fosse possível e seguro para atores, equipe de produção e moradores da região. A princípio, foi cogitado algo menor, como um carro da SWAT ou uma van. Contudo, quanto mais o filme se desenvolvia, mais a ideia do caminhão rolando se consolidava para o diretor. “Ninguém havia feito daquela maneira antes; foi algo maravilhoso de assistir”, comentou.
Vestir a camisa e a capa do Cavaleiro das Trevas tem suas vantagens, mas também responsabilidades. Uma das cenas mais emblemáticas, quando Batman está no alto do Sears Tower, de Chicago, com a capa voando ao fundo, foi feita pelo próprio Christian Bale. O ator dispensou o dublê e encarou os 110 andares.
***
Você conhece a newsletter do Mega Curioso? Semanalmente, produzimos um conteúdo exclusivo para os amantes das maiores curiosidades e bizarrices deste mundão afora! Cadastre seu email e não perca mais essa forma de mantermos contato!