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27/01/2016 às 13:45•2 min de leitura
Se você já provou qualquer bebida alcoólica, sabe muito bem que ela pode “queimar” no caminho até o seu estômago.
Sendo extremo: se você ingerir algo como um Everclear, que possui de 75,5% a 95% de álcool, vai sentir como se a sua boca e sua garganta estivessem sendo escaldadas. Talvez algumas lágrimas brotem dos seus olhos e o seu nariz aja de maneira estranha. O que era para ser algo casual, se torna uma grande piada para todos os seus amigos.
Mas há uma boa razão para que o álcool queime – e não tem nada a ver com a sua temperatura real. Quando você bebe um shot de tequila, se sente quente porque está mexendo com um tipo de receptor de calor, localizado na boca e na garganta.
Este receptor funciona da seguinte maneira: quando você prova alguma coisa com uma temperatura alta, ele é acionado e envia uma mensagem para os seus nervos. Este recado é conduzido, em seguida, ao longo do seu cérebro, e você sente a queimação e até alguma dor.
O etanol – tipo de álcool que é relativamente seguro de se ingerir – se liga a esses receptores. O mesmo acontece com a capsaicina, composto químico e componente ativo das pimentas conhecidas como “chili”, que fazem você sentir que sua boca está pegando fogo.
Se o etanol torna o receptor mais sensível, a capsaicina o ativa diretamente, como se lhe dissesse “oh, essa pimenta é muito quente”.
Normalmente, os receptores só são acionados a partir dos 42 °C – em outras palavras, nada abaixo deste valor liga o alerta de “atenção! Sua boa está queimando”. Porém, o etanol diminui esta sensibilidade para apenas 34 graus. Lembrando que a temperatura corporal é de cerca de 37 graus!
Agora você sabe por que sente seu corpo queimando quando vira uma dose de alguma bebida alcoólica forte.