Além dos danos ao fígado, o consumo em excesso do álcool pode nos afetar neurologicamente.

Muitos adultos gostam de ingerir bebida alcoólica de vez em quando, e não tem nada errado com isso. O problema acontece quando o consumo de álcool passa a ser exagerado.Normalmente aprendemos sobre os danos trazidos em órgãos específicos, como o fígado. Mas qual será o efeito do consumo excessivo de álcool no nosso cérebro? A longo prazo, isso pode causar prejuízos muito sérios a um de nossos órgãos mais importantes.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124045-por-que-nao-devemos-misturar-alcool-e-remedios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que não devemos misturar álcool e remédios?</a></li></ul><h2>O que o álcool causa no cérebro?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/10/10192314048255.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>O consumo do álcool afeta várias regiões do cérebro. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Quando a gente começa a ultrapassar os limites na bebida, nosso cérebro já começa a dar sinais: passamos a falar de forma enrolada. Segundo o American Addiction Centers. o efeito normalmente só é visto quando a concentração de álcool no sangue atinge 0,1% – o limite legal de direção nos Estados Unidos para maiores de 21 anos é de 0,08%. Já aqui no Brasil, o limite é de 0,05%. Se o resultado no bafômetro for superior a esse valor, o condutor recebe uma multa por infração gravíssima.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128294-por-que-nos-sentimos-ansiosos-depois-de-consumir-alcool.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que nos sentimos ansiosos depois de consumir álcool?</a></li></ul>Isso acontece por várias razões. Uma delas é o desequilíbrio de dois neurotransmissores principais: o glutamato, que é excitatório; e ácido gama-aminobutírico (GABA), que é inibitório. Quando há mais GABA e menos glutamato no ambiente cerebral, nossos neurônios disparam mais lentamente e tudo leva mais tempo. É por isso que o álcool tem um efeito sedativo na maior parte das pessoas.Se o desequilíbrio afeta áreas responsáveis pelo controle motor, começamos a ter prejuízos no movimento voluntário dos músculos da língua e da face, o que dificulta a formação adequada das palavras, e passamos a falar de maneira confusa.Outro efeito é a falta de equilíbrio nas pernas: começamos a cambalear e mal conseguimos andar em linha reta. Isso acontece porque a bebida também altera a função dos neurônios motores que afetam a caminhada e a coordenação. O efeito aqui é no cerebelo, que controla o movimento e a coordenação das informações visuais e espaciais que ajudam a nos manter em pé, bem situados de onde estamos. Geralmente isso acontece quando o nível de álcool no sangue está entre 0,18 e 0,25.<h2>Os efeitos na memória e as consequências a longo prazo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/10/10192355232256.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Pessoas que consomem álcool excessivamente podem apresentar um distúrbio neurológico. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Muita gente também manifesta alterações na memória, e é por isso que há relatos de apagões. Aqui, a parte do cérebro atingida é o hipocampo. Acredita-se que o álcool prejudique o seu processo de funcionamento, e passamos a não registrar as memórias do que passamos quando estamos bêbados.A bebida alcoólica também atinge a nossa inibição, e comumente costumamos a fazer coisas que nunca faríamos se estivéssemos sóbrios. Nesse caso, a região do cérebro que o álcool está prejudicando é o córtex pré-frontal, que controla o raciocínio, o julgamento e a maior parte das nossas habilidades cognitivas.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/o-consumo-de-alcool-pelos-animais-e-mais-comum-do-que-voce-pensa" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O consumo de álcool pelos animais é mais comum do que você pensa</a></li></ul>O mais preocupante, no entanto, são os efeitos a longo prazo, que acontecem quando o uso da bebida alcoólica se torna crônico. O vício costuma ocorrer porque o álcool ativa o circuito de recompensa do cérebro, mediado pela dopamina, o que pode levar algumas pessoas a ficarem adictas. Nesse caso, a decisão de beber não está mais sob controle da mente consciente.Como o álcool alivia temporariamente a dor e as emoções negativas, o consumo só aumenta. E isso pode levar a várias consequências, como a encefalopatia de Wernicke, um distúrbio cerebral agudo provocado por uma deficiência de tiamina, a vitamina B1. O problema neurológico pode levar a lesões permanentes e até a morte se não for tratada rapidamente.&nbsp;Outra situação que pode ocorrer é a síndrome de Korsakoff, uma doença neurológica que se caracteriza por uma amnésia de longo prazo e confusão mental. Trata-se, na verdade, de uma complicação da encefalopatia de Wernicke.Os médicos afirmam que não é possível afirmar com precisão qual seria uma quantidade segura universal para não se aproximar dos problemas graves. Pensando em todas as questões, fica claro que a melhor decisão é evitar o consumo em excesso do álcool. Bebida, só de vez em quando.

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Como o álcool afeta o nosso cérebro?

Uma antiga cerveja de arroz detectada em vasos de cerâmica de 10 mil anos na China pode ter impulsionado a agricultura em toda a região.

Um estudo colaborativo que investigava as origens da domesticação do arroz no sítio arqueológico de Shangshan, no leste da China, descobriu evidências da fabricação de uma cerveja de arroz que era fabricada na região do Baixo Rio Yangtzé há aproximadamente dez mil anos. Consumida em festas cerimoniais, a bebida alcoólica mudou totalmente a cultura e o estilo de das sociedades pré-históricas da região.Publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), a pesquisa conecta aspectos tecnológicos, agrícolas e sociais do desenvolvimento inicial da civilização na região. A existência de uma tecnologia para fermentação de bebidas indica que o cultivo de arroz já havia atingido um nível significativo de desenvolvimento.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121991-parte-da-muralha-da-china-foi-feita-com-ajuda-de-sopa-de-arroz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Parte da Muralha da China foi feita com ajuda de sopa de arroz</a></li></ul>Embora a questão da forma e da data da primeira domesticação do arroz (manipulação de variedades selvagens para produzir grãos maiores) ainda continue uma questão controversa, existe um consenso entre os pesquisadores de que a cultura Shangshan teve um papel primordial no processo.<h2>Fabricando cerveja na pré-história</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/22/22225920784009.jpg" alt="Processo de produção-consumo envolvendo cerâmica e alimentos na cultura Shangshan primitiva. (Fonte: IGG/1divulgação)"><figcaption>Processo de produção-consumo envolvendo cerâmica e alimentos na cultura Shangshan primitiva. (Fonte: IGG/1divulgação)</figcaption></figure></figure>Para testar suas hipóteses, a equipe analisou 12 fragmentos de cerâmica da fase inicial do sítio de Shangshan no Condado de Pujiang, estimado entre dez mil e nove mil anos atrás. Segundo Jiang Leping, professor do Instituto Provincial de Relíquias Culturais e Arqueologia de Zhejiang, “Esses fragmentos foram associados a vários tipos de recipientes, incluindo aqueles para fermentação, serviço, armazenamento, cozimento e processamento”.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/experimento-agricola-centenario-protegeu-a-cerveja-das-variacoes-climaticas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Experimento agrícola centenário protegeu a cerveja das variações climáticas</a></li></ul>Investigando os resíduos em recipientes de fermentação e serviço, como potes globulares, xícaras e tigelas, os pesquisadores detectaram grandes quantidade de amido de arroz, além de partículas da casca do cereal, fungos do gênero Monascus e leveduras. Esses achados são indícios de que os recipientes já continham líquidos fermentados à base de arroz.&nbsp;A essa mistura era adicionado um iniciador de fermentação tradicional chinês chamado “Qu” (pronuncia-se chu) usado há milhares de anos na produção de bebidas alcoólicas de arroz. O “Qu”, uma espécie de bolor do arroz, quebra o amido do cereal em açúcares mais simples, e as leveduras convertem esses açúcares em álcool.<h2>A descoberta da cerveja</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/23/23072559521002.jpg" alt="xl (Fonte: IGG/Divulgação)"><figcaption>Fragmentos de cerâmica usados na fabricação da cerveja. (Fonte: IGG/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Os autores concluíram que o desenvolvimento da cerveja de arroz coincidiu com o início do Holoceno, uma era geológica caracterizada por temperaturas mais quentes e níveis mais altos de umidade. Essas condições foram ideais para o crescimento dos fungos necessários para fazer o “Qu”.&nbsp;Isso significa que a descoberta da fermentação pode ter ocorrido por acidente, quando o arroz armazenado acabou mofando naturalmente, como resultado das condições climáticas.<ul><li>Conheça: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119839-cerveja-era-consumida-para-homenagear-mortos-ha-9-mil-anos.htm">Cerveja era consumida para homenagear mortos há 9 mil anos</a></li></ul>Quando alguns habitantes de Shangshan perceberam essa fermentação natural e, principalmente, quando experimentaram os primeiro efeitos de tomar uma cerveja, resolveram replicar o processo e aumentar a produção. Assim, as festas cerimoniais "movidas a álcool" em Shangshan podem ter impulsionado a produção de arroz em larga escala na China.

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Cerveja de arroz de 10 mil anos impulsionou a agricultura no leste da Ásia

Estudo sugere uma estranha conexão entre a proporção dos dedos e o consumo de bebida alcoólica.

Já olhou a proporção entre os seus dedos da mão? Normalmente, o dedo mais longo é o dedo médio, depois seguido pelo indicador, e depois pelo dedo anelar. Mas em algumas pessoas, o anelar vem em segundo lugar no quesito tamanho.Agora um estudo sugere uma associação bem estranha: afirma que há uma ligação entre o alto consumo de álcool e o fato de possuir o dedo anelar maior que o indicador. Acredite se quiser!<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107351-como-seria-ter-6-dedos-na-mao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como seria ter 6 dedos na mão?</a></li></ul><h2>A relação entre os nossos dedos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/04/04182433183213.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A proporção de tamanho entre os seus dedos da mão pode estar influenciando os seus hábitos. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Talvez você não saiba, mas o tamanho dos nossos dedos é algo definido antes do nosso nascimento, por influência dos hormônios a que somos expostos no útero. Pessoas mais expostas ao estrogênio tendem a ter o indicador mais longo que o dedo anelar. Já quem é mais exposto à testosterona tende a ter um dedo anelar maior. Há ainda os que têm esses dois dedos do mesmo tamanho.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/por-que-personagens-de-desenhos-animados-tem-quatro-dedos-nas-maos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que personagens de desenhos animados têm quatro dedos nas mãos?</a></li></ul>Um estudo recente analisou 258 estudantes participantes (169 mulheres e 89 homens) para verificar qual a relação desse dado com o consumo de álcool. Os resultados mostraram que havia uma relação entre um maior consumo de álcool e a presença de dedos anelares mais longos em relação aos indicadores.De acordo com o professor John Manning, da Swansea University, que participou da pesquisa Applied Sports, Technology, Exercise and Medicine,&nbsp;o padrão encontrado sugere uma participação dos hormônios sexuais na formação dos dedos. "Sabe-se que pacientes dependentes de álcool têm o dedo anelar muito longo em relação ao indicador, sugerindo a testosterona alta em relação à exposição ao estrogênio antes do nascimento. Como esperado, as associações foram mais fortes para homens do que para mulheres".<h2>O que isso quer dizer?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/04/04182501528214.jpg" alt="x"><figcaption>Dependendo da proporção entre os seus dedos, você pode estar bebendo mais ou menos. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O estudo afirma que não se pode estabelecer em definitivo uma relação de causa e efeito – ou seja, a proporção encontrada entre os dedos não é capaz de determinar o comportamento de uma pessoa. Ainda assim, o que se espera é que esses resultados, ao identificar esta conexão, possam lançar alguma luz sobre os fatores que levam ao consumo excessivo do álcool.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103618-entenda-os-verdadeiros-efeitos-do-alcool-no-seu-corpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Entenda os verdadeiros efeitos do álcool no seu corpo</a></li></ul>"O consumo de álcool é um grande problema social e econômico. Portanto, é importante entender por que o uso de álcool mostra diferenças consideráveis entre os indivíduos", afirmou John Manning. Por isso, de acordo com a proporção entre os seus dedos da mão, talvez seja bom prestar atenção se você não está bebendo demais.

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Dedo anelar mais longo que o indicador? Isso pode ter relação com a bebida

Os animais provavelmente consome álcool com mais frequência do que imaginamos.

Nós, seres humanos, gostamos de desfrutar de uma dosezinha de uma bebida alcoólica para relaxar (de vez em quando, claro). E os animais passam longe desse líquido, certo?Errado. E agora, uma pesquisa está sugerindo que os bichos podem estar consumindo mais álcool do que podemos imaginar.<h2>A relação entre os animais e o álcool</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/07/07224927108001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Animais que se alimentam de frutas passadas provavelmente ingerem álcool. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A verdade é essa: os animais que comem frutas inevitavelmente vão acabar consumindo algumas que estão meio passadas – e que, por isso, estarão levemente fermentadas e consequentemente alcoólicas. Só que, por muito tempo, imaginamos que este era um acontecimento raro e acidental.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/memes-e-virais/95796-bebado-e-armado-macaquinho-causa-a-maior-confusao-em-um-bar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bêbado e armado, macaquinho causa a maior confusão em bar na Paraíba</a></li></ul>Uma equipe de ecologistas tem questionado essa visão. Isso porque alguns animais (entre os quais nos incluímos) têm a capacidade de metabolizar baixas doses de etanol, incluindo uma molécula produzida pela levedura&nbsp;Saccharomyces cerevisiae ao digerir certos vegetais.É o que diz a ecologista comportamental Kimberley Hockings, da Universidade de Exeter. "O etanol é muito mais abundante no mundo natural do que pensávamos anteriormente, e a maioria dos animais que come frutas açucaradas será exposta a algum nível", afirma. A professora ainda destaca: "estamos nos afastando dessa visão antropocêntrica de que o etanol é apenas algo que os humanos usam".<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122450-por-que-usamos-alcool-para-preservar-coisas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que usamos álcool para preservar coisas?</a></li></ul>Estas conclusões foram consolidadas após a equipe analisar 100 fontes de pesquisa existentes sobre o tópico, o que os levou a uma complexa rede de evolução em torno do advento do etanol na Terra. Este tipo de álcool surgiu há cerca de 100 milhões de anos, quando esta levedura encontrou uma maneira de fermentar o néctar e os frutos das primeiras flores da Terra. Esse processo ecológico levou ao surgimento de uma cadeia evolutiva de eventos que envolve plantas, leveduras, bactérias, insetos e mamíferos.Como o etanol é gerado naturalmente em quase todos os ecossistemas da Terra, Hockings, ao lado de sua equipe, propõe a hipótese de que os animais que comem frutas e néctar (que geram essa levedura) muito provavelmente consomem álcool regularmente.<h2>Quais são as consequências do álcool para os animais?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/07/07224904449000.jpg" alt="X"><figcaption>Os animais podem garantir mais calorias com o álcool das frutas. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>E esse consumo de álcool seria até um sinal de evolução dos animais, uma vez que a presença do etanol é um indicativo de que um alimento tem alto teor de açúcar – e, consequentemente, é rico em energia. Por isso, alguns animais podem ter adquirido maior eficiência metabólica em relação ao etanol para permitir que esses alimentos (especialmente frutas) fossem ingeridos.Isso traria mais credibilidade à chamada "hipótese do macaco bêbado", que sugere que a propensão dos humanos a beber álcool está relacionada com a presença desta tendência nos primatas, com os quais os humanos têm uma relação genética próxima.&nbsp;<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/28613-5-curiosidades-cientificas-sobre-bebidas-alcoolicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 curiosidades científicas sobre bebidas alcoólicas</a></li></ul>"Do lado cognitivo, foram apresentadas ideias de que o etanol pode ativar o sistema de endorfina e dopamina, o que leva a sentimentos de relaxamento que podem ter benefícios em termos de sociabilidade. Para testar isso, realmente precisaríamos saber se o etanol está produzindo uma resposta fisiológica na natureza", complementa a ecologista comportamental Anna Bowland, que também participa do estudo.Ainda assim, esse consumo de álcool pode ser prejudicial, principalmente para os animais selvagens. "De uma perspectiva ecológica, não é vantajoso estar embriagado enquanto sobe nas árvores ou cercado por predadores à noite. Essa é uma receita para não ter seus genes transmitidos", sugere o ecologista molecular Matthew Carrigan, do College of Central Florida.Ele ainda emenda: "é o oposto do que ocorre com os humanos, que querem ficar intoxicados, mas não querem realmente as calorias. Da perspectiva não humana, os animais querem as calorias, mas não a embriaguez". Dito de outro modo: se os animais realmente gostam de álcool, é por motivos diferentes dos nossos.

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O consumo de álcool pelos animais é mais comum do que você pensa

É comum dizer que as ressacas vão piorando com o tempo. Descubra o que a ciência fala sobre isso.

Várias pessoas costumam relatar que, quando mais velhas ficam, mais desconfortáveis se tornam as ressacas que elas têm depois de beber muito. Supostamente, os enjoos, a sensação de estômago revirado e o gosto de cabo de guarda-chuva na boca ficam piores a cada ano que passa.Mas uma boa questão seria: isso de fato acontece ou é só uma impressão? A ciência tem uma resposta.<h2>As ressacas pioram com a idade?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/25/25192826493381.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Muita gente que as ressacas ficam piores com a idade. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><div itemprop="articleBody">É bem comum pensar que, quando mais envelhecemos, aguentamos uma quantidade menor de bebidas alcoólicas porque a ressaca posterior se torna cada vez mais violenta. Mas pasme: não há nenhuma evidência científica concreta de que as ressacas realmente se ficam mais intensas com a idade.&nbsp;Esse é o argumento do neurocientista Aaron White, que é conselheiro científico sênior do diretor do National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism, e explica: "não está claro se as ressacas pioram para todos conforme envelhecem ou apenas para algumas pessoas. Simplesmente não houve pesquisas suficientes sobre esse tópico".<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/36271-7-curiosidades-sobre-a-maldita-ressaca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 curiosidades sobre a maldita ressaca</a></li></ul>Contudo, há também algumas razões plausíveis para defender que isso pode realmente acontecer. Uma delas se baseia no fato de que as ressacas são causadas por mudanças no corpo que ocorrem após excessos. Como o álcool é tóxico para as células, à medida que é decomposto, ele é rapidamente transformado em uma substância tóxica diferente, chamada acetaldeído. Depois isso se transforma em acetato, que é menos tóxico, e finalmente em água e dióxido de carbono.Quando as pessoas vão envelhecendo, as enzimas no fígado que metabolizam o álcool e seus subprodutos tóxicos podem se tornar menos eficientes. Então é esperado que esses químicos fiquem no corpo por mais tempo que antes.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120420-curar-ressaca-bebendo-mais-alcool-funciona.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">curar ressaca bebendo mais álcool funciona?</a></li></ul>Quando o acetaldeído permanece no fígado, ele pode começar a causar inflamação generalizada no corpo. As citocinas, as substâncias químicas que estimulam a inflamação, têm sido associadas em estudos ao mal-estar, ansiedade, irritabilidade e fadiga.<div data-hydrate="true">Soma-se a isso que as pessoas mais velhas têm mais probabilidade de sofrer de dor crônica e outras condições que causam inflamação, como diabetes e artrite. Por isso, beber demais pode resultar uma piora em uma inflamação que já existia antes.</div><h2>Os efeitos do álcool no corpo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/25/25194149787382.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Ser uma pessoa mais velha pode intensificar os efeitos do álcool no corpo. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Beber álcool impacta na hidratação do organismo. Isso porque o álcool é um diurético, o que significa que ele expele água do corpo. Só que, depois dos 60 anos, a quantidade total de água no corpo começa a diminuir devido à perda de tecido. Isso pode piorar ainda mais a sensação ruim causada pela bebida. "É possível que cada bebida tenha um efeito mais forte à medida que envelhecemos, o que pode significar mais sofrimento no dia seguinte", diz White.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/adolescentes-com-qi-mais-alto-beberao-mais-alcool-na-meiaidade-diz-estudo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">adolescentes com QI mais alto beberão mais álcool na meia-idade, diz estudo</a></li></ul>Outro aspecto é que tanto o álcool quanto a idade costumam trazer problemas no sono. Beber alguns drinques pode prejudicar a qualidade do sono e fazer com que as pessoas acordem mais cedo, resultando em uma noite de sono pior. Como o sono piora naturalmente com o envelhecimento, isso pode ser um fator a mais na ressaca.Mas caso você seja alguém mais velho e curta uma bebidinha eventualmente, saiba que há esperança. Uma pesquisa feita com mais de 50 mil pessoas de 18 a 94 anos constatou que pessoas mais velhas relataram uma menor incidência de ressacas após bebedeiras, em comparação aos mais jovens. Curiosamente, os cientistas não conseguiram explicar por que isso acontecia.&nbsp;Em resumo: sendo jovem ou velho, a única forma de fugir de uma ressaca é evitando beber muito. "O tempo é a única cura universal para os sintomas da ressaca. E não exagerar é a melhor estratégia para preveni-los", conclui White.</div>

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É verdade que as ressacas ficam piores quando ficamos mais velhos?

O estudo propõe que um QI mais alto durante a adolescência potencializa as chances de um consumo moderado ou excessivo de álcool mais tarde na vida.

O QI (Quociente de inteligência), uma pontuação em testes padronizados <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118090-nota-de-qi-define-inteligencia-veja-as-pessoas-mais-inteligentes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que teoricamente mede o nível de inteligência de uma pessoa</a>, sempre foi o queridinho dos pais. Eles acreditam que, se tiverem um QI alto, seus filhos conseguirão obter notas maiores e um bom desempenho escolar.&nbsp;Recentemente, pesquisadores da Universidade do Texas Southwestern, nos EUA, apresentaram uma versão até agora desconhecida dos testes de QI: uma relação entre os resultados do teste no ensino médio e o futuro consumo de álcool na meia-idade.Segundo um estudo, publicado na revista Alcohol and Alcoholism, cada aumento de um ponto no resultado do QI resulta em um aumento de 1,6% na probabilidade de o examinando relatar consumo moderado ou pesado de bebida alcoólica em comparação à abstinência.<h2>Como os pesquisadores descobriram a relação entre QI e consumo de álcool?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/19/19205823666000.jpg" alt="Estudantes que se formaram em 1957 forneceram os dados do QI. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Estudantes que se formaram em 1957 forneceram os dados do QI. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O estudo se baseou em uma população de 6,3 mil homens e mulheres que participaram do chamado Estudo Longitudinal de Winsconsin, formado por estudantes do ensino médio que se formaram em 1957. Todas as pontuações de QI foram coletadas de resultados do teste realizado durante o primeiro ano do ensino médio dos participantes.Quase meio século depois, em 2004, os participantes relataram <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/o-grave-problema-com-consumo-de-bebida-alcoolica-na-coreia-do-sul" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o número de bebidas alcoólicas que haviam consumido nos últimos 30 dias</a>, e também o número de vezes em que haviam consumido cinco ou mais doses de bebidas alcoólicas em uma única sessão. Esta medida foi considerada um "consumo excessivo de álcool".&nbsp;Em seguida, eles usaram uma técnica estatística chamada regressão logística multinomial para entender como o QI dos adolescentes pode influenciar o seu consumo futuro de álcool. Outra técnica, a regressão de Poisson, foi usada para examinar o número de episódios de bebedeira. Renda e educação foram dois fatores também explorados, por poder interferir nos resultados.<h2>Pessoas com QI alto poderão se tornar alcoólatras?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/19/19210454902001.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O QI no ensino médio não controla o destino, dizem os autores. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Autor sênior do estudo, o psiquiatra Sherwood Brown, professor da UT Southwestern, afirma: “Não estamos dizendo que seu QI no ensino médio controla seu destino”. Para ele, o QI pode levar a fatores sociais que, estes, sim, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/experimento-agricola-centenario-protegeu-a-cerveja-das-variacoes-climaticas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">podem influenciar em um maior consumo de bebida</a>.&nbsp;Isso significa que não é o nível de educação que afeta a relação entre QI e o hábito de consumir álcool, mas fatores socioeconômicos, como a renda familiar, por exemplo, explica a coautora Jayme Palka, neurocientista da UT. Essa "lógica" se baseia em estudos anteriores que associam pontuações de QI mais altas a rendas familiares mais altas.&nbsp;No entanto, esse consumo mais frequente de álcool, associado a normas sociais "relacionadas a prestígio/sucesso", foi menos comum entre mulheres do que entre homens. Mas, como a pesquisa foi conduzida entre uma grupo específico de indivíduos em sua maioria brancos e não hispânicos, os resultados podem não se aplicar a outras populações.

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Adolescentes com QI mais alto beberão mais álcool na meia-idade, diz estudo

No estudo atual, os pesquisadores descrevem o efeito da seleção natural na diversidade genética da cevada em um experimento que dura mais de 58 gerações.

Em meio às preocupantes mudanças climáticas que estão levando o planeta a um aquecimento global sem precedentes, um fato reconfortante é a extrema resiliência da cevada. O versátil cereal, que é <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/conheca-a-cerveja-mais-forte-do-mundo-que-chega-a-deixar-a-boca-dormente" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um dos ingredientes-chave na fabricação da cerveja e do uísque</a>, tem hoje sua sobrevivência garantida, graças a um experimento realizado antes da Grande Depressão, iniciado em 1929.Batizado como "Experimento da Cevada de 100 Anos", o estudo biológico é considerado o ensaio agrícola mais longo já realizado na Terra. Iniciado na Universidade da Califórnia em Davis (UC Davis), nos EUA, o objetivo inicial foi estudar o efeito de diferentes práticas de cultivo na produção de cevada ao longo do tempo, até 2029.&nbsp;Agora, em um estudo recente publicado na revista Science, o geneticista Dan Koenig, da Universidade da Califórnia em Riverside, nos EUA, descreveu dezenas de genes que contribuem até hoje para a adaptabilidade da cevada, mas não foram identificados na época do início do experimento, por ausência de uma tecnologia adequada.<h2>Como foi o experimento que protegeu a cerveja?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/07/07221110023390.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O experimento centenário da cerveja começou com 28 variedades da cevada. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127359-estudo-diz-que-a-cerveja-foi-a-grande-responsavel-pelo-desenvolvimento-da-civilizacao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cultivada praticamente em todas as regiões com climas frios a temperados do planeta</a>, as culturas de cevada tiveram que ser radicalmente alteradas, por seleção natural e também artificial, para se adaptarem a novos ambientes.&nbsp;Como a variação genética inicial daquelas populações era na maioria das vezes desconhecida, o cientista agrícola J. L. Landis, da UC Davis, estudou a dinâmica de adaptação da cevada em um experimento comum de jardim que ele chamou de Composite Cross II (cruzamento composto em português), que incluiu todos os cruzamentos possíveis de 28 variedades de cevada.De acordo com o estudo atual, embora o CCII tenha conseguido, a princípio, segregar quase toda a variação genética comum na cevada, essa diversidade genômica logo se perdeu, com o surgimento de uma homogeneização que se tornou a única linhagem dominante. Essa população representa hoje mais da metade dos indivíduos das gerações posteriores.&nbsp;<h2>Aplicações do novo estudo sobre a cevada</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/07/07231449916005.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Cientistas pretendem aplicar os progressos da cevada em outras culturas parecidas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Com acesso ao experimento Barley Composite Cross II, a equipe de Koenig concluiu que a semente do experimento poderia funcionar como uma “máquina do tempo” para analisar todo o processo de adaptação e identificar quais os principais genes que permitiram essa sobrevivência durante as 58 estações de cultivo.<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127019-empresa-cria-cerveja-feita-com-agua-de-banho-reciclada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A equipe de pesquisa está planejando estudos adicionais</a> para examinar dados experimentais de longo prazo de diferentes climas, e entender como o momento da floração pode ser ajustado. Na Califórnia, a floração ocorre em uma curta janela que deve terminar antes que a longa estação seca comece, ou não haverá água para produzir sementes.Uma vez que a cevada é geneticamente parecida com o trigo, o arroz e o milho, eles pretendem usar tecnologias modernas, como engenharia genômica e a edição genética CRISPR, para que essas outras culturas cresçam ou floresçam em momentos do ano que sejam mais favoráveis.

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Experimento agrícola centenário protegeu a cerveja das variações climáticas

Pesquisadores buscaram informações sobre como a levedura da cerveja pode se comportar quando fermentada no espaço sideral.

Um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, coletou diversos dados sobre o que acontece com a levedura da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/por-que-a-cerveja-fica-melhor-quando-esta-gelada" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cerveja</a> quando ela é fermentada no espaço. De acordo com os pesquisadores, a fermentação é um processo essencial na criação de produtos alimentícios, biocombustíveis e muitos produtos farmacêuticos.No entanto, a escolha pela cerveja como objeto de análise se deve pelo fato do líquido ser fabricado pelos humanos há milhares de anos, tendo uma base estabelecida de conhecimento para estudar. A ideia era saber se o ambiente espacial poderia alterar a qualidade e o sabor de uma cerveja fermentada fora da Terra.<h2>Cerveja no espaço</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/21/21191131203331.jpg" alt="Novo estudo testou fermentação da cevada em microgravidade. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Novo estudo testou fermentação da cevada em microgravidade. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Em comunicado oficial, o professor associado de ciência dos alimentos da Universidade da Flórida e principal autor do estudo, Andrew MacIntosh, revelou que os pesquisadores pretendem conduzir fermentações sob microgravidade no futuro, à medida que continuamos a exploração espacial. Até lá, existem alguns resultados difíceis de prever."É essencial que analisemos quais podem ser alguns desses resultados agora, para podermos decidir quais processos serão os primeiros que realizaremos sob microgravidade, como os adaptamos e como podemos aproveitar as mudanças que vemos", destacou.Para a coleta de dados, os investigadores coletaram <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/plastico-de-amido-de-cevada-uma-revolucao-biodegradavel" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cevada</a> cultivada na região de Live Oak e a amassou para criar mosto — uma solução líquida de grãos extraídos. Então, eles dividiram o mosto em seis amostras idênticas e iniciaram o processo de fermentação.Três tubos atuaram como grupo de controle e os três restantes foram colocados dentro de um clinostato, um dispositivo que simula a microgravidade girando amostras em torno de um eixo horizontal.&nbsp;<h2>Dados impressionantes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/21/21191205398334.jpg" alt="De acordo com pesquisadores, cerveja fermentada fora da Terra poderia ser ainda mais saborosa. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>De acordo com pesquisadores, cerveja fermentada fora da Terra poderia ser ainda mais saborosa. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Conforme os pesquisadores já imaginavam, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127953-5-itens-bizarros-que-pegaram-uma-carona-para-o-espaco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">microgravidade</a> não afetou negativamente o número de células de levedura. Em vez disso, a taxa de fermentação aumentou nesse cenário. Eles atribuíram esse resultado à suspensão constante das células, o que maximizou a disponibilidade de nutrientes ao impedir a sedimentação.Durante o estudo, a equipe também observou que a levedura exposta à microgravidade produziu menos ésteres, que são os subprodutos da fermentação responsáveis pelos sabores desejáveis e indesejáveis na cerveja. Assim, os cientistas concluíram que os níveis de éster observados nas amostras de microgravidade provavelmente levariam à criação de um produto de maior qualidade aos observados nas amostras de controle.Portanto, se você é um verdadeiro amante de uma boa cerveja, pode ficar empolgado: as análises primárias indicam que toda cerveja produzida fora da Terra será ainda mais saborosa do que temos aqui. O lado negativo, porém, é que você provavelmente terá que gastar uma boa fortuna para ter esse produto em mãos.&nbsp;

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Fabricar cerveja no espaço pode mudar sua qualidade?

Fabricada na Escócia, a Beithir Fire tem 75% de ABV.

As cervejas mais encorpadas são uma preferência de muitos fãs dessa bebida. Mas talvez nem todo mundo tenha a coragem de experimentar a Beithir Fire, que é considerada a cerveja mais forte do mundo.Não por acaso, a Beithir Fire, que é escocesa, vem com um rótulo de advertência que recomenda aos consumidores que "não bebam mais de 35 ml de uma só vez", devido ao seu alto teor alcoólico. Para além disso, é por sua conta e risco.<h2>Como é a Beithir Fire?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/17/17123426323000.jpg" alt="(Fonte: 88 Brewery / Reprodução)"><figcaption>A Beithir Fire tem inacreditáveis 75% de ABV (álcool por volume). (Fonte: 88 Brewery / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O teor alcoólico médio de uma cerveja se situa entre 4,8% e 5,2%. Contudo, alguns estilos da bebida podem ter até 15% de álcool. As cervejas mais populares, mais comuns nos supermercados, têm entre 4% e 6% de ABV (<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118847-5-das-bebidas-alcoolicas-mais-fortes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">álcool por volume</a>). Acima de 6%, a bebida é considerada forte.<div data-cid="_GsPAZoqFCOaD5OUPnJSw0QY_6">A Beithir Fire tem nada menos de 75% ABV. Ela é tão forte que é capaz de deixar dormente a língua de quem a experimenta. Trata-se de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/reuse-brew-cerveja-feita-com-agua-de-esgoto-e-lancada-na-alemanha" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cerveja</a> feita de cevada de estilo escocês, e que é fermentada por dois meses, quando então é misturada com um destilado escocês puro. Em seguida, ela passa por fermentação e filtragem tripla para remover todas as impurezas.</div>A cerveja foi lançada em 2021 pela cervejaria 88 Brewery, da Escócia. Em pouco tempo, a Beithir Fire se tornou conhecida de boa parte dos apaixonados por cervejas artesanais.<h2>O problema de consumir altas quantidades da cerveja</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/17/17124909651008.jpg" alt="Tomar grandes quantidades dessa cerveja pode causar danos à saúde. (Fonte: Facebook / Reprodução)"><figcaption>Tomar grandes quantidades dessa cerveja pode causar danos à saúde. (Fonte: Facebook / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os fabricantes da Beithir Fire recomendam que as pessoas bebam no máximo 35ml de uma só. Isso visa evitar uma possível <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124880-6-alimentos-mais-propensos-a-causar-intoxicacao-alimentar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">intoxicação</a> e potenciais problemas de saúde. No site, a empresa diz: "com 75% ABV, Beithir Fire é oficialmente a cerveja mais forte do mundo. Esta cerveja não é para os fracos de coração. É recomendado apreciá-la em pequenas doses de medidas de 35ml. Não somos responsáveis pelos riscos que você pode correr e não encorajamos você a ser o homem durão".Val lembrar que beber uma grande quantidade de álcool de uma só vez pode causar vários danos imediatos. Entre eles, estão a <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/42808-o-que-acontece-com-seu-cerebro-quando-voce-apaga-depois-de-ter-bebido-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amnésia alcoólica</a>, quedas, a propensão a brigas e acidentes e intoxicação. Nos casos mais graves, a pessoa pode entrar em coma alcoólico e até vir a óbito.<div data-cid="_5MTAZqm5N9bJ1sQP_7DxsAs_5">De acordo com as pessoas que já experimentaram a Beithir Fire, ela tem um leve gosto de queimado. Além disso, ela não é exatamente uma cerveja barata: é vendida por cerca de&nbsp;</div><div data-cid="_5MTAZqm5N9bJ1sQP_7DxsAs_5">46 euros, o que corresponde, nos valores atuais, a cerca de 270 reais. Por isso, é preciso estar com muita vontade de experimentá-la. Mas fica a recomendação: caso compre uma lata, divida-a com os amigos.</div>

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Conheça a cerveja mais forte do mundo, que chega a deixar a boca dormente!

Prática de assar planta usada na produção de tequila é mantida como forma de celebração e transmissão de cultura ancestral. 

No coração do deserto da Califórnia, onde o sol abrasador toca a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123889-os-6-lugares-mais-secos-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">terra seca</a>, uma tradição milenar persiste, mantendo viva a conexão entre o povo Cahuilla e a natureza: a arte de assar agave. Essa prática ancestral, que remonta a mais de 3 mil anos, não é apenas uma forma de preparo de alimentos, mas um elo profundo com a cultura e a identidade de um povo que tem resistido ao tempo e às adversidades.A agave, planta que muitos associam à produção de tequila, tem um significado muito mais profundo para os cahuilla. No início da primavera, quando a Terra desperta do inverno, as agaves começam a florescer, sinalizando que estão no auge de seu valor nutricional. Esse é o momento perfeito para a colheita, quando os corações da planta — localizados logo acima da raiz — estão repletos de calorias e nutrientes essenciais.<h2 style="text-align:justify;">Técnica antiga</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/09/09085504633027.jpg" alt="Poço de pedra onde o agave é assado. (Fonte: Atlas Obscura/ Divulgação)"><figcaption>Poço de pedra onde o agave é assado. (Fonte: Atlas Obscura/ Divulgação)</figcaption></figure></figure>Durante gerações, os homens cahuilla partiram em grupos para locais específicos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/116310-15-fotos-incriveis-de-fazendeiras-colhendo-lirios-no-vietna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">colheita</a>, muitas vezes distantes das vilas, onde cavavam grandes poços de torrefação. A técnica é complexa: primeiro, uma fogueira robusta é acesa dentro do poço, sobre uma camada de pedras cuidadosamente dispostas.&nbsp;Quando as pedras estão quentes o suficiente, elas são cobertas com uma camada de folhas frescas de agave. Em seguida, os corações da planta são colocados no poço, cobertos novamente com folhas, e tudo é selado com uma combinação de areia e folhas de palmeira nativa ou, como se faz hoje em dia, painéis de metal e tapetes antigos.&nbsp;O calor baixo e constante ao longo de dois ou três dias transforma a agave em um alimento macio, doce e altamente energético.Esse processo meticuloso, que requer paciência e habilidade, vai muito além de uma simples refeição. É uma celebração que marca o início da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/floralia-o-festival-romano-antigo-em-honra-a-deusa-da-primavera" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primavera</a> e um reencontro com as raízes culturais.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Evento preserva tradição</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/09/09085700667028.jpg" alt="Vários povos indígenas norteamericanos usam o agave de forma tradicinal. (Fonte: GettyImage/ Reprodução)"><figcaption>Vários povos indígenas norte-americanos usam o agave de forma tradicional. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Hoje, essa tradição é mantida viva em eventos como o Agave Roast, realizado anualmente no Museu Malki, na Reserva Morongo. Lá, membros da etnia Cahuilla, juntamente com visitantes de diferentes origens, se reúnem para experimentar essa iguaria <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125495-lucy-a-ancestral-de-3-2-milhoes-de-anos-andava-ereta-e-tinha-pernas-capazes-de-escalar-arvores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ancestral</a> e compartilhar conhecimentos sobre sua cultura.Preservar essa tradição é essencial para a identidade dos cahuilla, em um mundo onde a modernidade ameaça práticas antigas. O Agave Roast oferece mais do que um alimento tradicional; é uma oportunidade de vivenciar histórias, músicas e danças transmitidas por gerações, reafirmando a resiliência da cultura Cahuilla.Essa prática não é só sobre o passado, mas também sobre o futuro. Jovens estão aprendendo e adaptando as técnicas tradicionais, garantindo a continuidade desse conhecimento. O festival celebra a colheita do agave, educa e conecta as pessoas a uma parte vital e frequentemente negligenciada da história norte-americana.O Agave Roast é mais que um evento cultural; ele simboliza resistência e renovação. Em meio ao aroma doce do agave torrado, canções e danças, mostra que tradições, quando cuidadas com <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/101765-7-explicacoes-cientificas-para-as-coisas-que-voce-pensa-quando-se-apaixona.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">paixão</a>, podem florescer e sobreviver ao tempo, assim como a agave no deserto.

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