Artes/cultura
15/09/2014 às 05:36•1 min de leitura
A imagem que você vê abaixo é a de um exoesqueleto de aranha que acabou de ser descartado pela troca dela. É possível ver até detalhes interessantes do interior da estrutura.
O exoesqueleto das aranhas é feito de várias camadas de cutícula, um material complexo que contém proteínas e quitina, um polissacárido de cadeia longa. As moléculas de quitina e proteínas são dispostas em longas cadeias, em camadas sucessivas, como lâminas de madeira compensada.
Esta estrutura deixa a cutícula extremamente forte e altamente eficaz para manter a aranha livre de desidratação, mas o material tem uma desvantagem séria. Enquanto ele é suficientemente flexível para os movimentos, não é capaz de se expandir com o desenvolvimento, como fazem os ossos e tecidos humanos. Em outras palavras, o exoesqueleto não pode crescer.
Por essa razão, para dar continuidade ao aumento de seu tamanho, a aranha tem que formar um novo e maior exoesqueleto e largar o antigo. A troca acontece frequentemente quando a aranha é jovem — e algumas aranhas podem continuar a fazer a mudança ao longo da sua vida.
No momento apropriado, os hormônios do aracnídeo “avisam” ao corpo dele para absorver uma parte da camada inferior da cutícula e começar a secretar material para formar o novo exoesqueleto.
A aranha também secreta um fluido de troca entre o exoesqueleto antigo e o novo. Uma vez que o novo exoesqueleto está terminado, a aranha absorve o fluido. Isto cria um intervalo entre as duas estruturas, o que torna mais fácil separá-las.
Para largar o exoesqueleto velho, a aranha precisa fazer um esforço para escapar de dentro dele. Nesse momento, o bombeamento de seu coração aumenta com uma taxa maior de hemolinfa (o “sangue” da aranha) que vai do abdômen para o cefalotórax. A pressão expande o cefalotórax, que empurra o exoesqueleto velho até que ele se rache.
Com isso, a aranha flexiona seus músculos até que a carcaça se solte e caia para ela sair, deixando para trás uma estrutura como a vista na imagem acima.