Artes/cultura
16/03/2024 às 19:00•2 min de leituraAtualizado em 24/07/2024 às 14:35
Existem, no mundo, mais de 11 mil espécies de aves, cada uma com características singulares, e que volta e meia nos chamam a atenção. Inclusive, quando nos deparamos com um belo pássaro, não raramente nos perguntamos como um animal que parece tão frágil e delicado pode sobreviver por conta própria.
Outra dúvida comum é: afinal, quantos anos um pássaro pode viver? A resposta é que, na verdade, depende bastante da espécie. Sabemos que as aves envelhecem de forma bem diferente dos humanos. Mas ainda assim, pode-se dizer que muitos pássaros vivem por muito mais tempo do que os gatos e cachorros.
Quando a plumagem das aves se desenvolve por completo, é sinal de que chegaram à fase adulta. Por outro lado, quando envelhecem, os pássaros não ficam grisalhos, e as mudanças são tão imperceptíveis — por isso a dificuldade de estimar a idade deles.
Mas sobre algo já temos certeza, a longevidade de um pássaro está relacionada ao seu tamanho: quanto maior a ave, mais tempo ela tende a viver. Há espécies, a exemplo dos papagaios domésticos (que, na verdade, representam uma grande gama de variedades de pássaros), que apresentam um maior tempo de vida e podem alcançar os 60 anos.
Vale destacar que este sequer se trata do caso mais excepcional, já algumas espécies podem chegar aos 70 anos, como a albatroz-de-laysan, Wisdom, que detém o título de ave selvagem mais velha do mundo.
O pica-pau, por exemplo, pode viver por 15 anos, em média, enquanto o famoso bem-te-vi vive entre 8 e 12 anos. O sabiá-laranjeira costuma ter expectativa de vida de 10 anos — podendo chegar aos 20 em cativeiro. A calopsita, da mesma forma, vive entre 10 e 15 anos na natureza, e 20 quando em ambiente doméstico.
Uma resposta mais generalista para a dúvida seria que os pássaros vivem, em média, entre 3 e 5 anos. Isso porque grande parcela deles apresenta um tamanho menor, e diferente das espécies de maior porte, lida com um número maior de predadores.
Partindo dessa linha de raciocínio, as espécies que voam também sobrevivem por um período maior. E aí entra um outro ponto sensível, a expectativa de vida continua bastante relacionada ao habitat e como os pássaros vivem. Isso porque a mortalidade destes animais está mais associada a acidentes de percurso do que à idade elevada.
Por exemplo, se comparar as aves migratórias com as que permanecem toda a vida numa determinada região, fica nítido que as primeiras costumam apresentar uma maior taxa de mortalidade.
Quanto ao clima, não é diferente: as espécies que vivem em regiões tropicais também costumam viver por mais tempo que os pássaros de zonas temperadas. Ainda vale lembrar que, quanto aos motivos por trás das diferenças climáticas, a maior possibilidade de socialização e a maior facilidade para adquirir alimentos também são associadas à maior biodiversidade.