Estilo de vida
14/05/2023 às 10:00•2 min de leitura
Quem observar uma ostra no mar ou em um aquário pode ter a impressão que ela tem uma vida bastante solitária. Sempre no mesmo lugar, esse molusco realmente não é lembrado por sua interação com outros seres vivos — sejam de sua própria espécie ou não.
Porém, essa vida pacata e sedentária tem uma explicação bastante simples: dentro da sua concha, a ostra tem tudo o que precisa para se reproduzir. Além disso, esse animal irá apresentar e desenvolver ambos os sexos durante sua vida.
(Fonte: Getty Images)
As ostras geralmente atingem a maturidade depois do seu primeiro ano de vida. Nessa primeira fase, elas desovam como machos, liberando esperma no mar. Esses espermatozoides, então, flutuam pela água até encontrarem algum óvulo a ser fecundado. Os machos continuam liberando seus espermas por dois ou três anos, produzindo cerca de três bilhões de espermatozoides anualmente.
À medida que crescem e desenvolvem maiores reservas de energia, as ostras passam por uma modificação corporal. Os testículos tornam-se ovários e se tornam verdadeiras máquinas de produção de ovos. A partir desse momento, a ostra continuará como fêmea pelo restante de sua vida — que pode durar até 12 anos.
Uma única ostra fêmea pode produzir até 100 milhões de ovos anualmente. Fertilizados na água, esses ovos se desenvolverão para larvas, mas por cerca de quatro semanas eles continuam flutuando na água.
(Fonte: Getty Images)
Somente após sobreviver esse período é que as ostras mais pesadas afundam. Uma vez que encontram um local para se fixar, elas começam a secretar uma substância que vai dar origem à concha.
Em alguns casos, essas conchas podem ser definitivas. Mas na maioria das espécies, conforme os animais crescem, elas começam a secretar novamente a substância que dará origem a uma nova concha.
As ostras podem crescer até 25 cm de comprimento. Elas se alimentam do plâncton, e são capazes de filtrar cerca de 3,5 galões de água do mar por hora, da qual vão absorver os pequenos microrganismos flutuantes. Suas conchas, que podem ser afiadas como navalhas, se fecham para expelir os resíduos com um jato que pode ser visto a olho nu, formando bolhas.