Estilo de vida
21/12/2023 às 03:00•2 min de leitura
Ao redor do planeta, existem diversas espécies de animais que estão atualmente ameaçadas de extinção. Alguns exemplos muito conhecidos são os pandas-gigantes, os orangotangos e os rinocerontes. Porém, para cada uma das célebres espécies que correm risco atualmente, existem inúmeras outras espécies menos conhecidas que estão simplesmente sumindo do mundo.
E, segundo pesquisadores, se algumas dessas espécies realmente desaparecerem de uma vez por todas, isso representará sérios problemas para a Terra devido à função que exercem em nosso planeta. Veja só a lista que separamos com alguns exemplos disso!
(Fonte: GettyImages)
Os mexilhões-de-água-doce dependem de peixes mais escuros para a sua sobrevivência. Isso porque as larvas dessas criaturas fixam-se durante semanas em hospedeiros, onde absorvem nutrientes vitais para se desenvolverem. Um único mexilhão-de-água-doce maduro pode limpar até 56 litros de água por dia, mantendo os cursos de água saudáveis para todos os outros animais ao seu redor.
Contudo, a poluição dos rios e a fragmentação do seu habitat levaram muitos desses mexilhões à beira da extinção. Esse processo, caso aconteça, prejudicaria a qualidade de vida de diversos outros animais de água doce.
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Depois de perder o habitat, o maguari, também chamado de cegonha-florestal-americana, foi protegida pela Lei de Espécies Ameaçadas dos EUA em 1984. Alguns anos depois, o crocodilo-americano, outro pilar dos Everglades da Flórida, saiu da mesma lista com uma história de recuperação impressionante.
O que muitas pessoas não sabem, no entanto, é que essas duas espécies têm uma relação simbiótica: os crocodilos patrulham as florestas inundadas onde os maguaris nidificam, mantendo predadores como guaxinins longe dos ovos. Em troca, os crocodilos eventualmente atacam filhotes que tenham caído de seus ninhos.
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Cerca de 6 km2 de distância das dunas de areia na Costa do Golfo da Flórida, várias espécies de ratos ameaçados de extinção encontraram um abrigo, inclusive uma espécie apelidada de rato-de-praia de Saint Andrews. Essas pequenas criaturas de orelhas grandes têm apenas alguns centímetros de comprimento e são ameaçadas por uma série de eventos, como furacões, iluminação artificial e predadores invasivos.
O problema, no entanto, é que eles são uma fonte de alimento muito importante para corujas, cobras, caranguejos e outras espécies nativas daquela região. Logo, sua extinção traria um desequilíbrio enorme para a cadeia alimentar da área.
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No final do século XIX, campanhas federais de extermínio eliminaram os cães-de-pradaria de 96% do seu habitat histórico por serem considerados pragas agrícolas. Contudo, o desaparecimento da espécie desencadeou uma reação em cadeia: sem esses animais para cavar buracos, corujas, salamandras e muitas outras criaturas ficaram sem abrigo confiável.
Além disso, as doninhas-de-patas-pretas perderam sua principal fonte de alimento e também quase foram extintas. Para a sorte da espécie, um programa bem-sucedido de reprodução em cativeiro conseguiu recuperar um pouco a população desses furões em 1967.
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Durante quase nove meses no ano, a tartaruga-do-deserto-da-califórnia busca abrigo contra as intempéries em túneis de até 9 metros de comprimento abaixo do solo ressecado do deserto de Mojave. Listadas como ameaçadas desde 1990, essas tartarugas longevas não vivem sozinhas.
Elas podem cavar até 25 tocas por ano e tendem a dividir esse espaço com criaturas que vão desde lagartixas a coelhos. Enfrentando ameaças crescentes da urbanização inevitável da região, a população desses répteis despencou nos últimos anos, de centenas de adultos por km2 para poucos. Sem elas por perto, muitos animais ficarão desprotegidos no futuro.