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19/07/2024 às 09:00•2 min de leituraAtualizado em 19/07/2024 às 09:00
Quem gosta de tirar onda nas festas, dizendo que o objeto mais rápido construído pelo homem foi uma tampa de poço de teste nuclear, que foi lançada ao espaço em 1957 a 238 mil km/m, pode mudar o discurso. Temos uma nova campeã: a Sonda Solar Parker, da NASA, lançada ao espaço dia 12 de agosto de 2018.
Em 29 de junho, a espaçonaves de 685 kg, encarregada de observar de perto a coroa externa do Sol, bateu pela segunda vez (a primeira foi em outubro de 2023) o recorde de objeto em movimento mais rápido já construído pelo homem. A velocidade registrada foi de 635.266 km/h, o que equivale a quase 514,65 vezes a velocidade do som ao nível do mar.
Mas a coisa não vai parar por aí. À medida que cumpre seu objetivo de completar 24 órbitas ao redor do Sol, o objeto terrestre vai ficando ainda mais rápido, com velocidades que podem chegar a 692 mil km/h, quando ele estiver a 6,2 milhões de quilômetros do Sol, a sua maior aproximação, marcada para 2025. Isso equivale a uma viagem de Washington D.C. a Tóquio em menos de um minuto.
Para chegar tão perto do Sol, a sonda espacial foi construída com uma proteção solar para seus instrumentos: um escudo composto de carbono com 11,43 cm de espessura. Além das velocidades absurdas, a Parker precisa estar apta a suportar temperaturas que chegam a quase 1,4 mil graus Celsius.
Junto com os avanços de última geração em engenharia térmica, a sonda tem ainda "quatro conjuntos de instrumentos projetados para estudar campos magnéticos, plasma e partículas energéticas, além de obter imagens do vento solar", diz o site da NASA.
Essas velocidades ultrarrápidas são atingidas graças ao design da missão, que inclui múltiplas "ajudas" gravitacionais de Vênus. À medida que a sonda dá uma volta completa ao redor do Sol, ela se alinha com a órbita do segundo planeta, e utiliza sua gravidade como se fosse um "estilingue" gravitacional.
O objetivo é chegar cada vez mais perto da massa giratórias de plasma ultraquente que circunda a nossa estrela, para realizar uma grande variedade de diferentes aferições que nos permitam aperfeiçoar o conhecimento científico que já temos sobre ela.
Completada a aproximação atual, que foi a 20ª, a Parker chegou a 7,26 milhões de quilômetros da fotosfera, a camada de gás ionizado considerada oficialmente a superfície do Sol. Em abril de 2021, a sonda chegou a "tocar" nossa estrela, coletando amostras do plasma e adicionando mais informações ao seu precioso banco de dados.=