A evolução do skate: de prática underground a esporte olímpico

26/09/2024 às 21:002 min de leituraAtualizado em 26/09/2024 às 21:00

O skate é muito mais do que um simples esporte. Ele é uma cultura que atravessou gerações, moldando estilos de vida, influenciando a moda, a música e conectando pessoas em todo o mundo.

O que começou como uma atividade alternativa, muitas vezes associada à contracultura, se transformou em uma prática que transcendeu barreiras, ganhando espaço até nos Jogos Olímpicos.

O nascimento do skate e o primeiro campeonato

O skate foi criado como uma alternativa para os dias sem ondas no surfe. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
O skate foi criado como uma alternativa para os dias sem ondas no surfe. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Tudo começou nos anos 1950, quando o surfe já fazia a cabeça dos jovens na Califórnia. Mas quando o mar estava calmo e sem ondas, os surfistas buscaram uma solução para “surfar” em terra firme.

A ideia foi simples: prender rodas de patins em pedaços de madeira, e assim nasceu o “sidewalk surfing”. Essa nova forma de diversão rapidamente se espalhou, e foi aí que o skate como o conhecemos começou a ganhar vida.

Na década de 1960, a prática já havia conquistado o coração da juventude, e as marcas de surfe começaram a produzir skates em larga escala. A Califórnia, epicentro da cultura do surfe, também virou o lar do skate.

Em 1963, Hermosa Beach recebeu o primeiro campeonato oficial, e a partir daí, manobras e estilos novos começaram a surgir. Foi nessa época que skatistas passaram a usar piscinas vazias para simular ondas, dando início ao skate vertical.

Skate de rua e a explosão na mídia

Os skate parks ajudaram a popularizar o skate ao criar espaços próprios para a prática. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Os skateparks ajudaram a popularizar o skate ao criar espaços próprios para a prática. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

A década de 1970 foi um ponto de virada. Com a chegada das rodas de uretano, o controle sobre o skate melhorou muito, e o esporte começou a ganhar cara nova. O kicktail, aquela parte elevada na traseira do skate, facilitou a execução de manobras que, até então, pareciam impossíveis.

Nesse período, começaram a surgir os primeiros skateparks, e manobras lendárias como o frontside air de Jeff Tatum e o ollie de Allan Gelfand se tornaram referência. Mesmo assim, a atividade ainda era vista por muitos como uma prática “rebelde”.

Mas nos anos 1980 o skate estourou de vez, com a cultura “faça você mesmo” dominando as ruas. Os skatistas construíam suas próprias rampas, enquanto revistas, vídeos e filmes ajudavam a popularizar o esporte.

Clássicos como De Volta para o Futuro apresentaram o skate a novos públicos, enquanto nomes como Tony Hawk e Rodney Mullen se tornaram lendas vivas.

Impacto dos videogames e reconhecimento global

A inclusão do skate como esporte olímpico consolidou sua posição no cenário esportivo global. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
A inclusão do skate como esporte olímpico consolidou sua posição no cenário esportivo global. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Nos anos 1990, o skate já estava mais do que consolidado. Eventos como os X Games, transmitidos pela ESPN, ajudaram a catapultar o esporte para o mainstream.

Um dos maiores marcos dessa época foi o lançamento do videogame Tony Hawk's Pro Skater em 1999. Esse jogo apresentou o esporte a uma nova geração de jovens, ampliando ainda mais sua popularidade.

Já nos anos 2000, o skate continuou a crescer. Grandes competições eram transmitidas ao vivo, e documentários como Dogtown and Z-Boys recontavam a história de suas origens. Em 2004, a criação da Federação Internacional de Skate (ISF) deu ainda mais visibilidade ao esporte.

O ápice desse reconhecimento veio quando ele foi incluído no programa dos Jogos Olímpicos de Tóquio, realizado em 2021. Esse marco solidificou de vez o skate como um esporte global.

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