Aos 85 anos, Barbara Chase-Riboud está finalmente tendo o reconhecimento que merece. 

A artista visual, escritora e escultora americana Barbara Chase-Riboud pode não ser o nome mais popular do mundo das artes. Mas a sua contribuição para a área da cultura merece muito mais destaque do que já angariou em sua longeva carreira.Nascida na Filadélfia, nos Estados Unidos, Barbara Chase-Riboud escolheu Paris ainda nos 1960 como seu lar e seu "santuário" onde pode construir a sua obra. Hoje ela tem 85 anos e tem obras expostas em locais como o Museu do Louvre, o Museu d'Orsay, Pompidou, Palais de Tokyo, Palais de la Porte Dorée, Philharmonie de Paris, e em vários espaços importantes.<h2>A história de Barbara Chase-Riboud&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/06/06195059812352.jpg" alt="(Fonte: Pickens Museum / Reprodução)"><figcaption>Barbara Chase-Riboud nos anos 1960. (Fonte: Pickens Museum / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Crescida na Filadélfia, Barbara Chase-Riboud recebeu em 1956 o título de Bacharel em Belas Artes pela Escola de Artes e Arquitetura da Universidade de Temple. Logo após a formatura, ela recebeu uma bolsa para estudar na École des Beaux-Arts, em Paris.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="http://v" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 obras de arquitetura que chamam a atenção do mundo</a></li></ul>Na capital francesa, Barbara encontrou um refúgio da segregação e do racismo que sofria em seu país natal. Mas, além disso, ela conheceu toda uma comunidade de artistas de vanguarda que a acolheu e possibilitou que se expressasse enquanto uma mulher negra.Era uma época em que os artistas afro-americanos lutavam para conquistar um espaço para o seu trabalho que fosse além do rótulo da "arte negra". Paris então se tornou o local ideal para sua arte cheia de camadas se expressasse. Foi lá que Chase-Riboud passou a ser reconhecida como uma artista política, sem medo de confrontar os cantos mais sombrios da história.Um exemplo disso é a sua série de esculturas de bronze dedicada a Malcolm X, que foi iniciada no final dos anos 1960. Sua obra se tornou conhecida por estimular reflexões sobre questões como raça, memória e trauma dentro do mundo das artes.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/a-fantastica-historia-da-venus-de-milo-uma-das-mais-famosas-estatuas-da-historia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A fantástica história da Vênus de Milo, uma das mais famosas estátuas do mundo</a></li></ul>Foi em Paris que ela também desenvolveu e aperfeiçoou sua famosa técnica de escultura, que consiste na fusão da solidez do bronze com a suavidade do tecido. Suas peças artísticas são conhecidas por suas dobras sinuosas e presença marcante.<h2>A obra artística de Chase-Riboud</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/06/06195816521355.jpeg" alt="(Fonte: Aware / Reprodução)"><figcaption>A série de esculturas dedicadas a Malcolm X está entre os trabalhos mais famosos de Chase-Riboud. (Fonte: Aware / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Mas a carreira de Chase-Riboud foi marcada também pela sua pluralidade. Além de exímia escultora, ela produziu literatura. Seu primeiro romance,&nbsp;Sally Hemings, que foi lançado em 1979, explora a vida da amante escravizada de Thomas Jefferson, e foi aclamado pela crítica especializada.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/garota-dancarina-escultura-prehistorica-de-105-cm-e-um-icone-da-arte" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Escultura pré-histórica de 10,5 cm é um ícone da arte</a></li></ul>Mais recentemente, com o avançar da vida, Barbara Chase-Riboud começou a receber o reconhecimento que merece, sendo convidada para grandes exposições. Uma delas foi a sua retrospectiva realizada em 2023 nas Serpentine Galleries, em Londres. Sua técnica arrojada, que borra os limites entre pintura, escultura e arte têxtil, passou a ser cada vez mais celebrada.E claro, a marca do seu trabalho é a sua discussão levantada sobre as intersecções entre raça e gênero com o mundo da arte. Sendo assim, a obra de Barbara Chase-Riboud tem aberto portas para tantos outros artistas que debatem esses temas, mas não recebiam até então a legitimidade dentro da sua área. O que certamente leva à reflexão: como seria hoje o mundo da arte se ele tivesse abraçado mais artistas como Chase-Riboud?

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Barbara Chase-Riboud: a escultora que trouxe questões de raça para a arte

A nova análise química da liga de bronze do Leão de Veneza mostrou que a escultura se originou na China, com cobre de uma mina no rio Yangtze.

O Leão de Veneza, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127510-veneza-vai-cobrar-taxa-de-entrada-para-turistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">símbolo máximo da cidade italiana</a>, e um grande ícone histórico, cultural e artístico da humanidade, pode ter sido, na verdade, construído na China antiga, especificamente durante a dinastia Tang, de 618 a 907 d.C., considerada a era do ouro cultural do país asiático. O conhecido Leão Alado de São Marcos pode ter sido esculpido em uma liga de bronze, feita de cobre de uma mina da bacia do rio Yangtze.A descoberta foi comprovada em uma análise química dessa liga de cobre e estanho feita por “uma equipe de geólogos, químicos, arqueólogos e historiadores da arte da universidade - juntamente com a Associação Internacional de Estudos Mediterrâneos e Orientais e a Universidade Ca' Foscari de Veneza”, segundo um comunicado da Universidade de Pádua.Embora exista um estudo anterior, de 1980, sugerindo que a famosa escultura teria vindo da Anatólia, na Turquia, as análises precisas da nova pesquisa mostraram dois isótopos de chumbo, variantes do elemento químico, não deixam dúvidas quanto à datação e a origem de onde o cobre foi extraído. Além disso, uma avaliação estilística sugere que a estátua é uma variação de um zhènmùshòu, os “guardiões de tumbas” da dinastia Tang.<h2>O leão chinês e as viagens de Marco Polo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/23/23164418362262.jpg" alt="x"><figcaption>Durante suas viagens, Marco Polo permaneceu 17 anos na China. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A divulgação dos resultados da nova análise foi feita na abertura da conferência internacional sobre Marco Polo, no dia 11 de setembro, que ocorreu durante as comemorações do 700º aniversário da morte do viajante veneziano. Isso não ocorreu por acaso, porque os autores acreditam que há uma conexão entre o Leão de Veneza e o famoso cronista de viagens.<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127109-4-fatos-surpreendentes-sobre-o-explorador-marco-polo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marco Polo nasceu em Veneza por volta de 1254</a> e foi comerciante, aventureiro e viajante, passando grande parte de sua em viagens pelo mundo, registradas no seu famoso diário Viagens de Marco Polo.Quando o explorador voltou à cidade, depois de passar 17 anos na China, o Leão de Veneza já havia sido erguido na Piazzetta de São Marcos. Mas os pesquisadores suspeitam que a estátua possa ter chegado à Itália, provavelmente em pedaços, trazida por Nicolò e Maffeo, pai e tio de Marco Polo, que passaram um tempo na corte mongol em Pequim, entre 1264 e 1266.<h2>Mais pesquisas sobre o Leão de Veneza</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/23/23173029852290.jpg" alt="O Leão de Ouro é também o prêmio máximo do Festival Internacional de Cinema de Veneza. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O Leão de Ouro é também o prêmio máximo do Festival Internacional de Cinema de Veneza. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Apesar de o novo estudo ter apresentado algumas provas robustas da origem asiática do Leão de Veneza, e até construído um relato convincente da viagem da escultura, conduzia por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124565-como-veneza-foi-construida-sobre-milhoes-de-estacas-de-madeira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma célebre família de viajantes venezianos</a>, ainda há muito a se pesquisar sobre o famoso monumento."Se a estátua enigmática continuará a esconder alguns de seus segredos, hoje, sob uma nova luz, ela conta um episódio até então desconhecido da grande Rota da Seda, que por milênios uniu os povos da Eurásia oriental ao Mar Adriático" concluem os pesquisadores.

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O famoso Leão de Veneza é, na verdade, "made in China", diz estudo

Boa parte das antigas estátuas romanas estão decapitadas. As razões disso são bem curiosas.

Quem já foi a algum grande museu, como aqueles localizados na Europa que guardam <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/por-que-tantas-estatuas-gregas-romanas-e-egipcias-nao-tem-nariz" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esculturas romanas</a> muito antigas, pode ter estranhado que é comum ver estátuas quebradas – seja faltando o nariz, os dedos ou mesmo com as cabeças decepadas.<div itemprop="articleBody">Mas por que há tantas esculturas romanas sem cabeça? Pode parecer estranho, mas os estudiosos já se perguntaram isso, e chegaram em algumas respostas.<h2>O mistério das estátuas sem cabeça</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/31/31195538466005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>É comum cruzar nos museus com estátuas romanas com o torso sem a cabeça. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>De acordo com Rachel Kousser, que é professora de história da arte no Brooklyn College e na City University of New York, é preciso se atentar ao contexto: nós estranhamos as estátuas sem cabeça, mas o que deveríamos nos perguntar primeiramente é se ela foi feita assim ou se perdeu a cabeça por alguma razão.Kousser afirma que a primeira razão pela qual tantas estátuas estão decapitadas é bem simples: o pescoço é naturalmente uma parte frágil do corpo humano. Depois de muitos anos de existência, quando uma escultura humana cai ou é transportada para outro lugar, geralmente o pescoço é o primeiro lugar a quebrar.Contudo, nem sempre as estátuas estão sem cabeça por conta de acidentes. Sabe-se que os romanos destruíam de propósito algumas esculturas. Havia a possibilidade, por exemplo, de que um imperador romano que fosse odiado sofresse um processo chamado de&nbsp;Damnatio memoriae,&nbsp;que quer dizer "condenação da memória".&nbsp;Nesse caso, o Senado fazia uma votação e decidia por apagar a memória dele ao retirar seus nomes dos registros, confiscar suas propriedades e desfigurar seus retratos e estátuas. Rachel Kousser afirma que isso aconteceu com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121488-nero-teria-se-humilhado-para-acabar-com-a-propria-vida.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nero</a>, imperador romano que ficou conhecido por seu governo tirânico.<h2>As cabeças removíveis</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/31/31201118310007.jpg" alt="x"><figcaption>As estátuas poderiam ter suas cabeças removidas para valerem mais. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Há outro aspecto bem interessante: às vezes, escultores romanos projetavam estátuas com cabeças removíveis que poderiam ser tiradas do corpo. É isso que afirma Kenneth Lapatin, curador do Museu J. Paul Getty em Los Angeles. Ele conta que essa estrutura possibilitava que vários escultores trabalhassem na mesma peça, usassem materiais diferentes para o corpo e o rosto e até trocassem a cabeça no futuro.Mas em tempos mais modernos, essa prática foi esquecida. No entanto, Lapatin ressalta ainda que era comum que os vendedores de arte decapitassem esculturas antigas para que elas parecessem romanas, de forma a ganhar mais dinheiro com elas.Um exemplo é uma obra chamada Estátua de uma Mulher Drapeada, cuja cabeça foi reunida ao seu corpo depois de ter sido destacada durante o século XX. Quando um museu a adquiriu em 1972, a mulher esculpida não tinha cabeça. Só que um curador do museu viu uma cabeça suspeita em uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/115337-homem-fecha-loja-e-enterra-os-bens-para-lucrar-com-caca-tesouros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">loja de antiguidades</a>, e acabou descobrindo que alguém, que nunca foi identificado, havia separado as duas partes."Não sabemos os detalhes, mas parece que quem fez essa operação pensou que provavelmente se sairia melhor vendendo uma estátua sem cabeça de um lado e uma cabeça do outro", afirmou Lapatin ao Live Science.</div>

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Por que há tantas estátuas romanas sem cabeça?

A Garota Dançarina desafia os cânones da arte antiga religiosa, mostrando um interesse pelo cotidiano e pelo corpo humano.

Pequena escultura de bronze de apenas 10,5 cm exposta no Museu Nacional de Nova Delhi, a Garota Dançarina (Dancing Girl) é, ao mesmo tempo, um dos maiores tesouros da arte e da arqueologia mundiais. &nbsp;Trata-se de uma obra artística pré-histórica, datada de 2500 a.C., e escavada nas ruínas da cidade de Mohenjo-daro, no atual Paquistão.&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128779-7-fatos-sobre-o-kama-sutra-que-voce-provavelmente-nao-conhecia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A figura representa uma jovem mulher nua</a>, com adereços nos braços e no pescoço. Esculpida com técnica invejável para a época, o corpo da estátua é esguio e curvilíneo, com uma mão repousando no quadril, enquanto a outra segura um objeto que pode ser tanto um instrumento musical ou um tipo de ornamento.&nbsp;A obra foi feita utilizando uma técnica chamada cera perdida,&nbsp;usada por milhares de anos em civilizações antigas, como a egípcia, a grega e essa do Vale do Indo. O processo consiste em revestir um modelo de cera com material refratário, geralmente argila, para criar um molde resistente ao calor. Quando a cera derrete, o molde é então preenchido com um metal fundido, que toma a forma do modelo original.&nbsp;<h2>Disputa pela Menina Dançarina</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/08/08210621255044.jpg" alt="A Garota Dançarina está exposta no Museu Nacional de Nova Délhi. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A Garota Dançarina está exposta no Museu Nacional de Nova Délhi. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A Menina Dançarina foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/2-historias-polemicas-com-versoes-conflitantes-que-governos-ocultam-do-publico" rel="noopener noreferrer" target="_blank">objeto de disputa entre a Índia e o Paquistão</a>, depois que as autoridades deste país exigiram a devolução das peças descobertas em Mohenjo-daro, que pertence hoje ao seu território, mas os indianos recusaram.Para resolver a controvérsia, foi celebrado um acordo no qual os 12 mil objetos foram divididos entre os dois países. No caso das duas esculturas mais célebres da civilização do Vale do Indo, o Paquistão pediu e recebeu a figura em pedra-sabão do Rei Sacerdote, deixando para a Índia a pequena (mas gigante) Dancing Girl.&nbsp;<h2>Dancing Girl é mesmo uma dançarina?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/08/08203254130002.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A verdadeira profissão da Dancing Girl é contestada atualmente por estudiosos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128439-antiga-estatua-perdida-ha-mais-de-2-mil-anos-e-localizada-na-turquia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Pela sua importância histórica e artística</a>, a Dancing Girl tem sido frequentemente analisada e debatida por estudiosos. Houve recentemente um consenso que desafiou a interpretação original proposta pelo arqueólogo britânico John Marshall&nbsp;de que a garota estaria acompanhando o compasso de uma música com as pernas e pés.Para os especialistas, essa suposição de que ela representa uma dançarina apenas com base em sua postura, é imprecisa e muito simplista. Alguns historiadores da arte e arqueólogos modernos sugerem que a figura pode ter sido uma guerreira, pela ornamentação assimétrica que deixa a mão direita livre, possivelmente para segurar uma arma.Como a maioria dos artefatos culturais descobertos nos sítios arqueológicos do Vale do Indo, a estatueta pode ser uma chave para entender o funcionamento de uma civilização cuja escrita ainda não foi decifrada até hoje. Com seu tamanho e aparência modestos, a Garota Dançarina revela processos metalúrgicos avançados em uma das primeiras civilizações urbanas da humanidade.&nbsp;

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Garota Dançarina: escultura pré-histórica de 10,5 cm é um ícone da arte 

A famosa estátua, que está no Museu do Louvre, é uma das obras de arte mais conhecidas de todos os tempos.

Mesmo com seus braços faltantes, a Vênus de Milo é considerada uma das peças de arte mais famosas de todos os tempos. A escultura, toda feita de mármore, remonta ao período helenístico, há cerca de 2.200 anos, na Grécia Antiga, e foi redescoberta em 1820.Desde que chegou no <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/119613-louvre-6-curiosidades-sobre-o-museu-mais-famoso-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Museu do Louvre</a> em Paris, na França, ela tem sido uma das principais atrações. Mas sua história é tão fascinante quanto a própria obra.<h2>A descoberta da Vênus de Milo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/29/29174922595366.jpg" alt="X"><figcaption>A Vênus de Milo foi encontrada por um fazendeiro na ilha grega de Melos. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A Vênus de Milo foi encontrada em 1820, quando um oficial da Marinha francesa chamado Olivier Voutier navegou para Melos, uma ilha grega que fica localizada no mar Egeu. Voutier era também um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115552-arqueologo-declara-ter-achado-artefatos-com-o-rosto-de-deus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arqueólogo</a> diletante, e se direcionou à ilha em busca de antiguidades gregas.Ele nem imaginava que lá teria o momento central da sua vida. Isso se deu ao chegar na casa de um fazendeiro chamado Yorgos Kentrotas que, pouco antes, estava vasculhando pedras nas ruínas da ilha quando encontrou uma estátua de mármore de uma mulher seminua.Voutier ficou impressionado com a peça, e contatou o conde de Marcellus, que era secretário do embaixador francês nos turcos otomanos. Ele se juntaram e pagaram 1000 francos pela estátua: 250 para as autoridades locais, e 750 para o fazendeiro.Assim, em fevereiro de 1821, a Vênus de Milos foi finalmente levada para Paris, onde foi entregue para o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122035-por-que-perucas-eram-tao-usadas-no-seculo-xviii.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rei Luís XVIII</a> como um presente. Na sequência, o rei doou a escultura ao Museu do Louvre, onde ela está até hoje.<h2>Curiosidades sobre a fabulosa estátua</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/29/29174943250367.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Por anos, o Museu do Louvre difundiu inverdades sobre a famosa estátua. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na época, o diretor do museu, um homem chamado conde de Forbin, ficou extasiado com a nova aquisição. Os pesquisadores passaram a analisá-la e encontraram em sua base uma inscrição que dizia: "Alexandros, filho de Menides, cidadão de Antioquia de Meandro, fez a estátua".Ocorre que não se sabia até então muita coisa sobre Alexandros de Antioquia. Mas havia alguma informação sobre a cidade: Antioquia não havia sido fundada até cerca de 280 a.C. Isso indicava que a estátua provavelmente datava da era helenística, e não do período clássico, como se imaginava.Por conta disso, que foi uma certa decepção ao museu, o Louvre fez uma certa "malandragem": pagou para que estudiosos publicassem escritos afirmando que a escultura vinha da escola do artista clássico Praxíteles. Essa mentira foi mantida por pelo menos 130 anos. Para sustentar essa versão, a base inscrita simplesmente desapareceu.Isso fez com que muito mistério permanecesse em torno dela, incluindo o que teria ocorrido com os seus braços. Em um livro de 2003 chamado Disarmed: The Story of the Venus de Milo, o jornalista Gregory Curtis escreveu que Yorgos Kentrotas teria achado mais tarde outras peças da Vênus, o que incluía um braço com uma mão que segurava uma maçã.Além disso, a Vênus de Milo tem marcas de que um dia recebeu tintas vibrantes, mas que as cores desbotaram com o tempo. Também há indícios de que ela já foi adornada com joias, o que incluiria uma braçadeira, brincos e uma faixa em sua cabeça.Outra questão curiosa é que até hoje não há total certeza sobre quem ela retrata. Há os estudiosos que acreditam que ela representa <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121883-5-curiosidades-sobre-afrodite-a-deusa-grega-da-beleza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Afrodite</a> (a versão grega de Vênus), a deusa do amor, o que justificaria a presença de uma suposta maçã em sua mão. No entanto, o povo que habitava Melos reverenciava Anfitrite, a esposa de Poseidon. Por isso, há quem jure de pé junto que a estátua é, na verdade, uma deusa do mar.&nbsp;

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A fantástica história da Vênus de Milo, uma das mais famosas estátuas da história

Embora muitas dessas deformações sejam acidentais, grande parte foi feita de propósito por vândalos e fanáticos de todo tipo.

“Os grandes porquês da humanidade” é uma série de matérias do Mega Curioso que pretende encontrar motivos plausíveis e científicos para perguntas que costumamos nos fazer, das mais óbvias às mais inusitadas. Confira no fim da matéria outras respostas incríveis para nossas maiores dúvidas!***Quem é <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128439-antiga-estatua-perdida-ha-mais-de-2-mil-anos-e-localizada-na-turquia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fã ou estudioso de arte clássica</a> sabe que nada se compara às estátuas egípcias, gregas e romanas na cultura ocidental. Elas não só fundaram um novo tipo de técnica artística, mas também reapresentaram uma nova forma de compreender e exaltar a beleza do corpo humano. Muitos desses padrões prevalecem até hoje.No entanto, quando finalmente conseguimos visitar alguns lugares onde esses pilares da arte estão expostos, um detalhe logo nos chama a atenção: onde foram parar os narizes de todas essas figuras maravilhosas?A princípio, podemos pensar que se trata apenas da ação deletéria do tempo, afinal a maioria dessas obras tem milhares de anos, e é natural terem se desgastado por erosão, quebra no transporte ou até pela ação voluntária de algum vândalo maluco — ou visigodo — nervosinho. Mas há algumas teorias filosóficas, teológicas e políticas nas quais talvez valha a pena metermos o nariz.<h2>O que aconteceu com os narizes das estátuas?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/18/18094720525004.jpg" alt="A cruz esculpida na testa de Afrodite pode dar pistas de quem quebrou o nariz."><figcaption>A cruz esculpida na testa de Afrodite pode dar pistas de quem quebrou o nariz. (Fonte: National Gallery of Art)</figcaption></figure></figure>“As partes salientes das esculturas, como narizes, braços, cabeças e outros apêndices, são quase sempre as primeiras a se quebrarem”, explica o pesquisador Spencer McDaniel, da Universidade Brandeis, nos EUA, à plataforma IFLScience. Nesse caso, quando uma estátua cai de frente no chão, o primeiro impacto é realmente no nariz.Já o professor de clássicos da Universidade de Nottingham, Mark Bradley, pensa diferente. Em um artigo de 2016, para o blog Effaced From History, que aborda as diferenças faciais desde a antiguidade, ele afirma: “Um número esmagador [de narizes] foi deliberadamente alvo de ataques”.Para ilustrar sua tese, Bradley cita o busto de um sobrinho do imperador Tibério, que teve o nariz claramente cinzelado, e uma cruz esculpida na testa pelos primeiros cristãos, por ser um retrato pagão, diz o professor. <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121594-7-deusas-gregas-vitimas-de-machismo-e-misoginia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O mesmo destino iconoclasta foi aplicado a uma estátua de Afrodite</a>, do Museu Arqueológico Nacional de Atenas: sem nariz e com uma cruz na testa.<h2>Quem quebrou todos esses narizes?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/18/18104129808000.jpg" alt="x"><figcaption>Grande parte das desfigurações de estátua foi proposital. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Alguns especialistas acreditam que, no caso dos egípcios, a razão para a mutilação de estátuas pode ter sido mística. Como os adoradores acreditavam que essas imagens tinham uma “força vital” própria, seus inimigos imaginavam que, destruindo a estátua, desativariam esse poder.No caso das civilizações mais recentes, inclusive no Império Bizantino, a mutilação e a remoção do nariz era uma punição bastante comum aplicada a infratores e governantes depostos na vida real, explica Bradley.Quando nos escandalizamos com todos esses comportamentos bizarros, é bom lembrar que, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123982-quais-obras-historicas-foram-vandalizadas-por-terroristas-em-brasilia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nos dias de hoje, muito dessa iconoclastia revanchista permanece</a>. Em dezembro de 2013, por exemplo, manifestantes ucranianos que defendiam uma maior integração do país com a União Europeia, derrubaram de propósito uma estátua de Lenin, em Kiev. Mas, neste caso, o nariz de Vladimir ficou intacto.***Confira outros grandes porquês da humanidade aqui no Mega Curioso:<ul><li><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/por-que-as-auroras-boreais-ou-austrais-tem-cores-diferentes">Por que as auroras, boreais ou austrais, têm cores diferentes?</a></li><li><a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/por-que-alguns-remedios-sao-tomados-por-via-sublingual-colocados-debaixo-da-lingua">Por que alguns remédios são tomados por via sublingual, colocados debaixo da língua?</a></li><li><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/por-que-mostrar-o-dedo-do-meio-se-tornou-uma-ofensa">Por que mostrar o dedo do meio se tornou uma ofensa?</a></li></ul>

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Por que tantas estátuas gregas, romanas e egípcias não têm nariz?

A Exposição Internacional do Surrealismo, ocorrida em 1938, foi um grande marco para o movimento artístico.

A depender da lente adotada, o surrealismo é tido como uma mera valorização do bizarro, ou mesmo uma ruptura estética. Mas encará-lo dessa forma isolada é justamente o que impede que o movimento mostre aquilo que ele tem de mais autêntico.A Exposição Internacional do Surrealismo de 1938, iniciada em 17 de janeiro, buscava justamente deixar o surrealismo em evidência, chamando a atenção para suas características mais marcantes.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/29/29110506717053.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia/Reprodução)"><figcaption>Mais de 200 obras, pertencentes a 60 artistas, foram exibidas. Exposição ocorreu na Galerie de Beaux-Arts, entre os dias 17 de janeiro e 24 de fevereiro de 1938. (Fonte: Wikimedia / Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Propostas da exposição</h2>Essa exposição foi a grande oportunidade que muitos artistas tiveram de se revelar e apresentar sua proposta. E nesta ocasião específica, todos os visitantes seriam convidados não apenas a mergulhar nas obras, mas também na própria mente.Logo na entrada, a visão de 16 manequins decorados instigava o público a refletir sobre o feminino e o desejo. Placas com indicações de ruas reais e imaginárias também ganharam forma, indo além das pinturas presentes na exposição.Depois de serem recepcionados, os visitantes ainda eram conduzidos ao interior de uma gruta, que tinha um pequeno lago artificial, onde mais uma história era contada. Ali, o confinamento em um espaço com um teto aparentemente frágil parecia irradiar claustrofobia. Trava-se, portanto, de uma experiência sensorial.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/29/29111012113055.jpg" alt="(Fonte: The Art Institute of Chicago/Reprodução)"><figcaption>Salvador Dali com seu manequim. (Fonte: The Art Institute of Chicago / Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Surrealismo e seus muitos significados</h2>O surrealismo valorizava o inconsciente e a espontaneidade por excelência. Mas mesmo tendo se manifestado desde a década de 1920, levou certo tempo para ganhar forma e se tornar mais conhecido.Klee, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118069-pablo-picasso-a-vida-e-a-morte-de-um-dos-fundadores-do-cubismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Picasso</a>, Duchamp e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117643-necrofilia-estupro-e-violencia-o-lado-sombrio-de-salvador-dali.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Salvador Dali</a> são alguns dos grandes nomes que evidenciaram, cada um da própria forma, a expressividade e a provocação do movimento. Muitas obras ainda mostram como o surrealismo se associava ao mundo onírico, a exemplo das pinturas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/108093-mais-9-cenas-de-filmes-inspiradas-em-quadros-famosos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">René Magritte</a>.De certa forma, a Exposição Internacional do Surrealismo de 1938 permitiu que a arte se mostrasse livre e imersiva da maneira como se apresenta hoje, diante dos nossos olhos. Presente em pinturas, esculturas, na música, no cinema e na literatura, o surrealismo também se relacionou de forma íntima com a filosofia e a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126946-psicanalise-e-pseudociencia-livro-reacende-a-polemica-sobre-a-teoria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">psicanálise</a>.E se na exposição ficava visível como a histeria fazia parte desse movimento artístico, dotado de tantas nuances, definitivamente não era por acaso. Afinal, o mundo parecia estar impregnado dela naquele momento.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/29/29112746283068.jpg" alt="(Fonte: The Art Institute of Chicago/Reprodução)"><figcaption>Vista do hall principal da Exposição Internacional Surrealista. (Fonte: The Art Institute of Chicago / Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Uma relação entre a arte e a vida</h2>Apesar de inusitada, caótica e provocativa, a Exposição Internacional do Surrealismo foi considerada um marco. Em seu primeiro dia, três mil pessoas compareceram. O evento, visto como exagerado pela crítica, moldou o rumo da história da arte. E mesmo não tendo sido a primeira exposição surrealista, foi a mais expressiva de todas.Talvez parte do que ela tinha a oferecer acabou passando despercebido naquele período. Um olhar mais atento, inclusive, seria capaz de notar como algumas obras também apresentavam um forte viés político. O próprio espetáculo estava dominado por uma atmosfera sombria.E como pouco tempo depois, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122424-7-principais-e-datas-acontecimentos-da-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> eclodiu, pode-se dizer que a exposição foi a última grande pulsação do movimento, ameaçado pelo avanço dos regimes totalitários e pelo próprio andar do conflito.

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O que foi a Exposição Internacional do Surrealismo de 1938?

Monumento localizado no Espírito Santo foi inaugurado após o auge da pandemia da covid-19 e é maior que o Cristo Redentor

Estátuas religiosas estão entre as maiores do mundo. No Brasil, por exemplo, uma das mais conhecidas é o <a href="https://www.megacurioso.com.br/religiao/98580-tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-o-cristo-redentor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cristo Redentor</a>, mas outra promete ganhar ainda mais popularidade por conta de seu tamanho: o Grande Buda de Ibiraçu.Inaugurada em agosto de 2021, essa estátua está localizada Mosteiro Zen Budista de Ibiraçu, no Norte do Espírito Santo. Um de seus principais atributos é a altura, já que conta com 35 metros de altura e é considerada a segunda maior estátua dedicada à divindade no mundo, perdendo apenas para o Buda de Leshan, na China.<h2>Monumento estadual</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/05/05222131390002.jpg" alt="Grande Buda de Ibiraçu tem 35 metros de altura e pesa 350 toneladas. (Fonte: Mosteiro Zen/Divulgação)"><figcaption>Grande Buda de Ibiraçu tem 35 metros de altura e pesa 350 toneladas. (Fonte: Mosteiro Zen / Divulgação)</figcaption></figure></figure>O Grande Buda de Ibiraçu já é considerado um ponto turístico na cidade de Ibiraçu, já que está em uma área que pode ser visitada por qualquer pessoa, e em qualquer horário do dia. Além da altura gigantesca, essa também é uma obra pesada: por conta da estrutura feita de ferro, aço e concreto, ela pesa 350 toneladas.Sua visualização é facilitada pelo fato de estar em um ponto privilegiado, uma vez que fica às margens da BR-101. Segundo o mosteiro em que a obra está localizada, a estátua chega a receber cerca de 4 mil visitantes em um final de semana.Vale mencionar, inclusive, que o Grande Buda de Ibiraçu seria inaugurado em junho de 2020. Porém, a obra sofreu atraso e foi impactada por conta da pandemia da covid-19, adiando o momento de sua abertura para o público para agosto de 2021.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127026-quais-sao-as-10-estatuas-mais-altas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais são as 10 estátuas mais altas do mundo?</a></li></ul><h2>O que representa o monumento?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/05/05222242335003.jpg" alt="Visita ao Grande Buda de Ibiraçu é aberta ao público, e acontece a qualquer hora do dia. (Fonte: Mosteiro Zen/Divulgação)"><figcaption>Visita ao Grande Buda de Ibiraçu é aberta ao público, e acontece a qualquer hora do dia. (Fonte: Mosteiro Zen / Divulgação)</figcaption></figure></figure>O Grande Buda de Ibiraçu representa o Buda como um ser iluminado que está sentando sobre uma flor de lótus, que também funciona como pedestal de 3 metros de altura. Aliás, se considerarmos o pedestal do Buda e a estrutura de sustentação do Cristo Redentor, as duas estátuas alcançam a mesma marca de 38 metros de altura.Ao lado da <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/126789-a-verdade-por-tras-das-misteriosas-estatuas-da-ilha-de-pascoa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estátua</a> maior, é possível encontrar outras 15 estátuas meditativas de Buda, sendo que cada uma dessas mede 2,5 metros de altura.Um detalhe importante: da mesma forma como o Cristo Redentor, o Grande Buda de Ibiraçu também possui uma passagem interna. Há uma escada de ferro em seu interior que é utilizada apenas pelos funcionários do templo, e o seu último degrau dá acesso à mão da estátua.<h2>Qual é a maior estátua religiosa do Brasil?</h2>Atualmente, a maior estátua religiosa do Brasil fica em Santa Cruz, no Rio Grande do Norte. Ela é uma representação de Santa Rita de Cássia, e tem 56 metros de altura. Porém, essa obra será superada muito em breve, já que a cidade de São Miguel Arcanjo, no interior de São Paulo, está erguendo uma estátua de seu padroeiro que terá 57 metros de altura.

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Grande Buda de Ibiraçu: o maior monumento de Buda no Ocidente

Imagem de Por que Leonardo Da Vinci e Michelangelo eram rivais? no megacurioso

Existem registros de que os artistas odiavam um ao outro

<head></head><body>Registrados na década de 1540, escritos de Bernardo Vecchietti, importante patrono e membro do círculo de literatos dos Médici, oficializam a rivalidade histórica entre Leonardo Da Vinci e Michelangelo. A passagem escrita por Vecchietti descreve um encontro entre o pintor da Mona Lisa com seu rival enquanto passava pelos bancos públicos do Palazzo Spini Feroni, perto da Igreja de Santa Trinitá, em Florença, resultando em uma série de hostilizações entre os artistas.De acordo com Vecchietti, Michelangelo teria sido o mais cruel nas palavras, principalmente ao envergonhar e ridicularizar Da Vinci por ele fracassar ao tentar entregar o projeto de uma estátua de cavalo em tamanho natural encomendada pelo Duque de Milão, Ludovico Sforza, em meados de 1482. “E pensar que acreditaram em você”, teria dito Michelangelo.<h2>Gênios de mundos diferentes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20125855153190.jpg" alt="Michelangelo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Michelangelo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Os dois gênios não eram da mesma geração, tampouco compartilhavam do mesmo background social. Da Vinci nasceu em Anchiano, na Itália, em 1452, e era filho ilegítimo de um jovem advogado e de uma camponesa. Começou sua carreira como aprendiz de um pintor em Florença, desenvolvendo rapidamente habilidades excepcionais para a pintura, escultura, engenharia, anatomia e até ciência. Ele se tornou um dos símbolos do Renascimento, que aconteceu entre os séculos XIV e XVI, sobretudo após pintar A Última Ceia.Michelangelo, por outro lado, nasceu em 1475, em Caprese, de uma família de classe média, que não era nobre, mas também não era pobre. Seu pai, Lodovico Buonarroti, era um funcionário público com várias conexões em Florença, o que deu a ele alguns privilégios, principalmente para seguir a carreira nas artes – talento que manifestou desde muito jovem. Esse apoio, no entanto, não veio em grande parte de Lodovico, que via a arte como uma profissão indigna.O jovem Michelangelo ganhou notoriedade pela Itália quando terminou sua escultura de David, representando o herói bíblico que derrotou o gigante Golias com uma única pedra. A essa altura, ele já havia completado o seu Baco e a Pièta, em Roma.<h2>Gênios com visões diferentes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20130036008191.jpg" alt="Leonardo Da Vinci. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Leonardo Da Vinci. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Da Vinci entrou em contato com a obra de Michelangelo quando foi nomeado para uma comissão que determinaria onde colocar David. Após muita deliberação, a enorme escultura foi instalada na praça fora do Palazzo dela Signoria (atual Palazzo Vecchio), sede do corpo dirigente da República de Florença.Mas os caminhos dos artistas só se cruzaram mesmo no Salone dei Cinquecento ao serem contratados, em 1503, para um grande projeto no salão espaçoso. Michelangelo pintaria um afresco da Batalha de Cascina, travada contra os pisanos em 1364, enquanto Da Vinci faria uma tela de 7 a 18 metros de altura para representar a Batalha de Anghiari, de 1440. O afresco adjacente de Michelangelo deveria complementar a pintura de Da Vinci, e desenhos sobreviventes para o projeto demonstram a divergência em visão do que a arte deveria ser para cada um dos artistas.Da Vinci queria retratar um conflito bestial de soldados montados a cavalos selvagens, com muita poeira e fumaça no ar, flechas chovendo de várias direções, homens lutando por suas vidas na água e na lama viscosa. Era para ser dramático, intenso e fílmico. A síntese do naturalismo.&nbsp;<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20130137906192.jpg" alt="Esboço da Batalha de Anghiari, por Da Vinci. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)">Esboço da Batalha de Anghiari, por Da Vinci. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)Michelangelo, no entanto, já acreditava que o trabalho deveria retratar um momento de alarme humano, de medo, fragilidade e de assalto, exatamente como aconteceu quando os soldados banhistas saíram nus das águas ao serem alertados por um grito de urgência de que o inimigo estava prestes a atacar.Os historiadores de arte apontam que é nítido como os artistas discordaram, não só pelo tempo demorado para começar o projeto – que nunca saiu do papel – quanto pelo embate de visões. Se as obras tivessem se concretizado, teríamos sido agraciados com dois tipos de duelos na mesma imagem: o humano, da batalha que aconteceu; e o filosófico, de homens que enxergavam os acontecimentos do mundo por lentes diferentes.No final das contas, Michelangelo foi convocado para trabalhar para o papa em 1505, e Da Vinci informado pelas autoridades de Florença de que deveria retornar à Milão.</body>

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Por que Leonardo Da Vinci e Michelangelo eram rivais?

Imagem de Antiga estátua, perdida há mais de 2 mil anos, é localizada na Turquia no megacurioso

Estátua de 'Musas Dançantes' foi encontrada na Turquia; obra de Philiskos ficou perdida por mais de 2 mil anos

<head></head><body>Há mais de 2 mil anos, as estátuas de "musas dançantes" desapareceram. A obra teria sido construída pelo escultor Philiskos, que viveu no século II a.C., e ficou conhecido por dar forma a diversos deuses e criaturas mitológicas.Inclusive, muitas outras réplicas dessa famosa peça foram reproduzidas ao longo do tempo, e segundo o Ministério da Cultura e do Turismo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121766-maior-cidade-subterranea-do-mundo-e-descoberta-na-turquia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Turquia</a>, agora é possível afirmar que a estátua original foi finalmente encontrada.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/27/27090426396015.jpg" alt="(Fonte: Stratonikeia ve Lagina Kazisi/Reprodução)">(Fonte: Stratonikeia ve Lagina Kazisi/Reprodução)<h2>Estátua estava desaparecida há 2175 anos</h2>Segundo o órgão, a antiga obra que celebra a influência helenística foi desenterrada após permanecer desaparecida por 2175, gerando bastante surpresa em meio aos trabalhos de escavação que estavam sendo conduzidos.A descoberta, noticiada pelo Daily Sabah, ocorreu na antiga cidade de Stratonikeia, famosa pelas suas construções em mármore e que também ficou conhecida como a "cidade dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121723-6-curiosidades-desconhecidas-sobre-os-gladiadores-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gladiadores</a>".<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/27/27094434002033.jpg" alt="(Fonte: Stratonikeia ve Lagina Kazisi/Reprodução)">(Fonte: Stratonikeia ve Lagina Kazisi/Reprodução)Atualmente, o local faz parte da aldeia de Eskihisar, na província de Mugla, na Turquia. Por lá, há também há outros grandes santuários, sendo um deles dedicado a Zeus. Os arqueólogos encontraram a escultura de musas dançantes em um dos antigos complexos termais, onde a população tomava banho.As imagens da obra evidenciam que a estátua apresenta alguns danos, e está sem a parte da cabeça e os braços. Ainda assim, a maior parte da sua estrutura se manteve preservada e resistiu à passagem do tempo.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/27/27090505083016.jpg" alt="(Fonte: Stratonikeia ve Lagina Kazisi/Reprodução)">(Fonte: Stratonikeia ve Lagina Kazisi/Reprodução)<h2>O significado das Musas Dançantes</h2>Acredita-se que as Musas Dançantes seriam uma referência às musas que surgiram como fruto do amor entre Zeus e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112215-gaia-saiba-mais-sobre-o-fascinante-e-louco-mito-da-deusa-mae.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mnemosine</a>. Ao total, seriam nove as esculturas, mas nenhuma das outras musas teria sido encontrada até então.Por outro lado, réplicas já foram localizadas na cidade de Perge, também pertencente ao território turco, e em Rodes, na Grécia, local onde o próprio Philiskos teria nascido.Inclusive, não havia sequer expectativa que a obra original ou qualquer outra estátua de Philiskos pudesse ser localizada. Felizmente, as escavações levaram a um caminho diferente e o trabalho do famoso escultor poderá ser apreciado nos tempos atuais, mantendo preservado o seu grande valor histórico-cultural.Ainda segundo o Ministério da Cultura e do Turismo da Turquia, assim que os trabalhos de restauração da famosa peça forem concluídos, a estátua recém-descoberta deverá ser exposta ao público no Museu Mugla.</body>

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