Ciência
24/05/2023 às 13:00•2 min de leitura
O termo queer é usado para representar todas as pessoas que não se identificam com os padrões sociais designados para identificar gênero ou orientação sexual. Se esta palavra parece relativamente nova para você, saiba que há muitas personalidades históricas que poderiam perfeitamente ser entendidas como queer. Neste texto, trazemos 4 exemplos famosos dessa comunidade.
(Fonte: Escola Educação)
Na mitologia grega, Aquiles foi um herói que participou da famosa Guerra de Troia. Ele é o protagonista da Ilíada, de Homero, e conhecido por ter apenas um ponto fraco no seu corpo: o calcanhar.
Há muito tempo, os estudiosos se perguntam sobre a sexualidade de Aquiles. Platão, por exemplo, via Aquiles como o eromenos (o amante adolescente) de Pátroclo, por quem era apaixonado.
Na Ilíada, Aquiles e Pátroclo não são explicitamente apresentados como amantes, mas são inseparáveis. Aquiles canta para ele, cuida de suas feridas e eles compartilham a mesma tenda. Quando Pátroclo morre durante uma batalha, Aquiles se levanta em uma vingança contra Heitor, o homem que “matou aquele a quem tanto amava”.
Recentemente, o romance A Canção de Aquiles, de Madeline Miller ficou famoso ao criar uma releitura gay dessa relação mitológica.
(Fonte: Tricurioso)
A heroína francesa Joana D'Arc pode ser vista como transgênero ou crossdesser. Embora tenha morrido nas mãos da Igreja Católica como mulher, seu gênero era bem mais complexo.
Joana D'Arc usava cabelo curto e só vestia como homem, embora as pinturas que foram feitas sobre ela enfatizem características tidas como femininas, como saias, vestidos e até maquiagem. Mas estudiosos ressaltam que sua imagem seria mais próxima de um cavaleiro.
Quando tinha 17 anos, Joana D'Arc liderou um exército de 10 mil homens e ajudou a terminar a Guerra de Cem Anos, para depois ser traída pela França. O governo via Joana como uma possível ameaça ao seu poder. Então, quando ela foi capturada pelos ingleses, os franceses se recusaram a pagar seu resgate.
O rei inglês Henrique VI denunciou o travestismo de Joana D'Arc e a jogou na mão dos católicos para que morresse na Inquisição, ou então optasse por outro castigo: viver numa masmorra, em roupas de mulher, comendo apenas pão e água. Joana voltou a se vestir de homem e foi finalmente queimada.
(Fonte: 12min)
Em 2020, estudiosos de Shakespeare analisaram seus sonetos e concluíram que ele pode ter sido bissexual. Segundo eles, o conteúdo sexual deste material mostraria que ele teria tido casos com homens e mulheres durante os 34 anos em que foi casado com Anne Hathaway.
As provas são trechos desses poemas. No Soneto 52, por exemplo, Shakespeare estaria escrevendo para um amante masculino: “Para fazer algum instante especial-abençoado,/Através de uma nova revelação de seu orgulho aprisionado”. A expressão "orgulho aprisionado" seria um eufemismo para ereção. Além disso, há muitos personagens em sua obra que são gays, bissexuais ou mudam de gênero durante as peças.
(Fonte: Gay Blog)
Não há muitos registros sobre a vida pessoal de Leonardo Da Vinci - ele valorizava a própria privacidade. Contudo, sabe-se que, aos 23 anos, ele foi acusado pelo governo de fazer sexo com um homem. Aparentemente, ele se entregou para a polícia após ser acusado desse "crime".
Há muitos rumores e imaginação sobre a vida sexual do gênio. Até Freud, ao olhar as anotações de Leonardo Da Vinci, sugeriu um triângulo amoroso do pintor com seus dois assistentes masculinos, Salaí e Francesco. Ambos, inclusive, foram modelos para as suas obras.
Em uma biografia de Da Vinci, o jornalista Walter Isaacson afirma não haver dúvida de que o mestre da pintura era gay. Segundo escreve, ele teria muito orgulho de sua orientação sexual e não escondia isso.