Ciência
12/06/2023 às 04:00•2 min de leitura
Ao longo da história, a humanidade passou por diferentes momentos em que a vida foi mais ou menos agradável. Embora a Idade Média tenha sido um momento de crescimento científico e tenha aberto a porta para a circulação de pessoas — e, consequentemente, de suas culturas —, esse também foi um período particularmente complicado.
Com guerras acontecendo com certa frequência, doenças se espalhando rapidamente e uma terrível perseguição religiosa, quem nasceu durante a Idade Média não teve uma vida fácil. Abaixo, você pode ver cinco motivos que provam isso.
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A peste bubônica chegou à Europa em 1347 e não demorou muito para causar um impacto enorme na vida das pessoas. As estimativas são de que cerca de 20 milhões de pessoas tenham morrido, o que representava quase metade da população europeia na época. Com uma taxa de sobrevivência de apenas 10%, a Peste causou uma mudança profunda na sociedade europeia, fragmentou famílias e deixou as pessoas isoladas.
Mas ela foi apenas uma das muitas doenças que surgiram na época. Junto com a falta de higiene básica e de um sistema de saneamento adequado, tuberculose, lepra e cólera também conseguiram se espalhar pelo continente, deixando a vida das pessoas ainda mais difícil.
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Quando uma pessoa não estava se preocupando com as doenças que poderiam matá-la, era possível que essa preocupação fosse redirecionada às constantes guerras. Isso valia também para os nobres, que quando queriam evitar lutar, tinham que pagar grandes quantias em dinheiro. É claro que esse privilégio não valia para os camponeses pobres. Sem treinamento militar, eles costumavam ser convocados pelos proprietários de terras e liderados por cavaleiros experientes, o que nem sempre ajudava nas batalhas.
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Doentes e feridos (seja pela Peste, por guerras ou qualquer outro motivo) precisavam de tratamentos, mas na Idade Média, a medicina estagnou — e até mesmo regrediu. Diferente do que civilizações anteriores — como os egípcios e os gregos — buscavam fazer, na Idade Média muitas doenças eram atribuídas a causas sobrenaturais.
A astrologia era utilizada para definir os diagnósticos, o que deixava o tratamento mais incerto, e a falta de conhecimento sobre o corpo humano e o uso limitado de anestésicos tornavam as cirurgias ainda mais perigosas. Os riscos de infecção e morte eram altos, e a medicina medieval levou algum tempo até começar a ter avanços significativos.
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A Pequena Era do Gelo foi um período de resfriamento significativo que ocorreu por vários séculos a partir do ano 1300. A temperatura caiu cerca de 1,5 °C, o suficiente para congelar rios e portos, e destruir colheitas. E como o frio só começou a diminuir durante o século XIX, não eram raros os casos de cidades e vilas onde ocorreram mortes em massa. O evento foi atribuído a causas supersticiosas na época, como a ira divina e a influência de bruxas, agravando a perseguição religiosa e a violência durante o período.
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E falando em perseguição religiosa, a Igreja Católica também foi um fator que tornava a vida complicada durante a Idade Média. Com um poder imenso, ela dominava todos os aspectos da sociedade europeia. O papa, como líder da igreja e representante de Deus, possuía um poder que rivalizava com o dos monarcas europeus, podendo convocar cruzadas que resultaram em inúmeras mortes.
Além disso, as minorias religiosas enfrentavam perseguição e ameaças constantes devido à sua fé impopular, já que a diversidade religiosa era arriscada na época. A adoração era fortemente influenciada pelo poder da igreja, com consequências graves para quem desafiava essa autoridade.