Estilo de vida
20/11/2024 às 05:00•2 min de leituraAtualizado em 20/11/2024 às 05:00
Muitas pessoas ainda se agarram a um mito que faz parte da tradição bíblica, acreditando que os homens têm uma costela a menos que as mulheres. Essa ideia remonta à narrativa de Adão e Eva, onde se diz que Eva foi criada a partir de uma costela de Adão. No entanto, a ciência desmantela esse mito de forma clara e convincente: a vasta maioria dos seres humanos possui 12 pares de costelas, totalizando 24, independentemente do sexo.
É hora de desmistificar essa crença popular e entender mais sobre a anatomia humana.
As costelas, que desempenham papéis essenciais em nosso corpo, são mais do que simples ossos; elas formam uma estrutura complexa que protege órgãos vitais como coração e pulmões, ao mesmo tempo que permite a flexibilidade necessária para a respiração.
As primeiras sete costelas de cada lado são conhecidas como "costelas verdadeiras", pois se fixam diretamente ao esterno através de cartilagem. As cinco costelas seguintes são chamadas de "costelas falsas", que, embora também estejam ligadas às vértebras, se conectam ao esterno de forma indireta.
As últimas duas costelas, conhecidas como "costelas flutuantes", não estão fixadas ao esterno e se conectam apenas à coluna vertebral, proporcionando ainda mais flexibilidade à estrutura torácica.
No entanto, existem exceções a essa regra anatômica. Algumas pessoas nascem com costelas extras, conhecidas como costelas supranumerárias, ou com menos de 24 costelas, uma condição chamada agenesia das costelas.
A anomalia mais comum é a costela cervical, uma costela extra que surge na última vértebra do pescoço e afeta entre 0,5% e 1% da população. Embora geralmente não cause sintomas, pode gerar desconforto em alguns casos devido à pressão sobre nervos ou vasos sanguíneos, resultando na síndrome do desfiladeiro torácico. Essas variações são raras e não têm relação com a narrativa bíblica.
A crença de que homens têm menos costelas do que mulheres pode ser reforçada por mal-entendidos e perpetuada por anedotas e lendas urbanas. Em um estudo sobre fetos, descobriu-se que a grande maioria apresenta o número padrão de costelas, e as variações são exceções que não têm relação com o sexo. O mito não é apoiado por líderes religiosos de qualquer denominação e não reflete a realidade da anatomia humana.
Ademais, as costelas não são apenas um conjunto de ossos; elas têm funções específicas. Elas protegem os órgãos do tórax e garantem espaço suficiente para os pulmões se expandirem durante a respiração. A flexibilidade da cartilagem costal permite que a caixa torácica se mova livremente, o que é crucial para um funcionamento respiratório adequado.
Também é interessante notar que, ao contrário do que muitos pensam, as costelas flutuantes, que ficam na parte inferior da caixa torácica, ajudam a proteger a área ao seu redor.
Desde os primórdios da anatomia moderna, alguns estudiosos desafiaram o mito de que homens têm menos costelas. O conhecimento científico avançado confirma que variações no número de costelas são raras e podem ocorrer em qualquer pessoa, independentemente do sexo.
Quando ouvir o mito de que homens têm uma costela a menos que mulheres, lembre-se: a anatomia humana é mais uniforme do que essa história sugere. As variações nas costelas são raras exceções, e o conhecimento científico é fundamental para entender melhor o nosso corpo.