5 das crenças e fatos mais curiosos sobre a Antiguidade

19/06/2024 às 10:003 min de leituraAtualizado em 19/06/2024 às 10:00

Olhar para o passado com a lente do presente gera, no mínimo, boas risadas. Isso ocorre porque ainda estamos tomando conhecimento sobre a vida em tempos antigos, seus hábitos e costumes. E quanto mais olhamos para trás, mais incomuns algumas crenças, fatos e comportamentos se tornam para nós.

Remédios mirabolantes, possibilidades de curas milagrosas e até mesmo estratégias de combate que pareciam o ápice da modernidade se mostraram não somente ultrapassadas, mas equivocadas. Outras, no entanto, chamam a atenção justamente por sua excentricidade, ou por nos fazerem ver a história por outro ângulo.

1. O delineador mágico dos egípcios contra a conjuntivite

Egípcios acreditavam que o lápis escuro nos olhos os protegeria de conjuntivite. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)
Egípcios acreditavam que o lápis escuro nos olhos os protegeria de conjuntivite. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)

Você já deve ter notado em filmes, pinturas ou nas peças históricas da época que os antigos egípcios tinham o costume de estar com seus olhos contornados por uma espécie de lápis preto. Essa característica está mais associada a uma falsa promessa de proteção do que pelo senso estético, como muita gente acredita. Os egípcios eram suscetíveis a desenvolver casos graves de conjuntivite.

Para prevenir que isso ocorresse, foi desenvolvido uma espécie de delineador que recebia as bênçãos de Hórus, deus dos céus e dos vivos. Tirando a parte mística e religiosidade do produto, a criação se mostrou eficaz, segundo pesquisas modernas indicam.

De acordo com alguns estudos, funcionou porque os antigos egípcios encontraram uma fórmula que atuava contra a conjuntivite, a partir do uso de chumbo – o que hoje, sabemos, causa um enorme risco de envenenamento. Os sais de chumbo continham propriedades antimicrobianas que, quando aplicados no delineador, evitavam que bactérias nocivas atacassem os olhos.

2. A cerveja veio antes do pão

Descobertas recentes mostraram que desenvolvemos a cerveja antes do pão. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)
Descobertas recentes mostraram que desenvolvemos a cerveja antes do pão. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)

Os primeiros seres humanos da espécie Homo sapiens eram caçadores-coletores, e assim permaneceram por milhares de anos, até que alguns indivíduos domesticaram plantas e animais, tornando-se fazendeiros e agricultores.

O período compreendido até que a maioria deles adotasse a agricultura foi curto, e por muito tempo acreditou-se que isso se deu em função da fabricação do pão. No entanto, pesquisas recentes demonstraram que a cerveja veio antes do pãozinho nosso de cada dia.

Arqueólogos encontraram evidências que mostram que, há 13 mil anos, havia uma extensa operação para a fabricação de cerveja. Esta descoberta modificou o olhar da ciência para as razões que teriam incentivado os humanos a se estabelecerem em comunidades agrícolas permanentes, dando origem à civilização.

3. A obstinação romana foi fundamental ao império

A tenacidade e bravura dos romanos se juntaram a outra característica: obstinação. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)
A tenacidade e bravura dos romanos se juntaram a outra característica: obstinação. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)

Algumas das principais características atribuídas aos antigos romanos eram a sua disciplina militar, tenacidade e persistência em tempos de guerra. Pesquisas feitas ao longo dos anos demonstraram como foi fundamental ao Império Romano a obstinação de seus integrantes, muito mais do que a genialidade deles.

Roma perseguia seus inimigos de modo incansável, tendo grande capacidade de mobilizar e equacionar seus recursos para que o inimigo fosse subjugado. Não à toa, muitos combates que envolviam os soldados do império costumavam durar anos. Os generais romanos estavam sempre confiantes de que, em algum instante, o adversário fraquejaria.

4. São Nicolau e seu passado valentão

Personalidade associada à figura do Papai Noel, São Nicolau sabia ser valentão. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)
Personalidade associada à figura do Papai Noel, São Nicolau sabia ser valentão. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)

Um dos principais nomes associados à criação do mito do Papai Noel é o de São Nicolau de Mira. Popular tanto nas igrejas ocidentais quanto orientais, ele foi descrito em relatos como um homem generoso, nascido rico, que usou seu dinheiro para auxiliar as pessoas menos afortunadas. Contudo, além dos milagres atribuídos a ele, também existem histórias que mostram um lado menos fofo do Papai Noel.

Durante o Concílio de Niceia, que determinou aspectos centrais da natureza divina de Jesus e sua relação com Deus, além de definir detalhes como a época de celebração da Páscoa, Nicolau, um dos bispos presentes, partiu para a briga para resolver uma discussão com um padre de nome Ário.

Acusado de heresia, o padre defendia seus argumentos quando irritou os presentes, entre eles Nicolau, que interrompeu o discurso do clérigo com um soco na face. Resultado? Papai Noel perdeu o bispado e acabou preso por um período.

5. A forma antiga de encarar a homossexualidade

A homossexualidade era vista de forma mista na Grécia Antiga. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)
A homossexualidade era vista de forma mista na Grécia Antiga. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)

É sabido que, na Grécia e na Roma antigas, as pessoas eram mais tolerantes em relação aos relacionamentos homossexuais entre homens, ainda que não em sua totalidade. O sexo entre dois homens carregava menos estigma para quem estava no topo da hierarquia social, ou para quem penetrava, enquanto o indivíduo penetrado era, frequentemente, vítima de insultos. 

Outro aspecto que não era bem visto à época envolve comportamentos mais associados às mulheres: os homens compreendidos como femininos colocavam em risco a sua posição social. Acredita-se que, por essa razão, greco-romanos focassem em se mostrar como pessoas duronas e viris.

Um fato curioso diz respeito à formação de uma tropa de elite formada por 150 casais homossexuais, a Banda Sagrada de Tebas. Historiadores apontam que a formação do grupo levou em conta que os militares lutariam ferozmente para proteger seus amantes e evitar a desonra de serem derrotados.

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