Diferente do que você pode pensar, os influencers não surgiram com a internet.

O termo influenciador está muito na moda, não é mesmo? E quando pensamos nessa "profissão", rapidamente visualizamos pessoas jovens mostrando seu dia a dia ou vendendo produtos em postagens do Instagram, ou do TikTok.Mas vale a pena saber que não necessariamente os influenciadores surgiram com a internet. Antes das mídias sociais, homens e mulheres conhecidos na história estava na moda e eram capazes de influenciar a opinião de muita gente, sendo copiados de muitas formas. Por isso, esses personagens poderiam ser considerados, talvez, os primeiros influencers do mundo.<h2>1. Rainha Elizabeth I</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30193536925176.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A Rainha Elizabeth I fez as mulheres começarem a usar maquiagem. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A Rainha Elizabeth I escapou por pouco da morte: em 1563, ela contraiu varíola e por pouco não partiu dessa para a melhor. Ao sobreviver, ela ficou com cicatrizes no corpo todo. Por conta disso, ela começou a difundir uma tendência que segue até hoje: a ideia de usar maquiagem para cobrir manchas e outras falhas no rosto.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121095-6-curiosidades-sobre-elizabeth-i-a-ultima-monarca-tudor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 curiosidades sobre Elizabeth I, a última monarca Tudor</a></li></ul>Ela fez isso preparando uma mistura de chumbo e vinagre que criou com uma pasta branca, e que era aplicada regularmente no seu rosto. Embora a rainha fizesse isso por conta das cicatrizes, não demorou para que muitas mulheres passassem a copiá-la.&nbsp;A tendência se tornou tão forte que se espalhou entre as diferentes classes sociais. Dessa forma, ter um rosto perfeitamente branco passou a simbolizar juventude e riqueza – e o fascínio pela maquiagem só cresceu desde então.<h2>2. Giuseppe Garibaldi</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30193600153178.jpg" alt="x"><figcaption>Giuseppe Garibaldi fez circular uma moda de camisas vermelhas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Giuseppe Garibaldi foi um general e guerrilheiro italiano, que ficou muito conhecido no Brasil por conta de sua participação em conflitos na Europa e aqui na América do Sul. Pode parecer difícil de acreditar, mas esse militar teve grande influência na... moda.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118229-giuseppe-garibaldi-o-heroi-italiano-que-lutou-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Giuseppe Garibaldi, o herói italiano que lutou no Brasil</a></li></ul>É verdade. Ao comandar seu pequeno exército, ele equipou os soldados com camisetas vermelhas largas ao invés de um uniforme (que, na verdade, eles não tinham). Como o general era muito admirado, as pessoas começaram a adorar as camisas vermelhas que seus homens usavam enquanto lutavam tão bravamente.Por consequência, as mulheres na Itália começaram a vestir essas mesmas camisas vermelhas para demonstrar apoio à sua causa. E isso fez que a “camisa Garibaldi” logo se difundisse e, anos depois, se tornasse frequente nas revistas de moda.<h2>3. Rei Luís XIV&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30193614287179.jpg" alt="x"><figcaption>Rei Luís XIV fez os homens começarem a usar perucas espalhafatosas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O Rei francês Luís XIV difundiu uma moda: o uso de perucas estilosas. Isso porque ele mesmo tinha, no alto de sua cabeça, uma verdade juba de fios negros que logo se tornou o novo padrão de beleza para os membros da família real em toda a Europa.&nbsp;<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121950-como-a-cirurgia-de-hemorroidas-de-luis-xiv-mudou-a-medicina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como a cirurgia de hemorroidas de Luís XIV mudou a Medicina</a></li></ul>Muitos aristocratas europeus resolveram copiar o estilo do rei francês. Só que nem todos eles tinham cachos grossos, e muitos estavam ficando calvos. Isso fez com que as perucas se tornassem a moda para os homens de alta classe.O Rei Carlos II da Grã-Bretanha, por exemplo, começou a usar uma peruca a partir de 1663 para esconder o seu cabelo grisalho. O mais engraçado é que, a partir de 1673, o próprio Luís XIV começou a perder seus cabelos e precisou, ele mesmo, usar cabelos artificiais.<h2>4. William Dorsey Swann</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30193708321181.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>William Dorsey Swann foi a primeira pessoa a assumir-se como drag queen.(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 1888, um homem chamado William Dorsey Swann organizou um baile drag na cidade de Washington. Ele já organizava esse tipo de evento há muito tempo, mas aquele em específico foi invadido pela polícia. Consequentemente, os convidados fugiram, mas Swann ficou para trás, foi preso e autuado.Como os jornais cobriram toda a história, ele ficou conhecido como drag queen&nbsp;– e foi a primeira vez que esse termo foi usado publicamente. Swann se tornou uma celebridade que organizava bailes sem nenhum tipo de vergonha. Por isso, talvez-se possa-se dizer que Swann foi o primeiro influenciador LGBTQIA+ conhecido na cultura gay.

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4 personagens históricos que foram verdadeiros "influencers"

Pesquisas têm mostrado que meditar nem sempre traz só efeitos positivos para as pessoas.

A meditação é uma prática oriental que tem sido muito popularizada no Ocidente nos últimos anos. E dá bem para entender o porquê. Afinal, do lado de cá do mundo, com a nossa vida estressante e cheia de problemas, esta técnica parece ser muito desejável: além de prometer melhorar a nossa saúde mental, ela também é gratuita.Mas acontece que, com o aumento do interesse das pessoas, aumentam também as pesquisas científicas sobre o tema. E algumas delas têm mostrado que até a meditação tem o seu lado sombrio.<h2>O que é a meditação?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30232936329001.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A meditação é conhecida na Índia há pelo menos 1.500 anos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A meditação é uma prática que envolve o uso de técnicas que ajudam a focar a mente e o corpo, no intuito de alcançar um estado de calma e bem-estar. A ideia é que a pessoa volte-se para dentro de si mesma, desligando-se por um tempo do mundo externo.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128506-como-treinar-e-melhorar-sua-leitura-em-apenas-5-minutos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">como treinar e melhorar sua leitura em apenas 5 minutos?</a></li></ul>Os primeiros registros sobre a meditação foram encontrados na Índia, e têm mais de 1.500 anos. A primeira escritura encontrada veio de uma comunidade budista e descreve várias práticas. Mas, além disso, há também relatos de sintomas de depressão e ansiedade que podem ocorrer após a meditação, e mesmo algumas anomalias cognitivas associadas a episódios de psicose, dissociação e despersonalização.Agora, o que os estudos mais recentes estão mostrando é que esses efeitos são mais comuns do que se pode imaginar.&nbsp;<h2>Os possíveis efeitos da meditação</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30233021914002.jpg" alt="x"><figcaption>A meditação pode criar efeitos mentais negativos em algumas pessoas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Um estudo feito nos Estados Unidos em 2022, com uma amostra de 953 pessoas que meditavam regularmente, mostrou que mais de 10% dos participantes experimentaram efeitos adversos ou tiveram, depois de meditar, um impacto negativo significativo em sua vida cotidiana que durou pelo menos um mês.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/26467-pesquisa-confirma-meditar-aumenta-as-capacidades-de-memoria-concentracao-e-de-produtividade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pesquisa confirma que meditar aumenta as capacidades de memória, concentração e de produtividade</a></li></ul>Já outra revisão bibliográfica publicada em 2020 constatou que os efeitos adversos mais comuns são ansiedade e depressão. Essas questões podem ser associadas a sintomas psicóticos ou delirantes, dissociação ou despersonalização e medo ou terror.A pesquisa também observou que os efeitos adversos podem ocorrer mesmo em pessoas sem problemas anteriores de saúde mental, mas que tiveram apenas uma exposição moderada à meditação. E pior: podem levar a sintomas duradouros.Só que uma questão importante aqui é que nada disso é novidade. Em 1976, um pesquisador chamado Arnold Lazarus, que era uma figura-chave no movimento da ciência cognitivo-comportamental, disse que a meditação, se fosse usada indiscriminadamente, poderia induzir "sérios problemas psiquiátricos, como depressão, agitação e até descompensação esquizofrênica".<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124913-6-beneficios-da-meditacao-cientificamente-comprovados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 benefícios da meditação cientificamente comprovados</a></li></ul>E há também a crítica crescente de que muitos dos profissionais que promovem o mindfulness (uma técnica específica de meditação baseada na atenção plena), como os coaches, transformaram a prática em uma espécie de "espiritualidade capitalista". Já há até números: nos Estados Unidos, o mercado da meditação soma US$ 2,2 bilhões.A discussão que se prenuncia cada vez mais é que, sim, as práticas de meditação e mindfulness podem agregar muita qualidade de vida em um mundo tão corrido. Mas é preciso ter sempre um acompanhamento especializado para que isso não acarrete mais em problemas do que em solução.

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Meditação: o lado obscuro que ninguém conta

O estilo gótico ficou muito popular nos anos 1980, mas angaria adeptos até hoje. 

O gótico surgiu como um estilo importante na história da arte, muito predominante na Europa na Idade Média, que era visto frequentemente na arquitetura das catedrais. Já no século 21, ele se tornou tão relevante que começou a definir toda uma subcultura.Os góticos passaram a ser definidos como pessoas com ares melancólicos e apreço por roupas escuras, que encontram beleza em coisas que outras pessoas podem considerar mórbidas ou deprimentes. E há muita gente (inclusive no Brasil) que se identifica com o estilo. Vejamos a seguir 10 fotos marcantes que retratam fielmente o estilo de vida gótico.<h2>1. Gosto por vampiros</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05190926011344.jpg" alt="(Fonte: Reddit / Reprodução)"><figcaption>Esse jovem parece sedento para se parecer com um vampiro. (Fonte: Reddit / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Muitos góticos têm apreço por figuras mitológicas sombrias, como os vampiros. Nesta foto de 1983, um homem, com o rosto maquiado de branco e olhos escuros, posa ao lado de uma imagem vampiresca.&nbsp;<h2>2. Uma gótica de Chicago</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05191118570345.jpg" alt="x"><figcaption>O estilo pálido de quem parece ter visto um fantasma é uma constante entre os góticos. (Fonte: Reddit / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O estilo gótico invadiu a música, gerando grandes ícones como a cantora Siouxsie Sioux, da banda Siouxsie and the Banshees. Nesta imagem dos anos 1980, uma mulher de Chicago veste-se como ela, com trajes inteiramente pretos, cabelo preto arrepiado e maquiagem carregada.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106394-conheca-7-incriveis-catedrais-do-estilo-gotico-na-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 incríveis catedrais do estilo gótico na Europa</a></li></ul><h2>3. A atriz Christina Hendricks</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05191500557346.jpg" alt="x"><figcaption>Christina Hendricks parece muito diferente nesta foto da Joan Holloway da série Mad Men.&nbsp;(Fonte: Reddit / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A atriz americana Christina Hendricks (famosa pela série&nbsp;Mad Men), teve sua fase mais gótica durante a juventude. Não guarda qualquer semelhança com a personagem Joan Holloway dos anos 1960 que ela encarnaria anos mais tarde – época em que ela receberia o título da revista Esquire de "mulher mais sexy do mundo".<h2>4. Papai Noel também ama os góticos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05191649835349.jpg" alt="X"><figcaption>Góticos também curtem uma foto com o bom velhinho. (Fonte: Reddit / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Nesta foto, provavelmente feita de zoeira, quatro jovens dos anos 1990, com camisetas do cantor Marilyn Manson, posam alegres (ou não?) ao lado do Papai Noel em um shopping americano. O bom velhinho nem parece constrangido!<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126731-os-6-melhores-romances-goticos-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os 6 melhores romances góticos de todos os tempos</a></li></ul><h2>5. Góticos fumantes na Iugoslávia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05204302748020.jpg" alt="x"><figcaption>A "febre" gótica circulou em todas as partes do mundo. (Fonte: Reddit / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Nos anos 1980, esses jovens góticos na Iugoslávia foram flagrados tranquilamente fumando um cigarro. Curiosidade: o país existiu até 1992, quando foi dividido em seis nações: Croácia, Eslovênia, Bósnia e Herzegovina, Sérvia, Macedônia e Montenegro.<h2>6. A Miss Vampira</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05204525235022.jpg" alt="x"><figcaption>Essa miss "vampira" não parece estar feliz com o seu título. (Fonte: Reddit / Reprodução)</figcaption></figure></figure>E que tal uma miss gótica? Foi o caso dessa "Miss American Vampire", adornada com sua roupa preta (claro!) e uma feição algo melancólica, muito diferente das típicas misses – mas totalmente condizente com a sua cultura.<h2>7. A banda Sisters of Mercy</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05204704273024.jpg" alt="x"><figcaption>The Sisters of Mercy existem até hoje e seguem influenciando muita gente. (Fonte: Reddit / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Formada em 1980, a banda inglesa The Sisters of Mercy, da cidade de Leeds, foi um grande ícone gótico da música por muitos anos. Curiosamente, os artistas nunca gostaram de receber este rótulo.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/esculturas/101722-fora-de-lugar-5-esculturas-inusitadas-descobertas-em-catedrais-goticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 esculturas inusitadas descobertas em catedrais góticas</a></li></ul><h2>8. Góticas com adereços meio inusitados</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05204926569025.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>Devia doer tocar sem querer nesse colar. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Dentro do estilo gótico, cabem vários adereços de metal e com uma temática algo agressiva. Nessa foto, tirada, em algum momento da década de 1980, a jovem adorna o pescoço com uma gargantilha com spikes, que são essas pontas metalizadas.<h2>9. A musa Siouxsie Sioux&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05205138356026.jpg" alt="x"><figcaption>Siouxsie Sioux brilha até hoje como musa gótica. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A cantora e compositora Siouxsie Sioux é uma das mais influentes e cultuadas entre os góticos. Nascida Susan Janet Ballion, a musa britânica já foi citada como referência por outras estrelas da música, como PJ Harvey, Sinead O'Connor, Courtney Love, Dolores O'Riordan (do Cranberries), Charli XCX, St. Vincent e Florence Welch (da banda Florence + the Machine). Aqui, ela aparece em um registro de novembro de 1980.<h2>10. Robert Smith, do The Cure, é um "guru" do movimento gótico</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05205542899027.jpg" alt="x"><figcaption>Robert Smith usa esse penteado até hoje. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O vocalista e guitarrista da banda The Cure, o inglês Robert Smith, é uma das grandes figuras dentro da música gótica. Ironicamente, ele também evitou por muito tempo se vincular ao estilo, mas não teve como escapar.Curiosidade: Robert Smith também foi guitarrista e membro da banda Siouxsie and the Banshees entre 1982 e 1984. &nbsp;&nbsp;

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10 imagens góticas que impactaram o mundo

Em várias culturas, regras bem estranhas foram seguidas nas interações sociais.

As regras de etiqueta social mudam com o tempo e também segundo a cultura de cada lugar. Ou seja, o que é considerado educado em certo lugar pode não ser ao outro.Como elas mudam constantemente, muitas regras sociais nas culturas e civilizações antigas hoje podem parecer bem estranhas aos nossos olhos do presente. Não dá nem para entender por que as pessoas cogitaram fazer essas coisas, mas o fato é que essas fascinantes regras de etiqueta realmente existiriam em algum momento da história.<h2>1. Na Índia, não se podia comer com a mão esquerda</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/01/01195645507006.jpg" alt="(Fonte: Food Republic / Reprodução)"><figcaption>Comer com a mão esquerda na Índia pegava muito mal. (Fonte: Food Republic / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na Índia antiga, fazia-se uma distinção muito rígida entre a mão direita e a esquerda, com uma forte conexão com as práticas religiosas hindus. A mão esquerda era reservada para tarefas consideradas impuras, como a higiene pessoal. Já a mão direita era destinada às refeições, que eram mais do que apenas comer, mas sim verdadeiros rituais comunitários que reforçavam os laços entre as pessoas e com a sua religião.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/103541-7-coisas-sobre-a-india-que-nunca-passaram-pela-sua-cabeca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 coisas sobre a Índia que nunca passaram pela sua cabeça</a></li></ul>Por tudo isso, usar a mão direita para comer significava honrar a santidade da comida, enquanto usar a mão esquerda era considerado impuro e desrespeitoso – tanto com as pessoas presentes na ocasião quanto com o divino. O curioso é que até hoje, em muitas partes do Sul da Ásia e do Médio Oriente, este costume ainda persiste. Ou seja, quem é canhoto está lascado nesses lugares.&nbsp;<h2>2. No Japão feudal, era preciso se curvar quando se fosse falar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/01/01195553786005.jpg" alt="(Fonte: Arigato Travel / Reprodução)"><figcaption>No Japão feudal, todo mundo precisava se curvar antes de falar com seus superiores. (Fonte: Arigato Travel / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O Japão feudal carregava fortes códigos sociais que refletiam o status das pessoas. O ato de curvar-se (chamado de “ojigi”) era central nas interações sociais, e transmitia respeito, gratidão, desculpas e outros sentimentos expressos sem palavras. Por isso, toda vez que alguém dirigisse a palavra a alguém superior a ela, era esperado que se curvasse antes de falar.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/disciplina-e-ordem-estao-por-tras-do-excesso-de-regras-e-manuais-no-japao" rel="noopener noreferrer" target="_blank">disciplina e ordem estão por trás do excesso de regras e manuais no Japão</a></li></ul>Deixar de fazer isso era avaliado como sinal de arrogância ou desrespeito. Entre os samurais, que viviam pelo código estrito do Bushido, curvar-se diante os superiores era uma questão de honra e disciplina. Quem deixasse fazer isso poderia perder status ou mesmo ser desafiado para um duelo.<h2>3. Na Mesopotâmia antiga, era deselegante mostrar a sola do pé</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/01/01195131844001.jpg" alt="(Fonte: Grunge / Reprodução)"><figcaption>Mostrar a sola do pé era um insulto na Mesopotâmia. (Fonte: Grunge / Reprodução)</figcaption></figure></figure>E pasme: na Mesopotâmia antiga era considerado muito ofensivo mostrar a sola do pé para alguém – mesmo que sem querer. Isso porque os pés eram considerados a parte mais suja do corpo devido ao contato constante com o solo. Mostrar a sola era um insulto grave, e a pessoa que fizesse isso seria considerava impura.O curioso é que isso interferia no modo que as pessoas sentavam e interagiam, pois elas estavam sempre cuidando para que a parte de baixo dos seus pés nunca ficasse exposta.<h2>4. Na Inglaterra vitoriana, devia-se tapar a boca com a mão se fosse rir</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/01/01195034189000.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Na Inglaterra Vitoriana, você só teria direito de rir à vontade em público se ofsse homem. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Por fim, na Inglaterra Vitoriana, as regras de etiqueta eram impostas rigidamente, sobretudo às mulheres. Era esperado que elas, especialmente, cobrissem a boca quando rissem ou sorrissem. Isso porque a modéstia e o decoro eram muito valorizados.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/71438-7-regras-absurdas-de-etiqueta-que-eram-comuns-na-era-vitoriana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 regras absurdas de etiqueta que eram comuns na Era Vitoriana</a></li></ul>Mas é claro que os homens tinham um pouco mais de liberdade, enquanto as mulheres eram sempre submetidas a normas rígidas quanto ao seu comportamento. Elas poderiam realmente perder o seu "valor" se rompessem as regras e gargalhassem alto.

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4 regras de etiqueta antigas que eram muito esquisitas

Com uma cor atraente e podendo conter até crack, a substância é um coquetel de drogas extremamente forte e de fácil overdose.

Segundo o último levantamento feito pelo centro de pesquisas Statista, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/cocaina-era-usada-na-europa-200-anos-antes-do-que-se-pensava" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cocaína</a> possui cerca de 22 milhões de usuários em todo o mundo, dos quais 4,77 milhões são dos Estados Unidos, onde estudos já comprovaram que 40,9 milhões de americanos usaram cocaína em algum momento de sua vida. Para se ter noção do tamanho do problema, em 2021, houve cerca de 24.486 mortes associadas ao uso de cocaína no país – ainda que estas também envolvessem o uso de outras drogas, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122798-dopesic-a-tragica-epidemia-silenciosa-de-opioides-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">opioides</a>.Portanto, é de se esperar que o cultivo ilícito de cocaína seja imenso, responsável por cobrir cerca de 235 mil hectares, sendo a América do Sul a maior concentração da indústria. Desde meados de 2016 que países da Europa sofrem com a disseminação da cocaína por meio de portos marítimos, como parte da diversificação do mercado e dos produtores da droga, resultado do aumento da produção colombiana, transformando o continente em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/bahnhofsviertel-alemanha-possui-uma-cracolandia-no-coracao-de-frankfurt" rel="noopener noreferrer" target="_blank">uma das redes criminosas mais eficientes do mundo</a>.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/06/06113516144099.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A cocaína possui cerca de 22 milhões de usuários em todo o mundo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Cerca de 3,5 milhões de europeus consumiram cocaína no último ano, conforme o último "Relatório Europeu sobre Drogas", publicado em 2023. Desses, 2,2 milhões eram jovens adultos com idades entre 15 e 34 anos.&nbsp;O mercado ilícito de cocaína no Reino Unido, por exemplo, gera cerca de 4 bilhões de euros por ano para gangues criminosas, segundo relatório da Agência Nacional de Crime do Reino Unido. Consequentemente, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121828-vicio-em-opio-tambem-assolou-as-sociedades-ancestrais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vício</a> e o problema de saúde pública aumentaram, considerando que&nbsp;35 milhões de pessoas no mundo sofrem de transtornos por uso de drogas e necessitam de serviços de tratamento, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).Para Daniel Deimel, pesquisador em dependência química, ficou claro que a cocaína é usada por muitas pessoas de classe média e é quase normalizada. Não é para menos que a indústria de substâncias ilícitas continua se reinventando, exemplo disso foi o surgimento da cocaína rosa, a perigosa droga que se tornou popular entre os jovens na Europa.<h2>Cativando pelos olhos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/06/06120422732113.jpg" alt="Liam Payne. (Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Liam Payne possuía várias drogas em seu organismo no momento de sua morte, incluindo a cocaína rosa. (Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 16 de outubro, o mundo da música e do entretenimento se comoveu com a morte repentina de Liam Payne, o astro ex-vocalista da boyband inglesa One Direction, que movimentou o mundo da música pop de 2010 até 2016, se consagrando como um dos maiores grupos masculinos da geração.O cantor faleceu ao cair da varanda de um hotel em Buenos Aires, Argentina, e, de acordo com fontes anônimas familiarizadas com relatórios toxicológicos iniciais, ele tinha várias drogas em seu organismo, incluindo crack e metanfetamina. A ABC News e a TMZ informaram que Payne deveria ter feito o uso de cocaína rosa, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120161-embate-quais-sao-as-drogas-mais-poderosas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coquetel de drogas</a> contendo metanfetamina, cetamina e MDMA (ecstasy).Normalmente, essa droga recreativa não inclui cocaína, apesar de especialistas perceberem que isso pode ir do gosto do usuário. O coquetel, composto por um corante alimentar com sabor e aroma de morango, geralmente contém pelo menos um medicamento estimulante e um depressor. Ou seja, metanfetamina, um tipo de estimulante cerebral; cetamina, um anestésico dissociativo com efeitos alucinógenos; e ecstasy, além de benzodiazepínicos (medicamentos hipnóticos e ansiolíticos), crack e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118799-como-a-cafeina-funciona-no-nosso-corpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cafeína</a>.A cocaína rosa se tornou popular nas baladas entre os jovens porque causa euforia, alucinações e experiências psicodélicas, incluindo o aprimoramento da percepção sensorial e mudanças de humor. Além de que, é claro, sua estética vibrante, em pó ou pílula, gera um apelo visual bem maior do que as demais drogas.<h2>Marketing, a melhor arma</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/06/06113707368101.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A indústria da cocaína cobre mais de 235 mil hectares. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A cocaína rosa foi desenvolvida na Colômbia, com os primeiros registros das autoridades apontando para meados de 2010. Desde então, seu uso se espalhou pela cena noturna latino-americana, da Argentina ao Panamá, rapidamente se infiltrando entre o gosto popular dos clubbers nos EUA e na Europa a partir de 2022. Há ainda evidências que ganhou força na Escócia e em partes do País de Gales. Atualmente, a droga sintética gera preocupação para Espanha e o Reino Unido, onde sua popularidade saiu do controle.Em setembro, as autoridades espanholas realizaram a maior apreensão de drogas sintéticas de todos os tempos, chegando a tirar de circulação cerca de um milhão de pílulas de ecstasy e também de cocaína rosa, durante uma operação em Ibiza e Málaga, onde se concentram as maiores redes de tráfico do país.Não é por acaso que especialistas comparam o uso de cocaína rosa a jogar roleta-russa. A natureza dos efeitos do coquetel de substâncias está fortemente associada a um número crescente de mortes. É uma substância de fácil <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/20401-e-possivel-ter-uma-overdose-de-maconha-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">overdose</a> e seu uso a longo prazo pode causar ataques cardíacos, pressão alta, aumento do risco de AVC; bem como alterações comportamentais, dependência química, ansiedade persistente, depressão e psicose. Por essa e tantas outras razões que organizações europeias estão apelando para ações urgentes para lidar com os riscos que essa droga representa.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/06/06113739419102.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A cocaína rosa é uma droga de fácil overdose. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A substância é difícil de detectar por meio de testes de drogas padrão, principalmente na Espanha, onde o regime de testes atual ainda não está equipado para identificar todos os seus componentes. A princípio, as autoridades esperavam que o preço da droga, em média US$ 100 por grama e por volta de 76 euros na Espanha, fosse segurar sua proliferação, mas não foi bem isso que aconteceu. Na verdade, surgiu um problema até maior: o coquetel de cocaína rosa passou a ser distribuído com substâncias aleatórias, piorando as consequências dos seus efeitos."Em muitos aspectos, a cocaína rosa é um exemplo do marketing mais sofisticado de substâncias sintéticas para os consumidores, que provavelmente têm pouca compreensão de quais produtos químicos estão realmente consumindo", disse a Agência de Drogas da União Europeia, em um comunicado.A popularidade da cocaína rosa é um lembrete de como a indústria de drogas ilícitas não para de se reinventar, usando e abusando das redes sociais e das peças de propaganda de entretenimento para saber o que mais atrai os jovens.

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Cocaína rosa: nova droga entre os jovens está preocupando a Europa

Para sobreviver, a família de Dougal Robertson se hidratava por enemas de água suja e não urinou por 20 dias.

Era 1942 quando o chinês Poon Lim se encontrou à deriva em uma jangada no oceano Pacífico, onde passou 133 dias, impressionando o mundo pela sua aventura de sobrevivência e revolucionando as políticas marinhas. Quarenta e um anos mais tarde, foi a vez de Tami Ashcraft sobreviver por meios precários e desafiando todas as estatísticas ao ser atingida pelo notório <a href="https://www.megacurioso.com.br/fenomenos-da-natureza/32061-como-sao-formados-os-furacoes-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">furacão</a> Raymond no mesmo oceano em que Lim se consagrou.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115808-poon-lim-o-chines-que-ficou-a-deriva-e-acabou-chegando-ao-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Poon Lim: o chinês que ficou à deriva e acabou chegando ao Brasil</a></li></ul>Ainda teve Steven Callahan, Salvador Alvarenga, Terry Jo Dupperault e outras pessoas que se viram cercadas por dezenas de quilômetros de água e sem ninguém para ajudá-las. A diferença delas para Dougal Robertson, a bordo do veleiro Lucette, que naufragou no oceano Pacífico, é que elas estavam sozinhas.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05141532763200.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Dougal Robertson quase perdeu sua família duas vezes.(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Nascido em Edimburgo em 1924, Robertson ingressou na Marinha Mercante Britânica por ser apaixonado por navegar, mas viu sua paixão se tornar em seu pior pesadelo em 1942, quando sua esposa e filho morreram no ataque ao barco de passageiros e carga SS Sagaing, no porto de Trincomalee, uma ação das tropas imperiais japonesas. Ele deixou a vida marítima e passou a trabalhar como produtor de leite.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123903-conheca-o-imperio-japones-um-dos-mais-genocidas-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Conheça o Império Japonês, um dos mais genocidas da história</a> &nbsp;</li></ul>Vinte e nove anos depois, casado novamente e pai de quatro filhos, Robertson não imaginava que voltar aos mares pudesse significar quase perder uma família inteira pela segunda vez.<h2>Um estrondo no oceano</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05141818674201.jpg" alt="(Fonte: NMC/Reprodução)"><figcaption>A família Robertson durante a viagem do Lucette. (Fonte: NMC/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O veleiro Lucette foi comprado pela família em Malta, um país insular no sul da Europa, e foi fruto de anos de economias e de dois sonhos de Robertson: morar nos mares e espantar o medo do passado que o assombrava.Em 27 de janeiro de 1971, a bordo da escuna de madeira de 13 metros de comprimento, construída em 1922, Dougal Robertson (47), sua esposa Lyn e seus filhos Douglas (então com 17 anos), Anne (16) e os gêmeos Sandy e Neil (9), partiram do porto de Falmouth, na Cornualha, para uma nova vida, dessa vez no oceano.Durante um ano e meio, eles navegaram pelo Atlântico, parando em vários portos de escala no Caribe, inclusive, foi em um deles, nas Bahamas, que a filha Anne decidiu ficar. A família seguiu pelo Canal do Panamá, rumo às Ilhas Galápagos e além para as ilhas do Pacífico Sul.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05141925178203.jpg" alt="Dougal Robertson. (Fonte: Iluminasi/Reprodução)"><figcaption>Dougal Robertson e sua família sobreviveram 38 dias à deriva. (Fonte: Iluminasi/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A viagem tranquila terminou na noite de 15 de junho de 1972 com um estrondo, quando estavam a cerca de 300 quilômetros de Galápagos. Robertson lembra que o veleiro Lucette foi erguido, chovendo água para todos os cantos, rangendo e estralando. Ao olhar para o oceano, ele se deparou com três baleias orcas, responsáveis por destroçar o barco. Antes que a família pudesse se dar conta, estavam naufragando.Ainda em pijamas, todos subiram a bordo de um bote de casco rígido. Robertson só teve tempo de equipá-lo com algumas ferramentas, provisões e água antes do Lucette afundar nas águas do Pacífico. Usando o bote como um rebocador movido por uma vela equipada com júri, eles seguiram para o marasmo, uma zona intertropical conhecida pelo seu clima monótono e sem vento.O problema é que a jangada estava furada, ou seja, era uma questão de tempo para afundar.<h2>Flertando com a morte</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05142135518205.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Baleias orcas foram responsáveis por destruir o veleiro Lucette. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Robertson esperava que encontrasse chuva no marasmo, uma vez que a água era escassa no barco, mas não foi o que aconteceu. Quando a água acabou, todos passaram a beber sangue de tartaruga que pescavam, bem como se alimentavam de dourados e peixes-voadores. Frutas, pão e biscoitos que resgataram do Lucette foram racionados e duraram o suficiente.A vida na jangada foi sombria. Sentados com água até o peito, todos ficaram cobertos de feridas devido à água salgada e o calor intenso e sol a pino escamaram o corpo deles por inteiro. Para ter o mínimo de cômodo, a família se revezava para sentar no único assento que estava seco. Dormir era uma tarefa impossível, porque, assim que cochilavam, suas cabeças batiam na água e eles se ressaltavam. Lyn, inclusive, temia que os gêmeos se afogassem durante o sono, então dificilmente ela pregava os olhos.Dezesseis dias depois, a jangada se tornou inutilizável e a alternativa foi se espremer em um bote salva-vidas inflável de 3 metros de comprimento. A essa altura, as chances de sobrevivência já estavam muito contra a família. Ninguém sabia que eles estavam desaparecidos, além de que também não estavam em uma rota marítima, portanto, as chances de serem avistados e resgatados eram remotas.&nbsp;<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05142606645213.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A família de Dougal Robertson se hidratou por meio de enemas durante os 38 dias à deriva. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Suas chances dependiam de uma embarcação extremamente vulnerável, considerando o peso a bordo, e de suas habilidades de sobrevivência. E para agravar seus problemas, os tubarões se tornaram um inimigo à espreita de qualquer deslize.Ou seja, viver no bote inflável, apesar de seco, não foi fácil. No 23º, a família pensou que seria o seu fim porque choveu tanto que quase foram inundados. Aquela foi a única vez que Roberston pensou em desistir, e teria o feito se sua esposa não tivesse o trazido à realidade.Lynn foi uma grande pedra angular para a sobrevivência da família. Com seu conhecimento de enfermagem, ela esfregou óleo de tartaruga nos furúnculos de água salgada e manteve os filhos e o marido hidratados por meio de enemas improvisados. Ela sabia que a água no fundo do bote era venenosa se tomada por via oral porque possuía água de chuva, sangue e miudezas de tartaruga. Mas se tomada por via retal, o veneno não passaria pelo sistema digestivo e eles estariam a salvos.<h2>Uma odisseia de tristezas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/05/05142337663208.jpg" alt="(Fonte: Levoncoin/Reprodução)"><figcaption>Registro do resgate da família de Dougal Robertson pelo barco de pesca japonês Toku Maru. (Fonte: Levoncoin/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Quando eles foram resgatados pelo barco de pesca japonês Toku Maru, após 38 dias à deriva, ao detectar um sinalizador de socorro, estavam tão desidratados que não urinavam há 20 dias e tinham a língua tão inchada de sede que mal conseguiam se comunicar. A família foi encaminhada ao Panamá, onde recebeu os primeiros-socorros.Apesar de toda a jornada de sobrevivência, o naufrágio do veleiro Lucette cimentou para sempre a difícil relação da família. Robertson se divorciou de Lynn, com quem teve discussões terríveis durante o tempo que passaram no bote. Os filhos, em vida adulta, por meio de várias entrevistas, foram os responsáveis por esclarecer os fatos tocantes e fortes que não foram relatados no livro do pai,&nbsp;Survive the Savage Sea: A Manual, lançado no ano seguinte à odisseia marítima da família.Douglas, o filho mais velho, escreveu um forte depoimento em seu The Last Voyage of the Lucette, em que relatou uma vida pregressa recheada de abusos físicos, morais e psicológicos por parte do pai antes de decidirem embarcar no veleiro.&nbsp;O marinheiro Dougal Robertson morreu em 1992, aos 67 anos, arrebatado por um câncer, e nunca se conformou que havia submetido a família ao desastre do Lucette. O filho mais velho era quem sempre dizia que eles só estavam vivos, apesar de tudo, por conta dele.Inclusive, a família não foi a única a se beneficiar da inteligência marítima e das técnicas de sobrevivência de Robertson. Afinal, pessoas como <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118215-os-76-dias-a-deriva-de-steven-callahan.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Steven Callahan</a>, que ficou à deriva por 76 dias no Oceano Atlântico em 1981, sobreviveu ao próprio naufrágio porque tinha uma cópia a mão do manual escrito pelo marinheiro torturado que foi Dougal Robertson.

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Veleiro Lucette: a revolucionária história da família à deriva por 38 dias

O sobrevivente, seu irmão e um sobrinho estavam a caminho de uma ilha para observar baleias quando o motor de seu bote parou no meio do mar gelado.

Recentemente, um barco de pesca russo resgatou o sobrevivente de uma viagem inacreditável. Mikhail Pichugin, de 46 anos, estava à deriva por 67 dias, nas águas geladas do Mar de Okhotsk, no extremos oriente da Rússia. Ele havia partido da região de Khabarovsk, a cerca de mil quilômetros dali, junto com o irmão Sergey, de 49 anos, e o sobrinho Ilya, de 15 anos, em uma jangada inflável.Os três navegavam em direção à ilha de Sakhalin, a maior do país, para observar baleias, explicou Pichugin em uma entrevista à imprensa, da sua cama de hospital. Ele disse que, embora a distância fosse curta, o motor da embarcação parou enquanto eles atravessavam, no dia 9 de agosto.<ul><li>Conheça: <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115808-poon-lim-o-chines-que-ficou-a-deriva-e-acabou-chegando-ao-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Poon Lim, o chinês que ficou à deriva e acabou chegando ao Brasil</a></li></ul>Assim que as famílias registraram o desaparecimento, uma grande operação de busca e resgate foi montada, com o uso de aviões e helicópteros. No entanto, os dias se passavam sem qualquer sinal dos três ocupantes do bote de borracha no mar de Okhotsk.<h2>A terrível jornada dos três ocupantes do bote de borracha</h2><iframe width="315" height="560" src="https://www.youtube.com/embed/WMtIFXJYSLI" title="Man rescued after 67 days adrift at sea" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Ainda não se sabe exatamente como Pichugin conseguiu sobreviver por tanto tempo, principalmente no meio do oceano gelado. Falando a repórteres, sua esposa afirmou que esse “milagre” pode estar relacionado com seu peso: ele pesava cerca de 100 quilos quando partiu para sua trágica aventura, mas registrou a metade disso no dia em que foi resgatado."Tínhamos um saco de dormir com lã de camelo, mas estava molhado e não secava", afirmou o navegante solitário à TV estatal russa. Ele disse que, para conseguir se aquecer, os três entravam debaixo da bolsa protetora e a sacudiam. Para se alimentar, tinham um estoque de macarrão e ervilhas suficiente para duas semanas apenas.&nbsp;Em setembro, conta Pichugin, o jovem Ilya morreu de hipotermia e fome, e os dois irmãos sobreviventes passaram mais três semanas juntos no barco até que, ao tentar lavar suas escaras, Sergey caiu na água gelada. Mas, mesmo resgatado por Mikhail, não resistiu e morreu logo depois.&nbsp;<h2>O resgate do último sobrevivente</h2><blockquote class="twitter-tweet">Russian man rescued after 67 days adrift at sea describes how he battled to survive <a href="https://t.co/WfdCxIYMen">https://t.co/WfdCxIYMen</a>— Guardian US (@GuardianUS) <a href="https://twitter.com/GuardianUS/status/1846588466231980512?ref_src=twsrc%5Etfw">October 16, 2024</a></blockquote>Em uma tentativa desesperada para chamar a atenção de qualquer embarcação ou aeronave que passasse por perto, Mikhail Pichugin decidiu amarrar os corpos do irmão e do sobrinho ao barco, e pendurou suas jaquetas nas laterais.&nbsp;Depois de resgatado milagrosamente, à noite, pelo barco pesqueiro "Anjo", Pichugin chegou ao hospital muito fraco, em estado de choque e provavelmente com hipotermia. Com uma condição mais estável, ele falou à imprensa que sobreviveu "com a ajuda de Deus". E concluiu: "Eu simplesmente não tinha outra escolha. Tinha minha mãe e minha filha em casa".<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/feitos-absurdos/89237-naufrago-que-sobreviveu-a-mais-tempo-no-mar-e-processado-por-canibalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O náufrago que sobreviveu 14 meses no mar e foi processado por canibalismo</a></li></ul>No entanto, mesmo tendo passado por todos esses apertos e sofrimentos, o cidadão corre o risco de ser punido pelas rigorosas leis de segurança marítima da Rússia, podendo pegar até sete anos de cadeia.

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Russo sobrevive 67 dias no mar gelado em um bote inflável

Surto de dança, risos e até avistamento de OVNIs. Conheça histórias fascinantes que mostram do que nosso cérebro é capaz de aprontar. 

Ao longo da história temos registros de eventos de histeria em massa que desafiam a lógica e mostram como o comportamento humano pode ser profundamente influenciado pelo ambiente social e psicológico. Esses episódios, onde grupos inteiros de pessoas experienciam sintomas físicos ou emocionais sem explicação médica, parecem uma mistura de pânico, crenças e efeitos psicológicos compartilhados.Veja agora seis histórias curiosas sobre histeria coletiva que atravessam séculos, continentes e diferentes contextos culturais. Cada uma revela a forma como o medo e as crenças de uma época podem gerar fenômenos bizarros e inexplicáveis.<h2 style="text-align:justify;">1. As bruxas de Salem</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30214248995003.jpg" alt="Bruxas de Salem: histeria coletiva ou intoxicação? (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Bruxas de Salém: histeria coletiva ou intoxicação? (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os julgamentos de bruxas em Salém, Massachusetts, são um dos casos mais famosos de histeria em massa. Em 1692, quando jovens da vila começaram a ter ataques e convulsões, rapidamente espalhou-se a crença de que a culpa era de bruxas. Sob pressão, as meninas acusaram várias mulheres da comunidade, desencadeando uma série de julgamentos e execuções.&nbsp;A paranoia coletiva foi alimentada pelo medo das guerras com tribos nativas e pelas tensões religiosas da época. Acredita-se que as meninas, ao lidar com esses medos intensos, tenham manifestado sintomas psicossomáticos que acabaram criando um ciclo de acusações e pânico.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122612-a-historia-da-ultima-bruxa-de-salem-que-foi-perdoada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A história da última 'bruxa' de Salém que foi perdoada</a></li></ul>A ideia de que a histeria coletiva influenciou o julgamento permanece como uma explicação plausível, já que quase ninguém escapava da suspeita. Décadas depois, estudos modernos tentaram explicar o ocorrido como um possível caso de envenenamento por fungos alucinógenos, mas a hipótese mais aceita continua sendo a histeria coletiva gerada pelo contexto opressor da época.<h2 style="text-align:justify;">2. Epidemia de Riso</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30214445461004.jpg" alt="Até quando rir é um bom remédio? (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Até quando rir é um bom remédio? (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em janeiro de 1962, algo inesperado aconteceu em uma escola em Kashasha, Tanzânia. Três meninas começaram a rir descontroladamente e, em pouco tempo, muitas colegas também se viram incapazes de conter o riso.&nbsp;A situação logo escapou do controle e se espalhou pela região, com quase 1.000 pessoas — principalmente crianças — manifestando ataques de riso. O episódio, que forçou o fechamento de várias escolas, durou cerca de 18 meses. Na tentativa de explicar esse fenômeno, estudiosos sugerem que o “contágio do riso” foi uma forma de alívio para o estresse vivido por jovens em um país recém-independente, enfrentando tensões políticas e sociais.&nbsp;Ainda hoje, o episódio é um dos casos mais emblemáticos de histeria coletiva, mostrando o poder do ambiente e das emoções em provocar respostas físicas incomuns.<h2 style="text-align:justify;">3. A dança da morte</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30214537077005.jpg" alt="Imagina só morrer de tanto dançar? (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Imagina só morrer de tanto dançar? (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Imagine uma praça na França, em 1518, onde, de repente, uma mulher chamada Frau Troffea começa a dançar descontroladamente. Em questão de dias, ela não está mais sozinha; dezenas e depois centenas de pessoas juntam-se a ela nessa dança desenfreada.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/37340-conheca-a-bizarra-historia-do-surto-que-fazia-as-pessoas-dancar-ate-a-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Conheça a bizarra história do surto que fazia as pessoas dançar até a morte</a></li></ul>Esse fenômeno — conhecido como “Praga Dançante” — durou cerca de dois meses, deixando médicos e autoridades perplexos. Com tantas pessoas dançando até desmaiarem, a cidade tentou várias abordagens para conter a epidemia, incluindo a construção de salões de dança e o incentivo à música para "liberar" os afetados. Nada parecia funcionar, e cerca de 400 pessoas morreram de exaustão ou de problemas cardíacos.&nbsp;As possíveis explicações variam de possessão demoníaca a envenenamento por fungo, mas, atualmente, a hipótese mais aceita é que foi um caso extremo de histeria coletiva, influenciado pelas duras condições de vida na época.<h2 style="text-align:justify;">4. O Fenômeno da Escola Ariel</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30214621952006.jpg" alt="Sempre há um fascínio popular quando o assunto é OVNI. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Sempre há um fascínio popular quando o assunto é OVNI. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em Ruwa, Zimbábue, uma escola se tornou palco de um evento peculiar em 1994, quando 62 alunos relataram ver um OVNI pousando perto do pátio. As crianças descreveram figuras humanoides saindo da nave, em um evento que durou cerca de 15 minutos.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/sera-sinais-alienigenas-podem-estar-prestes-a-serem-revelados-para-o-grande-publico" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Será? Sinais alienígenas podem estar prestes a serem revelados para o grande público</a></li></ul>Inicialmente, os adultos receberam as alegações com ceticismo, mas a seriedade das crianças ao relatar suas experiências levou os professores a considerar a possibilidade de que elas tivessem realmente visto algo. Uma equipe de ufólogos e até um professor de Harvard investigaram, coletando desenhos e testemunhos.&nbsp;Embora houvesse teorias de que o país estava em uma “febre de OVNIs”, os especialistas acreditam que o evento foi um caso clássico de histeria em massa. A visão de um foguete que caiu na região dias antes pode ter ajudado a alimentar as crenças das crianças, gerando um cenário no qual a imaginação e o medo coletivo tomaram conta.<h2>5. O Pânico Satânico, anos 1980 e 1990</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30215142783007.jpg" alt="Nada como o medo do Diabo para deixar as pessoas pânico. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Nada como o medo do Diabo para deixar as pessoas pânico. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Nas décadas de 1980 e 1990, uma onda de pânico tomou conta dos Estados Unidos e de outros países, após relatos de supostos “abusos rituais satânicos” envolvendo crianças. Esse fenômeno começou com a publicação de Michelle Remembers, livro que afirmava expor rituais horríveis de um culto satânico. De repente, a mídia estava repleta de histórias sobre abusos ritualísticos, e escolas e creches foram alvos de investigações.&nbsp;No entanto, muitas das acusações acabaram sendo baseadas em “memórias recuperadas” que, mais tarde, foram desacreditadas. Os julgamentos no caso da McMartin Preschool, na Califórnia, se destacam: dezenas de crianças foram interrogadas de forma questionável, o que levou a acusações sem fundamento.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117394-5-vezes-em-que-satanistas-fizeram-coisas-boas-para-a-sociedade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 vezes em que satanistas fizeram coisas boas para a sociedade</a></li></ul>Apesar de nenhuma evidência concreta de cultos satânicos ter sido encontrada, mais de 12.000 alegações de abuso ritual foram feitas durante o período. Até hoje, o “Pânico Satânico” é um exemplo de como o medo pode se espalhar e levar pessoas a acreditar no impossível.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">6. O grande pânico dos palhaços</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30215246898009.jpg" alt="Muita gente tem medo de palhaço, mesmo que sua intenção seja fazer rir. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Muita gente tem medo de palhaço, mesmo que sua intenção seja fazer rir. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 2016, uma onda de pânico social dominou os Estados Unidos e outros países, causada por rumores de palhaços aterrorizantes em locais públicos. Tudo começou com uma página na internet que trazia imagens de Gags, um palhaço que andava de sorrateiramente pelas ruas de Green Bay, no Wisconsin. Daí em diante, foi um caos.&nbsp;A “Great Clown Panic” (Grande Pânico do Palhaço) começou com relatos de pessoas avistando palhaços agindo de maneira suspeita e ameaçadora. Apesar de poucos incidentes reais terem envolvido violência, o medo se espalhou rapidamente pelas redes sociais e pela mídia.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127930-novo-estudo-tenta-explicar-a-coulrofobia-o-medo-irracional-de-palhacos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Novo estudo tenta explicar a coulrofobia, o medo irracional de palhaços</a></li></ul>A imagem de palhaços já era ambígua — amada por uns, assustadora para outros — mas sua aparição em locais fora do esperado, como estacionamentos e florestas, intensificou o medo. Histórias e imagens de palhaços sinistros circulavam pela internet, amplificando o pânico e aumentando as chamadas à polícia. Psicólogos explicam que isso é típico de pânicos morais, quando temores subjacentes na sociedade são projetados em uma figura ou evento específico.&nbsp;Ah... e o tal palhaço Gags?! Era só uma propaganda publicitária.&nbsp;

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6 histórias impressionantes de histeria coletiva

Especialistas sugerem que gostar de sentir medo pode trazer efeitos positivos ao organismo.

Muitos de nós simplesmente AMAMOS sentir medo. Claro, aqui estamos falando de um medo controlado, como quando entramos em alguma casa mal-assombrada no parque de diversão ou nos deliciamos assistindo a filmes de horror.Para algumas pessoas, parece inconcebível imaginar que há quem goste de passar por essa sensação por escolha própria. Mas a psicologia pode explicar o que impulsiona esse fascínio pelo medo.<h2>Sentir medo pode ser bom?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30192136182173.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A experiência controlada do medo pode trazer benefícios ao nosso organismo. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Especialistas dizem que a experiência do medo controlado pode até trazer benefícios aos humanos, uma vez que oferece a sensação de uma euforia fisiológica sem que haja um risco real.O medo traz efeitos físicos no organismo. A adrenalina aumenta, assim como a frequência cardíaca e a pressão arterial, e a reação de fuga é ativada. Todo esse mecanismo é positivo, já que é o que vai nos proteger se estivermos diante de uma ameaça de verdade.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127820-6-demonios-femininos-com-historias-famosas-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 demônios femininos com histórias famosas pelo mundo</a></li></ul>De acordo com a psicologia, quando experimentamos o medo controlado, somos capazes de desfrutar de uma sensação energizada, semelhante à euforia que acomete um corredor, sem ter que enfrentar riscos. Depois que a sensação de medo passa, o corpo libera o neurotransmissor dopamina, que proporciona sensações de prazer e alívio.Um estudo verificou que um efeito semelhante ocorre nas pessoas que visitavam casas mal-assombradas. Elas exibem menos atividade cerebral em resposta a estímulos e menos ansiedade pós-exposição. Esta descoberta fez que pesquisadores sugerissem que expor-se a filmes de terror ou videogames assustadores pode nos ajudar a relaxar.&nbsp;<h2>O medo pode ajudar a formar laços</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/30/30192108941171.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Jogar videogames que dão medo pode ajudar a nos acalmar em situações difíceis. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Um dos impulsos naturais dos seres humanos é o desejo de pertencer a um grupo social. Curiosamente, passar por experiências de medo em conjunto ajuda a fortalecer os laços entre os indivíduos. Um exemplo disso é a experiência dos veteranos de guerra ou de sobreviventes de acidentes naturais.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127644-por-que-os-fantasmas-gritam-boo-para-assustar-alguem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">por que os fantasmas gritam 'boo' para assustar alguém?</a></li></ul>A psicóloga Sarah Kollat, que também é professora na Universidade Penn State, afirma que as experiências de medo controlado causam o mesmo efeito de fortalecimento de vínculos, mesmo que a experiência seja artificial. Isso porque a exposição ao estresse desencadeia não apenas a resposta de luta ou fuga, mas em muitas situações também inicia o que os psicólogos chamam de "busca de apoio" (uma tradução para o conceito de tend-and-befriend).Essa sensação pode reforçar as conexões sociais ao fazer que o corpo libere oxitocina, o chamado "hormônio do amor". As situações estressantes vividas em conjunto podem aumentar a liberação desse hormônio para podermos iniciar estratégias de enfrentamento social.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127508-5-locacoes-de-filmes-de-terror-que-voce-pode-visitar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 locações de filmes de terror que você pode visitar</a></li></ul>Esse efeito é tão forte que alguns pesquisadores do Laboratório de Medo Recreativo da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, constataram que as pessoas que consumiam regularmente mídia de terror, como filmes, eram mais psicologicamente resilientes durante a pandemia de COVID-19 em relação às que não faziam isso.Por isso, na próxima vez que alguém estranhar o seu gosto por filmes de horror, avise que você está simplesmente treinando seu organismo para enfrentar situações difíceis e fortalecendo os seus laços com seus amigos. Vai funcionar!<img src="https://counter.theconversation.com/content/240292/count.gif?distributor=republish-lightbox-basic" alt="A conversa" width="1" height="1">

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Por que as pessoas adoram sentir medo?

Autoridades da Suíça prenderam um grupo de pessoas que usavam ilegalmente um dispositivo que induz a morte de uma pessoa em menos de 5 minutos.

Uma em cada cinco pessoas tem <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/lesoto-o-pais-com-a-maior-taxa-de-suicidios-do-mundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pensamentos suicidas</a>, de acordo com um levantamento da NHS Digital. Isso acontece devido experiências de conflito, desastre, múltiplos tipos de violência e abuso, sensação de isolamento e estressores econômicos, familiares e pessoais. Esses são apenas alguns dos fatores de riscos associados à morte de cerca de 703 mil pessoas por suicídio em todo mundo a cada ano.Para cada suicídio, há muito mais pessoas que tentam o suicídio por trás, por isso os países que são flexíveis quanto às políticas do uso da eutanásia possuem leis e regulações tão rígidas sobre quem pode se submeter ao procedimento.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/o-debate-sobre-a-etica-da-eutanasia-nos-paises-baixos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O debate sobre a ética da eutanásia nos Países Baixos</a></li></ul><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/01/01160008475224.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>(Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>As leis e circunstâncias para a eutanásia e o suicídio assistido variam entre os países, alguns lugares, inclusive, só é permitido ambos os procedimentos não porque leis foram aprovadas, mas por não proibirem. Ironicamente, o suicídio assistido é mais disponível e até mesmo aceito pela sociedade do que a eutanásia. O procedimento consiste em ajudar alguém a tirar a própria vida a seu pedido, e isso geralmente acontece em casos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/por-que-pacientes-terminais-com-demencia-tem-melhora-antes-de-morrer" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças terminais</a>.Apesar disso, ambos os procedimentos continuam rendendo debates cada vez mais polêmicos e controversos até mesmo nos países onde são legalizados. Recentemente, várias pessoas foram presas na Suíça por fazerem uso de uma "cápsula do suicídio" chamada Sarco.<h2>A cápsula do fim</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/01/01160225149225.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Empresa Exit International, com sede na Holanda, desenvolveu uma "cápsula do suicídio". (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em setembro, a polícia da comuna de Schaffhausen, no norte da Suíça, na fronteira com a Alemanha, efetuaram a prisão de um grupo de pessoas envolvidas no uso da cápsula Sarco, um dispositivo de aparência futurista desenvolvido pela empresa Exit International, especializada em morte assistida, cujo objetivo é que o ocupante seja eutanasiado por meio da liberação de gás nitrogênio, reduzindo a quantidade de oxigênio no equipamento a níveis letais."Uma vez que o botão é pressionado, a quantidade de oxigênio no ar cai de 21% para 0,05% em menos de 30 segundos", informou o diretor da Exit International, Philip Nitschke, em um comunicado à imprensa.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/politica/91732-os-10-paises-com-as-maiores-taxas-de-suicidio-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Suicídio: esses são os 10 países com as taxas mais altas do mundo</a></li></ul>Entre os quatro detidos e processados por "induzir, ajudar e encorajar o suicídio", estava Florian Willet, co-presidente do The Last Resort, uma organização que defende a eutanásia e o suicídio assistido, responsável por adquirir o equipamento. O grupo informou às autoridades que a morte da mulher estadunidense de 64 anos, que sofria com um sistema imunológico gravemente comprometido, foi “pacífica, rápida e digna”.Durante uma sessão parlamentar, a ministra suíça responsável pela saúde, Elisabeth Baume-Schneider, informou que a Sarco não atende aos requisitos da lei de segurança do produto e que seu uso de nitrogênio não é legalmente compatível com as políticas de eutanásia e suicídio assistido.Por outro lado, a The Last Resort alegou que seu conselho jurídico investigou que a cápsula poderia ser legalmente utilizada no país.<h2>A controvérsia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/01/01160311480226.jpg" alt="Elisabeth Baume-Schneider. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Elisabeth Baume-Schneider. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A Sarco é uma criação do famoso médico australiano Philip Nitschke, que estuda o suicídio assistido desde a década de 1990, e foi revelada pela primeira vez em 2019 como uma cápsula portátil, de tamanho humano e prática para efetuar o desejo necessário sem supervisão médica.Uma vez no sarcófago, a pessoa aperta o botão e entra em um estado de torpor à medida que o oxigênio é substituído pelo nitrogênio, e leva apenas cinco minutos antes da morte ocorrer. Em caso de alguém mudar de ideia no último minuto, se tiver feito isso após pressionar o botão, não há volta.<ul><li>Confira também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/lesoto-o-pais-com-a-maior-taxa-de-suicidios-do-mundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lesoto: o país com a maior taxa de suicídios do mundo</a></li></ul>Desde que surgiu no mercado, a cápsula atraiu considerável atenção da mídia e das autoridades nos países onde a lei permite que a eutanásia ou o suicídio assistido sejam realizados. Devido às leis que tornam o suicídio assistido legal no país, a Suíça tem sido uma espécie de ímã para os defensores da prática e para esse tipo de produto ser utilizado – embora a Sarco não pareça se enquadrar nas diretrizes.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/01/01160407900227.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A eutanásia é proibida na Suíça, mas o suicídio assistido é legalizado há décadas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A eutanásia ativa é ilegal na Suíça, mas a morte assistida é garantida há décadas, desde que a pessoa o faça sem assistência externa, como apertar um botão ou ter a ajuda de pessoas cujas intenções podem ser "dúbias e egoístas".Em julho, a Exit International foi avisada por Peter Sticher, promotor público de Schaffahausen, que qualquer operador da cápsula Sarco poderia enfrentar processos criminais se ela fosse instalada em algum local do país.&nbsp;Segundo as autoridades, só o fato de a empresa ter ignorado essa informação de maneira deliberada comprova uma conduta contrária em demonstrar proteger os direitos de uma pessoa em interromper a própria vida.

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