Ciência
25/02/2014 às 07:57•1 min de leitura
Rememorar a vida e a carreira de um artista admirado que se vai é sempre algo complicado. Não importa o que é dito — sempre fica a ideia de que não se fez justiça. A impressão é particularmente notável no caso Harold Ramis, o eterno “Egon” de “Os Caça-Fantasmas” (Ghostbusters). O ator, diretor, produtor e roteirista faleceu ontem, 24, aos 69 anos de uma forma rara de vasculite inflamatória, doença autoimune que enfrentava desde 2010.
Ramis deixa para trás uma extensa e respeitável lista de trabalhos no cinema, tendo participado de obras como “Feitiço do Tempo” (Groundhog Day), “Clube dos Pilantras” (Caddyshack), “Máfia no Divã” (Analyze This), “The Office” e, é claro, “Os Caça-Fantasmas” — no qual atuou e roteirizou em parceria com Dan Aycroyd.
Mas Ramis também é reconhecido como um dos responsáveis pelos rumos que o gênero da comédia assumiu durante os anos 80 e 90, concentrando uma rara capacidade de manobrar entre o humor, a leveza e a complexidade sem, contudo, jamais descambar para um rótulo fácil.
Bem, isso e mais, curiosamente, certa habilidade moral/pedagógica... Já que seria preciso andar um bocado para encontrar um sujeito em torno dos 30 anos que não devesse parte da sua infância à ode aos “perdedores” geniais, cujo invejável emprego se resumia a caçar assombrações com o suprassumo da tecnologia cool. Difícil esquecer. Descanse em paz, Ramis.