Estilo de vida
26/12/2017 às 03:00•1 min de leitura
O Instagram não nos deixa mentir: ter amigos é fundamental, até mesmo porque seria difícil postar tantas fotos de baladas e finais de semanas incríveis sem ter a galera por perto – e, sim, precisa ser galera mesmo. Aí, do outro lado dessa vida badalada e cheia de compromissos e encontros com uma infinidade de pessoas, está aquela pessoa que prefere mesmo é ficar em casa lendo um livro ou vendo um filme. Aquela pessoa, sabe, que tem menos de cinco amigos e que também não faz questão de aumentar esse número.
A verdade é que não fazer muita questão de interagir parece ser uma característica relacionada à nossa inteligência. A relação entre uma coisa e outra faz parte da conclusão de um estudo divulgado no British Journal of Psychology. A pesquisa revelou que quanto mais inteligente é uma pessoa, menos ela curte socializar.
Para chegar a essa conclusão foram necessários alguns anos de pesquisa, e os autores do estudo analisaram voluntários com idades entre 18 e 28 anos. Em geral, as pessoas que socializavam mais eram também as mais felizes; e as que não curtem muita interação social são as mais inteligentes.
De acordo com o estudo, pessoas mais inteligentes não tendem a demonstrar satisfação com a própria vida por meio da socialização com os amigos, o que nos mostra que é importante incorporar perspectivas evolutivas quando pesquisamos o bem-estar subjetivo.
Isso reforça a ideia de que as pessoas mais inteligentes tendem, em termos de comportamento social, a focar em projetos de longo termo. Para manter esse foco elas evitam grandes distrações, e uma das maiores delas é certamente o tempo dedicado a interações sociais.
Em âmbitos evolutivos, sabe-se que a raça humana se desenvolveu muito em termos comportamentais também, e a pouca socialização pode ser, no final das contas, uma maneira de as pessoas mais inteligentes se adaptarem a essas mudanças constantes. Você concorda?
*Publicado em 8/11/2016