A saga desta mulher em busca de tratamento para a sua ‘perna de elefante’

05/09/2016 às 10:492 min de leitura

A cabeleireira Roseanne Smith tinha apenas 18 anos quando percebeu que sua perna direita estava maior que o normal. “Aconteceu do dia para a noite. Eu acordei e vi que meu tornozelo e meu pé tinham inchado”.

Foi apenas em 1987, sete anos depois daquela manhã fatídica, que a moradora da cidade de Plano, no estado americano do Texas, foi diagnosticada com linfedema, uma doença ainda sem cura na qual o fluido linfático do corpo se acumula nos braços ou nas pernas.

Diferente da elefantíase, causada por parasitas que se alojam nos vasos, o linfedema é gerado por danos no sistema linfático ou por uma infecção de fungos. Ele também pode surgir em pacientes que fazem tratamento para combater um câncer.

Convivendo com a doença

Desde então, a perna de Roseanne nunca mais parou de crescer, até atingir o tamanho de uma ‘perna de elefante’, pesando mais de 13 kg e dificultando atividades simples, como caminhar. Ela se tornou menos sociável e começou a passar mais tempo dentro de casa. Enquanto não encontrava solução, era preciso conviver com os cochichos e comentários maldosos por onde passava.

“Minha perna parecia um tronco de árvore. Quando comparava as duas, era como olhar para a perna de um elefante e a de um passarinho”. Roseanne nunca desistiu de encontrar uma cura, mas, depois de mais de 50 consultas, ela começava a perder as esperanças.

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Descobrindo um tratamento

Foi então que, em 2014, ela conheceu um homem que fazia um tratamento com células-tronco para suas lesões na perna. Essa pista resultou em uma busca que a levaria para a Coreia do Sul.

Através do Facebook, a americana conheceu o médico coreano Young Ki Shim e passou a enviar perguntas sobre o possível tratamento. Por quase dois anos ela arrecadou dinheiro de doações, até ter o suficiente para viajar e finalmente começar o procedimento.

Mais de 15 litros de fluido linfático foram removidos da perna de Roseanne, que também recebeu injeções de células-tronco para restaurar o sistema linfático. Agora, ela diz que o tamanho da perna foi reduzido pela metade e já é possível voltar a andar normalmente.

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Voltando a viver normalmente

“Antes, eu não conseguia nem dobrar o meu joelho, quando eu andava era preciso arrastar minha perna pelo chão. Agora eu estou reaprendendo a caminhar pelo quintal. É incrível”.

Atualmente se recuperando em casa, Roseanne encontrou outro problema: as drogas usadas nas injeções que ela precisa tomar mensalmente não são aprovadas pelo governo americano. Apesar disso, as esperanças de um final feliz foram renovadas.

“Minha perna tem o tamanho que ela tinha há 20 anos e parece estar ficando menor e menor a cada semana, o que é ótimo e já me deu uma qualidade de vida muito melhor”.

Roseanne ainda precisa de US$ 23 mil (R$ 75 mil) para concluir o tratamento, quantia que ela espera conseguir através de doações. Você pode contribuir com a causa clicando aqui.

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