
Ciência
10/08/2016 às 04:29•3 min de leitura
A maioria das mamães que trabalham e que não têm com quem deixar os pequenos quando acaba a licença-maternidade, por volta dos 4 meses, os deixam em creches. É nesse período que o bebê adoece mais, pois o sistema imunológico ainda está se fortalecendo, e os papais vão perceber que é na fase da escolinha que ele adoecerá com frequência.
Na creche, o pequeno entra em contato com outras crianças fora do convívio familiar, o que estimula a defesa do corpo desde cedo. Mas isso é completamente normal, segundo os especialistas, que avisam que até os 2 ou 3 anos é esperado que as crianças tenham até 12 infecções por ano relacionadas a casos menos graves, como gripes e febres.
É por isso que proteger excessivamente o bebê do contato com outras pessoas não é garantia de que ele será mais saudável. De acordo com médicos, o sistema imunológico é desenvolvido em parte pelas doenças que enfrentam, e quando uma criança é criada em um ambiente de constante limpeza, ela tem mais chances de desenvolver problemas relacionados a alergias quando cresce. Veja abaixo algumas das mais comuns que a Alô Bebê selecionou.
Muitos papais se perguntam se é normal o primeiro filho ficar mais doente que o segundo, quando vão a creches ou escolas. Realmente é comum que isso aconteça, porque o primeiro filho, por estar em contato com crianças e adultos mais cedo, leva para dentro de casa viroses e infecções que ele só pegou quando entrou na creche ou na escolinha, mas que o filho mais jovem terá acesso dentro de casa, ao interagir com o irmão mais velho.
O fenômeno, no entanto, é benéfico, e não apresenta riscos para a saúde dos pequenos, embora os pais possam ficar desesperados.
Evitar que o pequeno fique doente ao ir à creche é praticamente impossível. Isso porque haverá troca de saliva, abraços, contato com objetos novos e muitos outros fatores que farão seu filho ficar fragilizado, já que não é possível higienizar tudo o que a criança tocar, apesar de a interação ser totalmente benéfica para a construção das relações humanas.
Mesmo assim, é muito importante que os papais saibam escolher o local mais adequado para colocar seus filhos no período em que não poderão cuidar dele, já que algumas recomendações devem ser levadas em conta. Veja:
Na escolinha ou na creche é mais fácil a transmissão de doenças e as principais vias de transmissão nesses ambientes são:
São doenças transmitidas pelo ar, principalmente gripes, resfriados, estomatites, etc.
As doenças transmitidas via orofecal são aquelas em que as crianças entram em contato com superfícies contaminadas por fezes. Entram nesse perfil doenças relacionadas a viroses, que provocam vômitos, e doenças que causam diarreia.
São doenças que podem ser passadas pelo contato da pele, como impetigo, molusco contagioso, etc.
Para tratar essas doenças é fundamental que o papai e a mamãe, primeiramente procurem o médico de confiança da família e sigam o tratamento indicado por ele. Além disso, toda a criança que está doente não deve ser mandada à creche ou escolinha pelo risco de agravar seu estado de saúde e contaminar outras crianças. Doente, a imunidade do pequeno vai trabalhar para combater o problema, deixando-o mais suscetível a piorar ou contrair novas doenças.
Caso o pequeno apresente quadros de doenças crônicas, como bronquites ou pneumonia, um acompanhamento médico frequente é indicado para que ele possa estar sempre bem e apto a ir à escolinha ou creche.
Além disso, desde quando decidem colocar o filhote na escola, os papais precisam ter um “plano B”, caso a criança fique doente e não possa frequentar a creche. Converse com os avós, amigos e parentes confiáveis, ou até mesmo verifique se é possível tirar um dia do trabalho para cuidar do pequeno. Você nunca deseja que isso aconteça, mas é sempre bom ter uma carta na manga para que a criança cresça saudável e cheia de amor.
Via assessoria