Artes/cultura
11/12/2014 às 09:15•4 min de leitura
Inspiração recorrente nas mais diversas produções cinematográficas, o “fim dos dias” é um assunto que fascina e atrai a atenção de muita gente. Aqui mesmo no Mega Curioso você já teve a oportunidade de ler sobre o Armagedom e o Apocalipse.
Existem religiões que não creem que isso vá acontecer, porém outras levam em seus ensinamentos os conceitos de como serão os eventos de quando tudo acabar.
Nas religiões que acreditam no fim (além de crenças antigas), obviamente, apresenta-se que os eventos virão de um jeito nada agradável. Geralmente, citam que o mundo vai ser aniquilado em forma de guerra, dor, morte, doenças e destruição total, causadas pelo apocalipse.
Alguns preveem os eventos de destruição como antecessores de um recomeço do mundo, uma nova chance para os mortais. Logo abaixo você vai conferir como são alguns cenários religiosos para o fim dos dias que o pessoal do iO9 selecionou e mostraremos agora para vocês:
Pouca gente conhece, mas existe uma religião chamada Zoroatrismo, também conhecida como masdeísmo, que é monoteísta. Ela foi fundada na antiga Pérsia pelo profeta Zaratustra, a quem os gregos chamavam de Zoroastro. De acordo com historiadores, alguns de seus fundamentos influenciaram o judaísmo, o cristianismo e até o islamismo.
Dona da descrição do mais antigo apocalipse da História, o fim dos dias apresentado por Zoroastro (que foi nomeado como Frashokereti) diz que o mundo vai passar vários milênios ficando cada vez pior. Até aí, pode até ter algumas coincidências com os dias atuais.
A doutrina diz ainda que o sol ficaria “manchado”, plantações se recusariam a crescer, só homens maus acumulariam riquezas e tudo seria seguido por uma imensa nuvem escura que cobriria o mundo, fazendo chover criaturas maléficas.
Como se isso já não fosse o suficiente, o Zoroastrismo propôs ainda que um cometa chamado Gochihr vai colidir com o planeta e, basicamente, vai criar um rio gigante de lava que todo mundo terá de percorrer. No entanto, os crentes na religião não vão sentir nada, mas as pessoas más e pecadoras vão derreter em agonia. Porém, quem sobreviver passará a ser imortal e todo o planeta falará a mesma língua e viverá em harmonia.
De acordo com as escrituras hindus, o Kali Yuga é o período final de um ciclo de quatro etapas que o mundo atravessa, e estamos vivendo nessa fase agora. Segundo as escrituras, como o Mahabharata e o Bhagavata Purana, o Kali Yuga consiste em uma era de crescente degradação humana, cultural, moral, social, ambiental e espiritual.
Essa fase é simbolicamente referida como Idade das Trevas, pois marca um grande afastamento das pessoas em relação a Deus.
Entre as profecias descritas no Purana de Vishnu (o deus responsável pelo Universo), cita-se que a riqueza será considerada a única medida de força, governantes matarão mulheres e crianças e bárbaros serão encarregados de espalhar pragas, fome, doenças, mentiras, falsas religiões e grandes secas (está percebendo algumas coincidências aqui também?).
E no final todo mundo morre. Mas, quando isso acontecer, o ciclo pode começar de novo com o período chamado Satya Yuga, a Era de Ouro, quando a Terra será habitada apenas pelos justos e as pessoas viverão por 10 mil anos.
A Teravada é a mais antiga escola budista, que foi fundada na Índia e por muitos séculos foi a religião predominante na maioria dos países continentais do sudeste asiático. Nela, Buda deu ao seu povo o Sermão dos Sete Sóis. Você já pode imaginar que ele consistia no fim do mundo, não é?
Sim, mais seis sóis iriam aparecer, destruindo com o calor rios, lagos e oceanos, cozinhando a Terra. Um deles viria ainda como uma bola de fogo, aniquilando tudo o que poderia ter se salvado do derretimento geral.
A mitologia nórdica é bastante rica, inspirando até hoje filmes sobre os deuses Thor, Odin e Loki. O fim dos tempos descrito por ela é chamado de Ragnarok, “O Crepúsculo dos Deuses”, que é uma série de eventos apocalípticos que definirão o fim do mundo. Nele, os gigantes do gelo e fogo se unem para lutar contra os deuses em uma batalha final que acabará por destruir o planeta, que ficará todo submerso em água.
Segundo a lenda, depois de tudo isso, o mundo vai ressurgir, sendo que os deuses sobreviventes retornam e se reúnem. O mundo será repovoado por dois sobreviventes humanos. O Ragnarok começa com um inverno de três longos anos que leva a uma batalha final sobre o campo de Vígríðr.
De acordo com a história, Odin, que já havia tentado impedir o Ragnarok de ocorrer, levou os deuses. Eles foram auxiliados pelos mortos heróicos que tinham falecido em batalhas gloriosas e tinham sido levados para morar em Valhalla para aguardar a luta final. Já os gigantes de gelo foram conduzidos pelo deus do fogo Loki e auxiliados por mortos indignos e outros monstros.
Odin é morto pelo lobo gigante Fenrir, mas é vingado por seu filho. Thor mata a grande serpente Jormungandr, mas morre logo em seguida, e o demônio Surtur destrói todos os nove reinos em chamas e praticamente todo mundo morre em todos os lugares.
Dois seres humanos, Lif e Lifthrasir, se escondem em uma árvore sagrada chamada Yggdrasil durante a batalha e não retornam até o final. Quando saem, eles repovoaram a Terra. Outros sobreviventes de Ragnarok incluem alguns dos deuses, como Honir (irmão de Odin), Vidar e Vali (filhos de Odin) e Modi e Magni (filhos de Thor). Um dos filhos de Odin, Balder, foi revivido dos mortos após a batalha.
Na mitologia Hopi, a Kachina ou Saquasohuh é um espírito que vai mostrar a vinda do início do novo mundo, aparecendo sob a forma de uma estrela azul. A estrela azul é descrita como o nono e último sinal antes do "Dia da Purificação", descrito como uma catástrofe mundial em que tudo será destruído, mas que vai levar à purificação do planeta Terra.
Esse sinal é apresentado como: "Você vai ouvir falar de uma morada no céu, acima da terra, que cairá com um grande estrondo. Ela aparecerá como uma estrela azul. Logo depois, as cerimônias do meu povo cessarão". A guerra do fim do mundo também é descrita como "um conflito espiritual com assuntos materiais”.