Artes/cultura
03/10/2013 às 11:47•2 min de leitura
Embora a ciência já tenha conseguido desvendar — e até desmentir — inúmeros mistérios que assombravam a humanidade, ainda há tantos outros que continuam sem explicação, como é o caso da existência ou não da alma. Portanto, não é de se estranhar que existam pesquisadores que se dedicam a encontrar uma resposta para essa questão.
Inclusive existe um estudo no qual o peso da alma humana é revelado— aparentemente estabelecido em 21 gramas —, mas imagine a dificuldade em se medir algo tão etéreo como a alma! É claro que o estudo acabou sendo desacreditado pela ciência por falta de provas concretas. No entanto, o cientista russo Konstantin Korotkov garante ter registrado a imagem de uma alma abandonando um corpo com o uso de um equipamento especial.
Fonte da imagem: Reprodução/RT
Korotkov é diretor de um instituto de pesquisa em São Petersburgo, na Rússia, e especialista em fotografia Kirlian que, entre vários usos, supostamente permite capturar imagens da aura através de câmeras bioeletrográficas. Além disso, o russo teria desenvolvido um método para registrar a liberação de gases através dessa técnica fotográfica, empregando esse conhecimento para provar com imagens a existência da alma humana.
O cientista teria conseguido registrar o exato momento em que o espírito de um homem deixa seu corpo, além de acompanhar como esse processo ocorre. Segundo descreve Korotkov, as almas abandonam os corpos de forma gradual, e a cabeça e o umbigo seriam as primeiras áreas a perder sua força vital. A virilha e o coração, por outro lado, seriam os últimos pontos de ligação antes de o processo ser finalizado.
Fonte da imagem: Reprodução/Disclose.tv
Isso, claro, no caso de mortes naturais, pois, segundo o cientista, em caso de mortes violentas ou repentinas, os espíritos ficariam confusos durante vários dias, retornando com frequência para junto de seus corpos, especialmente à noite. Korotkov explica que a visualização em ambos os casos é possível a partir de energia acumulada na alma.
A técnica de fotografia empregada por Korotkov foi, na verdade, popularizada na década de 60 por Semyon e Valentina Kirlian — daí o nome “Kirlian” —, que realizaram experimentos nos quais fotografavam objetos depois de aplicar altas voltagens sobre eles. O casal descobriu que o forte campo elétrico criava uma espécie de aura nas extremidades dos objetos, que inclusive podia ser vista a olho nu.
Experimentos do casal Kirlian Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
Contudo, o curioso e belo efeito acabou atraindo a atenção da turminha ligada ao misticismo, e o próprio casal Kirlian chegou a declarar que o fenômeno representava uma forma de visualizar auras. Korotkov, evidentemente, também acredita nisso. Segundo o russo, a fotografia Kirlian permite, através do estudo das imagens, avaliar o estado físico e fisiológico de pacientes, além de auxiliar em diagnósticos e no monitoramento do progresso de tratamentos médicos.
Fotografia bioeletrográfica Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
Testes realizados por uma equipe da Academia Médica Militar russa demonstraram que o equipamento utilizado por Korotkov é eficaz em matar bactérias presentes nas mãos, mas no que diz respeito aos diagnósticos, não foi possível comprovar nada cientificamente. Desta forma, como você já deve ter deduzido, as alegações do cientista russo foram prontamente desacreditadas pelos céticos, e continuamos sem ter comprovação sobre a existência ou não da alma humana.
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Atualmente, o russo se dedica a viajar pelo mundo para participar de congressos e conferências, além de continuar conduzindo experimentos em uma instituição universitária de São Petersburgo. E você, leitor, o que acha das alegações de Korotkov? Acredita que algum dia será possível provar cientificamente que os humanos têm alma?