Artes/cultura
16/04/2014 às 04:36•2 min de leitura
Sabe aquelas melecas que vinham em pequenos potinhos e com as quais você brincava quando era criança? O Lago Erie parece ser feito só com essas coisas de consistência duvidosa e, por isso, ele é o lago mais gosmento do mundo.
Estamos falando de um dos Grandes Lagos da América do Norte, considerado o 11º maior do planeta. As águas do Erie são responsáveis por transportar grandes navegações e, inclusive, por abastecer as turbinas do Niagara, responsáveis pelo fornecimento de energia hidrelétrica aos EUA e ao Canadá.
Infelizmente o local sofre as consequências do intenso fluxo de cargas e da pesca ilegal, seja por meio da poluição ou da proliferação de algas tóxicas. E é por causa do aumento do número de algas, fenômeno que ocorre principalmente durante o verão, que o lago apresenta esse aspecto viscoso e gosmento.
Fonte da imagem: Reprodução/redorbit
A área coberta de verde chega a atingir quilômetros de extensão, afinal as algas se proliferam rapidamente devido à poluição das águas, que recebem até mesmo material de tratamento de esgoto. Outro fator que favorece o aparecimento das algas verdes no local é a presença de luz e, já que o Eire é um rio de pouca profundidade, os raios solares têm maior penetração. Ponto para as algas.
Se você está aí pensando que algas são apenas plantinhas e que, por isso, são inocentes, saiba que estamos falando de superpopulações tóxicas de algas. Elas morrem um dia? Morrem. Mas aí seus resíduos vão parar no fundo do rio e acabam absorvendo o oxigênio da água durante o processo de deterioração. Quem é que paga o pato? Os pobres bichinhos aquáticos, que morrem aos montes.
Fonte da imagem: Reprodução/Cleveland
É por isso que não raramente o Lago Erie parece um grande necrotério de peixes. E, se você acha que a desgraça acaba por aí, saiba que muitos animais se alimentam desses peixes mortos e, logicamente, são contaminados também.
Tudo isso porque a alga Microcystis aeruginosa, que é essa alga do mal, libera uma substância tóxica que atinge diretamente o fígado de quem a ingere, causando a morte de cães e outros animais que invadem as águas verdes para comer os peixes e provocando irritações cutâneas, dificuldades respiratórias e problemas gastrointestinais em humanos.
Esse problema teve início na década de 1950, quando fazendeiros despejavam resíduos de esgoto e fertilizantes nas águas do Erie. Ou seja: a situação está feia há algumas boas décadas, hein! Que pena.