Ciência
13/04/2017 às 03:19•2 min de leitura
Você não precisa fazer muito esforço para listar uma série de programas culinários, sejam eles de receitas, competição ou sobre alimentação saudável. Mesmo que estejamos cada vez mais abertos a experimentar novas receitas e a dar uma chance a ingredientes e preparos nunca antes imaginados, não sabemos ainda muita coisa sobre alimentos que, por algum motivo, podem nos fazer mal.
O IFL Science falou com o advogado Bill Marler, que há mais de 20 anos trabalha com questões alimentares e atende pessoas que ficaram doentes depois de comer alguns determinados alimentos. Com tantos anos de carreira, Marler elegeu alguns itens que estão simplesmente fora do seu leque de escolhas alimentares e explicou seus motivos para isso. Confira a seguir:
Pois é – má notícia para quem gosta de frutos do mar. De acordo com Marler, os últimos cinco anos foram recheados de casos de pessoas que ficaram realmente doentes depois de consumir esse alimento e, de acordo com ele, a culpa disso está no aquecimento global, que aumentou a temperatura das águas da Terra. Essa variação é ideal para a proliferação de microrganismos que acabam contaminando as ostras.
Marler é categórico nessa questão e diz evitar esses alimentos como evitaria uma praga. Ele explica que, apesar de parecerem mais práticos e convenientes, alimentos previamente cortados e lavados são manuseados por outras pessoas e ficam expostos a todo tipo de contaminação. Para ele, não vale a pena o risco.
As últimas duas décadas foram recheadas de casos sobre bactérias presentes nesses tipos de alimentos, principalmente salmonela e E. coli. Marler diz que simplesmente não consegue comer esses produtos, especialmente se estiverem crus.
Essa vai deixar muitas pessoas – entre elas, muitos chefs de cozinha – tristes, mas a verdade é que, de acordo com Marler, a carne precisa ser cozida a 160 ºC para que salmonela e E. coli sejam mortos e não façam mal a quem está comendo. Infelizmente para alguns, isso significa não consumir carne que esteja muito vermelha.
É, galera, esse advogado veio mesmo para causar polêmica. Se você é do tipo que gosta daquele ovo frito com a gema crua, pode separar o lencinho e ir chorar no canto da cozinha. Infelizmente, quando comemos o ovo dessa forma, ou de qualquer outra maneira em que ele não esteja totalmente cozido, aumentamos significativamente as chances de ficar com alguma intoxicação alimentar.
É verdade que muitas linhas de estudo nutricional defendem a ideia de que a pasteurização do leite e de alguns tipos de suco é um processo capaz de reduzir o valor nutricional desses produtos. No entanto, Marler afirma que o que faz mal mesmo é consumir esses itens em seu estado natural, já que o risco da proliferação de bactérias, vírus e parasitas é bem maior nesses casos. Para ele, não há qualquer benefício que faça o risco do consumo desses produtos valer a pena.
Sempre bom lembrar, nesses casos, que a relação acima foi feita por uma pessoa que trabalha com o ramo e que, por causa disso, tem suas preferências e exigências alimentares. Você tem todo o direito de concordar ou não com elas – aliás, se você se preocupa com a qualidade dos alimentos que come, o ideal é buscar suporte de um especialista em nutrição, sempre.
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