Estilo de vida
06/06/2017 às 05:47•2 min de leitura
Mesmo que você não beba, possivelmente conhece a história de alguém que tomou aquele pileque e saiu falando um monte de coisas que, depois do fim do efeito do álcool, acabou causando o bom e velho arrependimento.
De mensagens para pessoas do passado a danças no balcão da boate, tem gente que realmente faz o que não queria quando bebe em excesso. A questão é: será que não queria mesmo? Será que a bebida traz à tona um lado oculto da nossa personalidade ou será que a pessoa que somos quando bêbados é, na verdade, a mesma que somos quando sóbrios?
Uma pesquisa divulgada recentemente tem de tudo para acabar com as desculpas daquelas pessoas que, depois de um porre, dizem que não queriam ter feito nada. A verdade é que, ao contrário do que tendemos a imaginar, nossa personalidade não muda quando bebemos.
É fato que pessoas bêbadas se comportam de maneira diferente, geralmente ficando mais extrovertidas e expansivas, com menos medo e vergonha. Para descobrir se aquela história de “fez bêbado, pensou sóbrio” é verdade, os pesquisadores contaram com alguns voluntários, que foram divididos em dois grupos: os que receberam drinks feitos à base de Sprite com vodca e os que não ingeriram bebida alcoólica alguma.
Depois de consumirem a bebida, as pessoas tinham que realizar algumas atividades enquanto seus desempenhos eram avaliados por um grupo de pessoas que elas não conheciam.
Os indivíduos que beberam o drink com vodca ficaram mais extrovertidos do que a galera sóbria, e os observadores avaliaram seus comportamentos com base em cinco fatores de personalidade. O que se notou também foi que as pessoas bêbadas pareciam menos neuróticas, mas, nas áreas relacionadas à conscienciosidade, abertura e conveniência, não houve diferença entre os grupos.
É preciso levar em conta alguns fatores sobre a pesquisa: os participantes estavam em um ambiente não familiar; as doses foram medidas com a intenção de que eles não ficassem embriagados demais; e os voluntários que beberam álcool foram comparados a outras pessoas sóbrias, e não às suas próprias versões sóbrias.
As pessoas que avaliaram os fatores de personalidade não conheciam nenhum dos participantes, então vale frisar que as anotações nesse sentido não podem ser levadas totalmente em consideração, justamente porque a personalidade de cada pessoa é algo de extrema complexidade.
O que foi avaliado, na verdade, foram as mudanças óbvias de comportamento, que somos realmente capazes de notar até mesmo nas pessoas que não conhecemos.
Os pesquisadores deixaram claro que mudanças drásticas de comportamento, especialmente quando a pessoa fica agressiva, indicam que o indivíduo pode ser dependente de álcool ou pode estar com algum problema pessoal ou psicológico. Reagir mal não é, portanto, algo natural.
Os próprios participantes também fizeram um relatório de seus estados de consciência, com relação à abertura para se relacionar com outras pessoas e à afabilidade. De acordo com os pesquisadores, as maiores mudanças mesmo podem ser sentidas pelas pessoas quando bebem internamente e às vezes não podem ser vistas pelos que estão ao seu redor.
Ou seja: ainda que não haja diferença entre quem você é sóbrio e quem você é quando bebe, talvez a maior diferença seja vista apenas por você – a não ser que existam fotos da sua dança em cima da mesa do bar. Aí todo mundo poderá ver mesmo.
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