
Ciência
12/06/2013 às 11:37•1 min de leitura
De acordo com uma notícia do NewScientist, um grupo de pesquisadores japoneses pode ter descoberto a razão de as plantas serem verdes. Segundo a publicação, a pigmentação das plantas é proveniente de um componente celular chamado plastídio, que também é essencial para que a fotossíntese ocorra.
Já explicamos por aqui que a grama é verde — assim como a maioria das plantinhas — devido à presença da clorofila, um tipo de pigmento fotossintético presente nos cloroplastos. Por sua vez, essa organela (o cloroplasto) é um tipo de plastídio, cuja existência os cientistas suspeitam que tenha sido originada na forma de bactéria. Além disso, sempre se perguntou como é que esse componente celular passou a fazer parte da estrutura das plantas.
Cloplastos Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
A teoria é de que, há mais de 1 bilhão de anos, um tipo primitivo de alga começou a se alimentar desses “plastídios-bactéria”, que passaram a viver no interior das algas, assim como no de seus descendentes mais complexos, passando a fazer parte de sua estrutura biológica. O problema, entretanto, é que nunca se havia observado nenhuma alga capaz de engolir bactérias, tornando impossível comprovar a teoria.
Contudo, os pesquisadores japoneses descobriram um desses organismos: uma alga unicelular conhecida como Cymbomonas, pertencente a um dos grupos mais antigos de algas de que se tem notícia. Os cientistas observaram que, apesar de esses organismos sobreviverem através da fotossíntese, em condições de pouca luz eles começam a se alimentar de bactérias.
As Cymbomonas engolem os microrganismos por meio de um tubo digestivo, que termina em uma espécie de estômago microscópico — o vacúolo —, onde as bactérias são digeridas. Os pesquisadores acreditam que as primeiras algas verdes provavelmente engoliam os plastídios-bactéria da mesma forma, só que sem digeri-los, e que esses microrganismos passaram a viver no interior de seus novos hospedeiros, eventualmente tornando-se parte de sua estrutura.