Estilo de vida
30/01/2021 às 02:00•2 min de leitura
Em meados do ano de 2018, os ingleses Paula e Les Andley, ambos ex-professores de distintos segmentos da biologia, fundaram a Indlovu Gin. Após se aposentar e mudar para a África do Sul, o casal uniu o propósito de ajudar a conservar a região e o amor por gin, consolidando essa ideia, um tanto quanto singular, que surgiu em uma de suas viagens à reserva animal sul-africana.
Segundo entrevista feita à CNN, Paula e Les contam que a função e a importância das fezes de elefante para o funcionamento de seu negócio ocorreu de forma simples e natural, tendo em vista que nenhum dos dois havia sequer pensado única e exclusivamente em integrar os componentes ao destilado.
A partir disso, o casal entrou em contato com o Botlierskop Private Game Reserve, um hotel voltado para a visita ao safári. Na ocasião, eles questionaram se havia a possibilidade de o hotel enviar a eles um pouco do esterco dos elefantes, que lhes foi concedido rapidamente, para então iniciarem os estudos de como seria preparada a bebida.
Para que a utilização das fezes do elefante seja viabilizada, elas são secas e esterilizadas, seguidas de um novo enxágue e desidratadas novamente, para que assim sejam incorporadas ao gin. Mas afinal, qual a composição do esterco que o tornou ingrediente essencial para a Indlovu Gin?
A resposta é bem simples! Tendo em vista que os elefantes se alimentam essencialmente de raízes, frutas, cascas e folhas, abrangendo também a aloe vera e as acácias, estes componentes são acrescentados aos clássicos do gin, como por exemplo o coentro e o zimbro, e resultam em um sabor amadeirado com nuances botânicas.
Com sua primeira produção, ocorrida em novembro de 2019, a Indlovu Gin vem conquistando o mercado de países da África e da Europa. Além de seu sabor característico, cada garrafa contém as coordenadas geográficas de onde e quando as fezes foram coletadas.
Não bastassem os impactos positivos que Paula e Les Andley proporcionaram à região sul-africana e sua comunidade, o casal destinou 15% dos lucros da destilaria Andleys à Fundação África como doação para ajudar na preservação dos elefantes.