Estilo de vida
26/01/2017 às 07:18•2 min de leitura
A belíssima imagem do nosso planeta que você acabou de ver acima é extraordinária — não restam dúvidas sobre isso, certo? Mas tem algo mais sobre ela que é muito legal. O registro pertence a uma nova série de fotografias da Terra obtidas via satélite, e se trata da imagem mais detalhada que existe do nosso mundo até o momento.
De acordo com Kacey Deamer, do portal Live Science, as fotos foram obtidas por meio do satélite meteorológico GOES-16 lançado pela NOAA — Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA —, que tem como missão ajudar os meteorologistas a monitorar padrões climáticos com mais precisão.
Segundo Dave Mosher, do site Business Insider, a imagem que você viu na abertura da matéria — e que poderá conferir novamente a seguir — foi registrada no dia 15 janeiro, e permite que várias coisas sejam identificadas. Dá, por exemplo, para ver a América do Norte e do Sul, assim como os oceanos que banham o continente, tudo sob uma camada composta por uma porção de nuvens. Veja:
Viu o nosso Brasilzão?
Já no registro que você pode conferir abaixo, é possível identificar poeira proveniente do deserto do Saara — na parte direita da foto — sendo levada pelo vento ao Oceano Atlântico. Olha só:
Areias do deserto sendo levadas pelo vento
Na imagem a seguir, dá para ver uma pequena porção da América do Sul, mais precisamente, a Argentina, assim como uma tempestade se formando na região nordeste e ondas de gravidade na parte sudeste. Veja:
A Argentina, sem muitas nebulosidades
Na galeria que incluímos a seguir, você pode conferir mais detalhes interessantes, como uma imagem da Península de Yucatán, situada na América Central, outra mostrando a Flórida e parte do Caribe, também na região central do continente americano, e uma do oeste dos EUA.
Galeria 1
O satélite da NOAA foi lançado em novembro do ano passado, e se encontra em órbita a aproximadamente 35,9 mil quilômetros da superfície da Terra. Na realidade, o equipamento está posicionado em uma órbita geoestacionária, isto é, o GOES-16 acompanha a rotação do nosso planeta.
É assim que a órbita geoestacionária funciona
Isso significa que, graças a esse tipo de órbita, o satélite permanece sempre posicionado sobre a mesma região da Terra, o que permite que variações na atmosfera, nos oceanos e nos continentes possam ser monitoradas ao longo do tempo com mais precisão.
O satélite usa a Lua para calibrar as imagens que ele captura
O equipamento é capaz de capturar as imagens em mais comprimentos de onda da luz e com uma resolução quatro vezes superior à dos demais satélites utilizados pela NOAA. Além disso, o GOES-16 registra uma nova imagem dos EUA a cada cinco minutos — e uma completa da Terra a cada 15 —, e envia os registros de volta ao nosso planeta com uma frequência cinco vezes mais alta do que os outros satélites que a organização mantém em órbita.
Os registros capturados pelo GOES-16 são mais ou menos assim antes de eles serem transformados nas imagens que você viu ao longo da matéria
Com isso, os meteorologistas poderão fazer o acompanhamento de sistemas climáticos — entre eles o progresso de grandes tempestades e furacões — com bastante precisão e com atualizações bem rápidas. Assim, o novo sistema oferece mais ferramentas para que a evolução desses eventos climáticos possa ser prevista, permitindo que os sistemas de alerta e emergência também possam se organizar e trabalhar melhor.
* Caso você queira explorar a imagem da Terra em alta resolução, basta acessar este link ou visitar o site da NOOA aqui.