Artes/cultura
22/03/2017 às 13:38•3 min de leitura
Você já ouviu falar sobre a Depressão de Afar? Também conhecida como Triângulo de Afar, trata-se de uma região no leste da África localizada entre a Etiópia, Eritreia e a República do Djibouti, na qual ocorre o encontro de três placas tectônicas, as quais estão se separando a um ritmo entre 1 e 2 centímetros por ano.
Essa intensa atividade geológica acaba provocando um enorme estresse na crosta terrestre, resultando no surgimento de fissuras, vulcões, escarpas, falhas, fumarolas e fontes termais. A imagem de satélite abaixo — capturada pela NASA — mostra uma área que parece estar congelada. No entanto, sob a superfície o magma “corre solto” e mantém nada menos do que 12 vulcões ativos, sem contar que os tremores de terra são sentidos constantemente.
Fonte da imagem: Reprodução/NASA
Nessa região também está localizado o Lago Assal, que marca o ponto mais baixo de todo o continente africano, a 155 metros abaixo do nível do mar. Devido à baixa elevação, o Mar Vermelho acabou inundando a Depressão com frequência no passado, deixando para trás depósitos de sal que hoje são explorados por mercadores. Surpreendentemente, também existem inúmeras tribos pastoris que, de alguma maneira, conseguem sobreviver na região.
Além da geologia incomum, a Depressão de Afar também é conhecida por ter sido o lar de alguns fósseis famosos, entre eles o Australopithecus afarensis (carinhosamente chamado de Lucy), o Ardipithecus ramidus, Ardipithecus kadabba e o Australopithecus garhi. Além disso, as ferramentas de pedra mais antigas de que se tem notícia também foram encontradas na Depressão.
O fotógrafo George Steinmetz da National Geographic capturou incríveis imagens da região, e você pode conferir uma das paisagens mais surreais do planeta a seguir:
Fonte da imagem: Reprodução/George Steinmetz
Durante séculos, os blocos de sal foram utilizados na região da Etiópia como moeda de troca, e a imagem acima mostra caravanas chegando às minas do Lago Assal.
Fonte da imagem: Reprodução/George Steinmetz
A fotografia acima retrata trabalhadores processando o sal no Lago Afrera — mais um da região —, cuja mina ficou temporariamente desativada depois que a erupção de um vulcão na Eritreia cobriu a área com uma camada de cinzas.
Fonte da imagem: Reprodução/George Steinmetz
Embora pareça um monte de vértebras depositadas no solo, as estruturas acima consistem em antigos rios de lava que fluíam pela região.
Fonte da imagem: Reprodução/George Steinmetz
Formação de gêiseres traz água extremamente quente e vapor para a superfície.
Fonte da imagem: Reprodução/George Steinmetz
O lago de lava borbulhante da imagem acima pertence ao vulcão Erta Ale, o mais ativo da região.
Fonte da imagem: Reprodução/George Steinmetz
Com cerca de 1,8 metro de altura e entre 6 e 9 metros de base, as dunas acima são esculpidas pela constante ação do vento que sopra de leste a oeste.
Fonte da imagem: Reprodução/George Steinmetz
Rochedos e cânions de quase 25 metros de altura localizados nas laterais da Montanha Dallol.
Fonte da imagem: Reprodução/George Steinmetz
As estruturas acima são formadas a partir de vapor rico em minerais proveniente de câmaras de magma localizadas no subsolo, que, conforme vai evaporando, deposita partículas ao longo das passagens de ar.
Fonte da imagem: Reprodução/George Steinmetz
Considerado um dos lagos mais salgados do mundo, o calor intenso da região aliado aos fortes ventos provoca a rápida evaporação das águas, deixando para trás uma variedade de minerais que se acumulam ao longo da margem, além de muito sal, claro.
Fonte da imagem: Reprodução/George Steinmetz
Mais uma imagem do Lago Assal, a fotografia mostra grandes depósitos de sal.
*Publicado originalmente em 23/07/2013.