Ciência
21/05/2014 às 06:45•2 min de leitura
Vivemos em uma era tecnológica na qual, se precisamos escrever alguma coisa, basta digitar e imprimir. Escrever à mão é coisa do passado e existem pessoas que não fazem isso há muito tempo. Porém, ainda tem muita gente que não abre mão dessa prática. O kit lápis, papel e borracha é ainda muito necessário, principalmente para crianças em fase de aprendizado!
Filosofando sobre a arte de escrever, muita gente se pega pensando: “Como é que a borracha pode apagar o que eu escrevo no papel?”. Você é uma dessas pessoas? Tem essa curiosidade? Essa pergunta é realmente muito fácil de ser respondida e nós vamos explicar como é que isso funciona.
Ao contrário do que muita gente pensa, o lápis não é feito de chumbo. Eles realmente eram feitos desse material quando foram inventados pelos romanos. Porém, em 1564, uma grande reserva de grafite foi descoberta na Inglaterra e foi constatado que esse material era muito melhor que o chumbo no processo da escrita.
Ele deixava uma marca mais forte e não era tóxico. Então, o chumbo foi substituído definitivamente pelo grafite, que recebeu um revestimento para não sujar as mãos de quem utilizava. Em 1795, Jacques Conté misturou grafite com água e argila, criando o que conhecemos hoje como lápis.
Borracha é aquele item que você já conhece usado para apagar marcas deixadas por lápis e até mesmo alguns tipos de canetas. Você pode encontrá-las em diversas cores e formatos e quase sempre são feitas de borracha sintética à base de petróleo (não são feitas de látex de borracha natural, que causa alergia em algumas pessoas). Enxofre (para dar resistência), amaciante e outros produtos também são adicionados ao produto.
As borrachas mais comuns são aquelas cor-de-rosa encontradas no topo dos lápis e aquelas em formato retangular, normalmente na cor branca. Há também borrachas cilíndricas em formato de lápis, além das Art Gum, que são macias e utilizadas em grandes áreas, e das borrachas Kneaded, que captam as marcas de lápis ao serem pressionadas sobre o papel em vez de serem friccionadas.
Como foi dito, ao escrevermos, o lápis libera grafite e não chumbo, como muitos pensam. As partículas de grafite se agarram às fibras do papel, deixando assim a marca que conhecemos. As moléculas de borracha são mais rígidas do que as fibras do papel, então o grafite acaba se agarrando a elas, limpando tudo o que escrevemos.
Dependendo do tipo de borracha, até mesmo uma fina camada do papel pode ser removida junto com o grafite. As mais duras costumam fazer isso, como aquelas da ponta do lápis. O que garante um melhor processo de limpeza é a rigidez da borracha, por isso umas costumam funcionar melhor do que outras.
Antes de a borracha ser inventada, era usado um pedaço de pão branco enrolado e úmido (com as bordas cortadas) para remover as marcas de lápis usadas na escrita. Até hoje essa técnica ainda é usada por alguns artistas para clarear carvão nas pinturas, entre outras técnicas.