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09/01/2017 às 03:51•2 min de leitura
Se você que é tão velho ou velha quanto eu, especialmente se for homem e nascido no Brasil, tem grandes chances de ter crescido aprendendo a gostar de carros, de alguma forma – seja assistindo as corridas de Fórmula 1 aos domingos para torcer pelo Ayrton Senna ou simplesmente porque teve alguém da sua família (e sempre tem) que era fissurado por carros.
Pois bem, segundo Henrik Christensen, especialista em robótica e diretor do Instituto de Robótica Contextual de San Diego, as crianças nascidas hoje não terão esse mesmo foco. Na verdade, segundos as palavras dele, é possível que os pequenos sequer cheguem a dirigir um carro. Tipo, nunca na vida delas. Que futuro triste, cara!
“Minha previsão é de que as crianças nascidas hoje nunca vão dirigir um carro. Os veículos autônomos estão a 10, 15 anos de chegadas no mercado. Todas as companhias automotivas – Daimler (Mercedes-Benz), GM, Ford – estão falando que em cinco anos elas querem carros autônomos nas ruas”, explica Christensen.
É, talvez isso não aconteça mais...
E não é como se o cara odiasse dirigir: o especialista afirma que ama dirigir seu carro, mas é mais sobre uma questão de quanto tempo as pessoas perdem no trânsito em vez de estarem fazendo alguma outra coisa. Henrik diz que o advento dos veículos autônomos permitirá o dobro de carros nas ruas sem mexer na infraestrutura.
Além disso, reforçando uma tese que está sendo reforçada a todo instante na indústria automobilística – inclusive por nomes como Elon Musk e John Zimmer (da Lyft, concorrente da Uber) –, Christensen também acredita que você ser “dono” de um carro é um conceito que deve desaparecer dentro de 20 anos.
“Não vai haver necessidade de termos garagens no centro da cidade. Em teoria, você sai do carro e diz: ‘Me busque às quatro da tarde’. No longo prazo, e estamos falando daqui 20 anos, no máximo, você nem mesmo terá um carro – ele se tornará um serviço”, diz.
Embora seja muito legal pensar que as pessoas que hoje só têm um carro para se locomover poderão se livrar dessa dependência, por outro lado é triste para os entusiastas pensar num futuro sem a tradicional paixão pelos automóveis.
E pra você, esse futuro é bom ou ruim? Não deixe de comentar!
Via TecMundo.