Estilo de vida
09/07/2018 às 03:00•3 min de leitura
Se você é fã de filmes de terror e games de mortos-vivos, já deve ter se deparado com vários parasitas de arrepiar os cabelos, capazes de invadir os corpos de suas vítimas e transformá-los em escravos sangrentos. Mas você sabia que existem criaturas zumbis de verdade vivendo na natureza e que podem ser encontradas nos mais inusitados locais?
Pensando nisso, o pessoal do site TopTenz.net criou uma lista com esses seres, e você pode conferir os sete parasitas zumbis mais sinistros do planeta a seguir:
Fonte da imagem: Reprodução/TopTenz.net
A criaturinha da figura acima pertence a um gênero de fungos chamado Cordyceps, que conta com aproximadamente 400 espécies descritas, todas elas parasitas. Esses seres atacam principalmente insetos e outros artrópodes, tomando seus corpos completamente e inclusive afetando seu comportamento.
Uma das espécies desse fungo, a Cordyceps unilateralis, por exemplo, depois de infectar formigas e transformá-las suas hospedeiras, faz com que elas subam à parte mais superior das plantas e fiquem agarradas ali antes de morrer, de forma que espalhem a maior quantidade possível de esporos do fungo, que brotará do interior do inseto morto.
Fonte da imagem: Reprodução/TopTenz.net
Embora já tenha sido confundido com um fungo, o ser acima é uma pequena espécie de crustáceo marinho chamada de Sacculina, que ataca os caranguejos. Depois de encontrar uma vítima, a fêmea descarta mais de 90% do próprio corpo, reduzindo-se a um agrupamento de células que se ramificam no interior do hospedeiro.
Uma vez tenha dominado o organismo do caranguejo, a craca fêmea abre um pequeno orifício para que o macho entre e os dois possam acasalar. Caso o hospedeiro seja fêmea, o parasita faz com que a “carangueja” carregue e distribua as larvas de Sacculina pensando que se tratam de seus próprios caranguejinhos, e se o hospedeiro for macho, a craca provoca uma transformação que faz com que o caranguejo se comporte como fêmea.
Fonte da imagem: Reprodução/TopTenz.net
Embora o caracol da imagem acima pareça uma espécie colorida e diferente, na verdade ele teve o corpo “possuído” por uma espécie de verme chamada Leucochloridium. Esses seres espertinhos, apesar de invadir as lesmas, só completam o seu ciclo de vida nos corpos de determinados pássaros. Portanto, além de usar os caracóis como isca, também são capazes de alterar seu comportamento e aparência, de forma que fiquem mais atraentes para as aves.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
Este curioso parasita, apesar de não controlar a mente de seus hospedeiros como os exemplos anteriores, é capaz de transformar suas vítimas em verdadeiros monstros. Chamado Ribeiroia, trata-se de um verme que infecta as rãs e provoca deformações em seus membros com o objetivo de torna-las alvos fáceis para seus predadores naturais. Dessa forma, os parasitas acabam sendo transportados de carona de uma lagoa a outra.
Fonte da imagem: Reprodução/TopTenz.net
Eis aqui mais um parasita capaz de transformar o comportamento do hospedeiro. Conhecido como Dicrocoelium dendriticum, ele habita o fígado dos bovinos, contaminando suas fezes com pequenos ovinhos, que são comidos pelas formigas. As larvas infectam os cérebros dos insetos que, então, passam a se comportar como se fossem vampiros!
Assim, em vez de voltar para os formigueiros todas as noites, as formiguinhas sobem até as extremidades das folhas e ficam lá, agarradas até a manhã seguinte. A larva faz com que as formigas se comportem dessa forma para que sejam comidas pelo gado juntamente com o pasto — e assim recomeçar o ciclo —, e o inseto fica nas pontas das folhas durante a noite para não morrer pela ação do sol e não matar as larvinhas parasitas.
Fonte da imagem: Reprodução/TopTenz.net
Apesar de ser uma mosquinha pequenina, parente das drosófilas que se proliferam junto às frutas, a Pseudacteon tem um comportamento bem sinistro. As fêmeas dessa espécie põem ovos nos corpos de formigas, e as pequenas larvas invadem as cabeças das coitadinhas e devoram os seus cérebros. O pior é que as formigas não morrem imediatamente, vagando durante dias feito verdadeiros zumbis até que suas cabeças eventualmente caiam.
Fonte da imagem: Reprodução/TopTenz.net
Existem na natureza inúmeros insetos parasitoides, e uma dos mais sinistros provavelmente é o Glyptapanteles. Trata-se de uma vespa que costuma atacar as lagartas, depositando seus ovinhos sobre esses insetos, transformando-os em uma espécie de guarda-costas zumbi. Assim, uma vez depositadas, as larvas penetram nos corpos das lagartas, alimentando-se delas até serem expelidas já na forma de casulos.
As coitadas das lagartas não morrem durante esse processo, senão que adotam uma posição de guarda para proteger os casulos, cobrindo-os com camadas de seda e afugentando possíveis predadores. Só depois que a metamorfose das vespas parasitoides é finalizada e as pequenas vespinhas saem dos casulos é que a lagarta zumbi morre de exaustão e fome!
*Publicado originalmente em 08/03/2013.
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