Estilo de vida
15/02/2017 às 06:47•1 min de leitura
Não podemos negar que polvos são criaturas fascinantes e que, pela maneira como são formados, intrigantes também. Como conseguem coordenar tantos tentáculos de uma vez só? Como sabem que encontraram algo bom para comer? Será que cada tentáculo tem uma função?
Bem... A verdade é que cada “bracinho” desse animal tem diversas estruturas sugadoras que servem como narizes e línguas – sem falar, é claro, nos milhões de neurônios que estão neles também.
Para sermos mais exatos, um polvo tem 500 milhões de neurônios ao longo do seu corpo – 100 milhões a menos do que os cachorros. Essas células neuronais são responsáveis pela compreensão que o polvo tem do que está ao seu redor e pela maneira como processa essas informações.
O cérebro central do polvo é localizado entre seus olhos, mas não tem controle sobre os movimentos que o bichinho faz, já que dois terços dos neurônios do polvo se concentram em seus tentáculos.
“É mais eficiente colocar células nervosas nos braços. O braço é um cérebro por si só”, resumiu o neurobiólogo Binyamin Hochner, da Universidade Hebraica de Jerusalém, em declaração publicada no Mother Nature Network.
Esse fato de que cada tentáculo de um polvo é uma espécie de cérebro, capaz de sentir cheiros, gostos e de “pensar”, é o que faz com que cada tentáculo trabalhe de seu próprio modo e independente do cérebro principal do animal.
Funciona assim: o cérebro central do polvo envia sinais para cada tentáculo que, a partir de então, sabe em qual direção e o quão rapidamente deve ser movimentar. Dessa maneira, cada tentáculo é responsável por saber o que capturar para cada refeição na hora de buscar comida embaixo de pedras, por exemplo.