Artes/cultura
26/09/2014 às 04:50•1 min de leitura
Cachorros são criaturas fofas, inteligentes, sensíveis e, em alguns casos, assassinas. Nessa última categoria se encaixa “Pep the Black”, um cão acusado de ter provocado a morte de uma criaturinha de muita estima ao governador da Pensilvânia, Gifford Pinchot, em 1924.
Foi basicamente por ter “mexido” com um animal de estimação da pessoa errada que Pep não só foi preso, como condenado a passar o resto de sua vida na penitenciária do estado.
O presídio em si, quando construído, era o maior e mais caro edifício público da História. O prédio era o primeiro a oferecer estrutura de reabilitação, que separava os detentos e possibilitava a recuperação social de cada um deles.
A penitenciária de Pep teve outros presos famosos, como o lendário Al Capone e o ladrão de bancos Willie Sutton. Por que, afinal de contas, alguém colocaria um cachorro ao lado desses criminosos? A verdade é que Pep nem foi o responsável pela morte do animal de estimação do governador. Essa foi a história que o político resolveu contar
A verdade é que Pinchot defendia um sistema penitenciário que focasse em reabilitar o preso a viver em sociedade, e não em castiga-lo e obriga-lo a viver em condições desumanas. Pinchot havia estudado a respeito e sabia que cachorros eram utilizados como uma espécie de terapia para os presidiários.
Pep era um dos cães da família do governador, que já estava pensando em levar o animal para o presidio. Com medo de ser ridicularizado pelo jornal local, Pinchot resolveu contar a história do cachorro que invadiu sua casa e, sem piedade, matou um dos gatos da família. Furioso, o governador condenou o cachorro à prisão perpétua.
Ainda não é possível afirmar com certeza se Pep passou mesmo todos os dias de sua vida na prisão, bem como não se sabe ao certo se ele era tratado como preso ou como parte da terapia dos presidiários do local. O fato é que o cachorro gerou muita curiosidade e Pinchot frequentemente recebia cartas de cidadãos que pediam para que o animal fosse solto.