Mais 8 múmias em estados impressionantes de preservação

18/10/2016 às 11:453 min de leitura

1. A esposa de Dom Pedro I, em São Paulo (SP)

Entre fevereiro e setembro de 2012, uma equipe de pesquisadores da USP foi autorizada pelos descendentes da família imperial brasileira a exumar os restos mortais de Dom Pedro I e suas duas mulheres, as imperatrizes Dona Leopoldina e Dona Amélia. Os cientistas ficaram impressionados com o bom estado de conservação da segunda esposa do monarca, Dona Amélia, que tinha partes do seu corpo bem preservadas, como unhas, cílios e cabelos. Segundo os especialistas, ela foi mumificada antes de ser sepultada. 

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2. O Homem de Tollund, em Silkeborg, na Dinamarca

Como você já deve ter visto, algumas mumificações são decorrentes de rituais de embalsamento ou devido à ação do congelamento na neve. Mas, neste caso, a mumificação aconteceu naturalmente, graças a algumas camadas de turfa, que nada mais é do que um amontoado de musgos, que, sob determinadas condições, acaba se transformando em carvão.

Essa técnica natural de mumificação ajudou a conservar o corpo deste homem, que viveu por volta de 400 a.C., até ele ser encontrado na década de 1950 em uma região pantanosa da Dinamarca. Embora seu semblante pareça tranquilo, quando foi descoberto, havia uma corda envolta em seu pescoço — o que indica que sua morte não foi tão serena assim. Ele é uma das atrações do museu da cidade de Silkeborg — localizada a cerca de 200 km da capital da Dinamarca, Copenhague.

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3. Múmias de Guanajuato, em Guanajuato, no México

Do México vêm outros exemplos de mumificação natural, mais especificamente da cidade de Guanajuato — a cerca de 350 km da Cidade do México. São 111 corpos de antigos moradores da localidade que tiveram seus traços bem preservados graças a características peculiares do solo da região. Eles foram exumados de um cemitério local e entregues para os curadores de um museu depois que as famílias dos falecidos deixaram de pagar o aluguel do jazigo.

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4. Múmia de um monge congelado, da província de Songino Khairkhan, na Mongólia

Em 2015, foram encontrados no interior da Mongólia os restos mortais bem preservados de um monge, sentado em posição de lótus, que teria morrido congelado 200 anos atrás. Os peritos que avaliaram a peça afirmaram que o fato de ela estar coberta por uma pele de gado pode ter cooperado para o seu bom estado de conservação. 

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5. A donzela de Dai, em Changsha, na China

No Museu Provincial de Hunan, na China, está exposta uma múmia conhecida como "A donzela de Dai" — que teria sido casada com um marquês que pertenceu à dinastia Han. Quando foi descoberto, na década de 1970, seu túmulo estava envolto em seda e coberto por camadas de carvão e argila branca – materiais que ajudaram na boa conservação da múmia. Exames posteriores permitiram que os arqueólogos auferissem sua datação exata: segundo eles, ela teria morrido entre 178 e 145 a.C., quando tinha aproximadamente 50 anos de idade.

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6. A Donzela, em Salta, na Argentina

Estudos afirmam que esta garota foi morta aos 15 anos em um provável ritual de sacrifício realizado há 500 anos. Seus restos mortais e os de outras duas crianças foram descobertos em 1999 nos arredores do vulcão argentino Llullaillaco, situado a 6,7 mil metros acima do nível do mar.

Vestígios de coca — planta mascada pelas civilizações andinas para aliviar os enjoos provocados pela altitude — e de licor de milho foram encontrados em seu organismo, indicando que os seus parentes procuraram dar um pouco de conforto a ela antes de sua morte. Embora seu sacrífico nos cause estranheza, de acordo com o que os arqueólogos conseguiram apurar, ser sacrificado era uma grande honra, segundo as tradições daquele povo. 

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7. Múmia Kherima, no Rio de Janeiro (RJ)

O Museu Nacional, no Rio de Janeiro, mantém em exposição três múmias do Egito Antigo que foram compradas em 1826 por Dom Pedro I. Entre as peças está o corpo bem conservado de uma mulher que teria vivido 2 mil anos atrás, mas que ainda intriga estudiosos sobre as suas exatas origens. Há poucos registros sobre a técnica empregada para enfaixá-la — na qual os membros são atados individualmente —, o que torna o seu valor histórico ainda maior.

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8. O corpo de Rosalia Lombardo, nas Catacumbas Capuchinhas de Palermo, na Itália

Um dos embalsamentos mais famosos de todos os tempos é o da menina italiana Rosalia Lombardo, morta em 1920 em decorrência de uma pneumonia. Seu pai, inconsolável, procurou o taxidermista e embalsamador Alfredo Salafia, com a intenção de preservar o corpo da garota. O trabalho foi tão bem-sucedido que, mesmo depois de 90 anos da sua morte, parece que ela está tirando um demorado cochilo. 

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