Ciência
19/10/2023 às 03:00•2 min de leitura
A famosa obra-prima de Leonardo da Vinci, a Mona Lisa, tem fascinado o mundo por séculos com seu sorriso enigmático e a técnica artística inovadora. Recentemente, cientistas descobriram um segredo por trás da pintura que revela a genialidade de Da Vinci. Usando raios X para examinar uma pequena partícula do quadro, eles descobriram pistas sobre a técnica de pintura peculiar usada por Leonardo, revelando sua mente curiosa e experimental.
Da Vinci usou técnica de pintura experimental na Mona Lisa
O estudo, publicado no Journal of the American Chemical Society, sugere que Leonardo da Vinci estava em um estado de espírito particularmente experimental quando começou a trabalhar na Mona Lisa. A pesquisa foi liderada por Victor Gonzalez, um químico do CNRS, principal órgão de pesquisa da França, que examinou as composições químicas de inúmeras obras de arte, incluindo obras de Da Vinci e Rembrandt.
A descoberta mais notável foi a composição química da camada base de tinta da pintura. Diferentemente de outras obras de Da Vinci e de sua época, a camada base da Mona Lisa apresentava uma assinatura química distinta. Os cientistas encontraram um composto raro chamado plumbonacrite, um subproduto do óxido de chumbo, o que sugere que Leonardo usou pó de óxido de chumbo para espessar e acelerar a secagem da tinta. Esta é a primeira evidência concreta dessa técnica, antes apenas suposta por historiadores da arte.
Plumbonacrite, um subproduto do óxido de chumbo
Leonardo da Vinci é amplamente conhecido por sua curiosidade e inovação, e essa descoberta confirma seu espírito de experimentação contínua como pintor. Sua disposição para explorar novas técnicas é o que torna sua arte atemporal e moderna.
Da Vinci tinha um forte espírito de inovação e experimentação
A descoberta da utilização do plumbonacrite na camada base da Mona Lisa oferece uma visão mais profunda do processo criativo de Da Vinci. Sua disposição para experimentar com diferentes técnicas revela sua genialidade como artista renascentista.
A presença de plumbonacrite na Mona Lisa também sugere que essa técnica pode ter sido transmitida ao longo dos séculos, visto que Rembrandt, um mestre holandês do século XVII, também teria usado uma receita semelhante.
Pesquisas sugerem que Rembrandt também usou a mesma técnica com plumbonacrite
Embora a pesquisa atual seja um passo importante, é evidente que ainda há muito a ser descoberto sobre as técnicas de pintura e os segredos das obras-primas de Da Vinci e outros mestres da arte. À medida que a tecnologia e a pesquisa avançam, continuaremos a desvendar os mistérios que cercam essas obras icônicas, enriquecendo nossa compreensão da história da arte e do legado de gênios como Leonardo da Vinci.