Ciência
18/09/2014 às 10:51•1 min de leitura
Um time de astrônomos da ESA encontrou um enorme buraco negro no centro da galáxia conhecida como M60-UCD1. A descoberta faz dela a menor galáxia conhecida a possuir um buraco negro e também a que possui mais área coberta por esse tipo de deformação espaço-temporal.
“Nós já tínhamos publicado um estudo que sugeria que esse peso adicional poderia vir da presença de buracos negros extensos, mas era só uma teoria”, disse o copesquisador Steffen Mieske. “Agora, ao estudar o movimento das estrelas presentes na M60-UCD1, nós detectamos os efeitos de um grande buraco negro em seu centro”.
Foi fazendo buscas com o telescópio espacial Hubble e com o telescópio do observatório de Gemini, no Havaí, que os cientistas detectaram a situação inusitada.
Através do estudo dessas imagens, os astrônomos puderam determinar que o buraco negro teria a massa de mais de 21 milhões de sóis — cinco vezes mais do que possui o buraco negro no meio da Via Láctea. Porém, ele não representa nem 0,01% da massa total da galáxia.
“Essas descobertas sugerem que galáxias anãs podem na verdade ser restos despojados de galáxias maiores que foram dilaceradas em colisões com outras galáxias, em vez de pequenas ilhas de estrelas nascidas em isolamento”, disse Anil Seth, líder da pesquisa. “Nós não sabemos de nenhuma outro jeito que possibilite um buraco negro tão grande em um objeto pequeno assim.”
A distância entre a Terra e a M60-UCD1 é de cerca de 50 milhões de anos-luz e ela possui o diâmetro de apenas 300 anos-luz — 500 vezes menor do que a Via Láctea—, sendo ocupada por 140 milhões de estrelas.