Embora inúmeros estudos tentem explicar a consciência por meio de redes neurais, neurotransmissores e bioquímica, uma possibilidade fascinante surge quando consideramos a física quântica

A natureza da consciência permanece um dos grandes mistérios da ciência. Embora inúmeros estudos e teorias tentem explicá-la por meio de redes neurais, neurotransmissores e bioquímica, uma possibilidade fascinante e menos convencional surge quando consideramos a física quântica. E se a consciência fosse, em parte, um fenômeno ligado ao entrelaçamento quântico? Embora essa ideia seja altamente especulativa, ela oferece uma perspectiva que desafia as fronteiras da neurociência e da física.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/teoria-afirma-que-sol-pode-ter-consciencia-propria-sera-possivel">Teoria afirma que Sol pode ter consciência própria. Será possível?</a></li></ul>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/consciencia-quantica-entrelacamento-nos-neuronios-pode-ser-a-chave-da-razao">entrelaçamento quântico</a> é um fenômeno no qual partículas, como fótons, se conectam de maneira em que o estado de uma afeta instantaneamente o da outra, mesmo a grandes distâncias. Em termos simples, quando duas partículas estão quanticamente entrelaçadas, a alteração em uma influencia imediatamente a outra, como se estivessem em sincronia, independentemente de qualquer distância física entre elas.Esse fenômeno, descrito por Einstein como “ação fantasmagórica à distância”, parece incompatível com a física clássica. No entanto, ele é comprovado e já utilizado em tecnologias emergentes, como a criptografia e a comunicação quântica. A pergunta é: poderia algo semelhante ocorrer em nosso cérebro?<h2>Cérebro quântico?</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/11/07/07145532665110.jpg" alt="GettyImages-1282184282.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/11/07/07145532696111.jpg 245w,https://mega.ibxk.com.br/2024/11/07/07145532743113.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/11/07/07145532727112.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/11/07/07145532899114.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A complexidade cerebral poderia ser explicada com entrelaçamento quântico. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>É aqui que entra uma hipótese intrigante. Sabemos que o cérebro funciona de maneira incrivelmente rápida e coordenada, com bilhões de neurônios trabalhando juntos para produzir nossas experiências e pensamentos. Em processos complexos, como o aprendizado e a memória, observa-se uma coordenação de sinais entre várias regiões do cérebro.Tradicionalmente, essa coordenação é explicada por sinapses e neurotransmissores, mas surge uma questão interessante: o que guia essas moléculas até o receptor correto? A química clássica oferece uma explicação baseada em afinidade e gradientes químicos, mas e se forças quânticas também desempenhassem um papel nesse direcionamento, agindo como uma espécie de “bússola” entre neurotransmissores e receptores?<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113322-fisica-quantica-pode-explicar-dificuldade-de-humanos-em-tomar-decisoes.htm">Física quântica pode explicar dificuldade de humanos em tomar decisões</a></li></ul>Hipoteticamente, partículas subatômicas em nosso cérebro poderiam utilizar forças de atração, semelhantes ao magnetismo, para guiar moléculas como o glutamato até seu receptor glutamatérgico específico. Assim, poderia haver uma “sintonia quântica” que facilita essas conexões precisas, ampliando a eficiência da comunicação sináptica e da plasticidade neuronal?Se isso fosse verdade, estaríamos lidando com uma interação que vai além da bioquímica convencional, onde as partículas em nosso cérebro seriam capazes de “sentir” estados umas das outras em um nível subatômico. Isso nos leva a outro ponto: o cérebro humano poderia ter algum mecanismo natural que permite a preservação temporária desses estados quânticos, mesmo em um ambiente quente e complexo como o cerebral?<h2>Como o entrelaçamento quântico funciona?</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/11/07/07150146724119.jpg" alt="GettyImages-2160790630.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/11/07/07150146615115.jpg 245w,https://mega.ibxk.com.br/2024/11/07/07150146646116.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/11/07/07150146646117.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/11/07/07150146709118.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A física quântica explica conexões de resposta imediata. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Um dos principais desafios dessa ideia é que o entrelaçamento quântico é muito delicado e, tradicionalmente, só é mantido em temperaturas próximas ao zero absoluto. Por isso, muitos cientistas acreditam que o cérebro é inadequado para sustentar estados quânticos.No entanto, se considerarmos que o cérebro talvez possua estruturas ou mecanismos capazes de preservar esses estados quânticos momentaneamente, a hipótese ganha força. Estruturas como os microtúbulos, presentes nas células neuronais, foram propostas por alguns teóricos como possíveis suportes para efeitos quânticos. Se essas estruturas ou outras proteínas tivessem a capacidade de proteger estados quânticos de forma transitória, talvez fosse possível que o cérebro usasse entrelaçamento para coordenar a atividade neural.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121554-5-teorias-malucas-para-entender-a-fisica-quantica.htm">5 teorias malucas para entender a física quântica</a></li></ul>Outra hipótese instigante é que o cérebro poderia não depender do entrelaçamento quântico direto, mas sim de um tipo de interconectividade eficiente entre neurônios que simula algumas propriedades quânticas, como a simultaneidade e a sincronicidade. Nesse caso, o que percebemos como “unidade” da experiência consciente poderia emergir de múltiplos feedbacks bioquímicos e elétricos, que integrariam as informações de forma coesa, mesmo sem envolver diretamente estados entrelaçados.<h2>Estamos a caminho de uma inteligência quântica?</h2>É claro que estamos no terreno das hipóteses e especulações. No entanto, essas ideias abrem um caminho fascinante: e se, de alguma forma, os fenômenos quânticos realmente desempenhassem um papel na origem e na experiência da consciência? E se a mente humana, em sua complexidade e capacidade de adaptação, fosse um exemplo de uma “inteligência quântica” natural, que ainda estamos longe de compreender completamente?Essas hipóteses podem parecer ousadas e, para alguns, até improváveis. Mas, ao explorar a possibilidade de que partículas subatômicas se comportem de maneira integrada em nosso cérebro, abrimos novas perspectivas sobre a natureza da mente e, talvez, sobre a relação entre o mundo físico e a experiência subjetiva. Afinal, como a história da ciência nos mostra, muitas das descobertas mais impactantes começaram como perguntas que desafiam o conhecimento atual.

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A consciência e o entrelaçamento quântico — um caminho possível?

O aumento do uso das redes sociais levanta questões sobre a possibilidade de alguns sintomas comportamentais serem consequência da exposição prolongada a essas plataformas

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neuropsiquiátrico prevalente, caracterizado por desatenção, hiperatividade e impulsividade persistentes, com impactos significativos no funcionamento do indivíduo. O aumento do uso das redes sociais levanta questões sobre a possibilidade de alguns sintomas comportamentais serem consequência da exposição prolongada a essas plataformas, em vez de um transtorno de base.Nesta coluna, quero discutir as distinções entre o TDAH e os transtornos comportamentais emergentes associados ao uso excessivo das redes sociais, explorando evidências científicas para um diagnóstico diferencial adequado.<h2>TDAH: Aspectos Neurobiológicos e Diagnósticos</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/29/29162911513793.jpg" alt="GettyImages-1477189233.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/29/29162911529794.jpg 235w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/29/29162911545796.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/29/29162911560797.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/29/29162911545795.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Alguns sintomas de TDAH podem ser consequência da exposição prolongada às redes sociais. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>O TDAH é reconhecido como um transtorno com base neurobiológica, com estudos identificando anormalidades em regiões cerebrais ligadas ao controle da atenção e impulsividade. A herdabilidade é alta, com estudos de gêmeos sugerindo forte influência genética. O diagnóstico é clínico, baseado em critérios do DSM-5, que exigem a presença de sintomas em múltiplos contextos por um período mínimo, com início antes dos 12 anos.<h2>Redes sociais e o surgimento de sintomas semelhantes ao TDAH</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/29/29163126116803.jpg" alt="GettyImages-1347882703.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/29/29163126209804.jpg 235w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/29/29163126241806.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/29/29163126209805.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/29/29163126256807.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Alguns sintomas podem ser uma resposta adaptativa ao ambiente digital. (fonte: Getty Images)</figcaption></figure>O uso das redes sociais tem sido associado a alterações no comportamento e cognição, incluindo redução da atenção sustentada e aumento da impulsividade. Estudos indicam que o uso excessivo pode levar a sintomas que mimetizam o TDAH, como dificuldade de concentração e busca por recompensas digitais. No entanto, diferentemente do TDAH, esses sintomas podem ser uma resposta adaptativa ao ambiente digital, e não uma disfunção neurobiológica.<h2>TDAH vs. transtornos comportamentais relacionados às redes sociais</h2>A distinção entre TDAH e transtornos derivados do uso excessivo das redes sociais é crucial. No TDAH, os sintomas são pervasivos e consistentes ao longo do tempo e em diferentes contextos. Já os sintomas associados às redes sociais tendem a ser situacionais e podem variar com o uso das plataformas.Estudos de neuroimagem sugerem que, enquanto o TDAH está associado a uma disfunção persistente em circuitos cerebrais, os transtornos relacionados às redes sociais podem refletir mudanças temporárias na ativação de sistemas de recompensa em resposta à exposição digital. Além disso, intervenções que reduzem o tempo de uso das redes sociais frequentemente resultam em diminuição dos sintomas, o que não é observado em casos de TDAH, onde intervenção farmacológica e psicoterapêutica são necessárias.<figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/29/29163010937798.jpg" alt="GettyImages-1434731154.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/29/29163011094799.jpg 234w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/29/29163011156802.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/29/29163011140800.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/29/29163011156801.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>O uso excessivo das redes sociais pode influenciar a plasticidade cerebral de forma prejudicial. (fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Nosso cérebro possui uma plasticidade notável, capaz de se adaptar e se remodelar em resposta a experiências, tanto positivas quanto negativas. O uso excessivo das redes sociais pode influenciar essa plasticidade de forma prejudicial, alterando a estrutura cerebral e desencadeando transtornos mentais derivados da ansiedade, que podem ter consequências duradouras.TDAH e transtornos comportamentais derivados do uso excessivo das redes sociais podem compartilhar sintomas, mas suas etiologias e dinâmicas diferem. O aumento nos diagnósticos de TDAH pode refletir, em parte, uma confusão com comportamentos induzidos pelo uso intenso das redes sociais. Para evitar diagnósticos imprecisos, é fundamental uma avaliação abrangente que considere o contexto de uso das redes sociais e a persistência dos sintomas. A diferenciação precisa melhora a acurácia diagnóstica e direciona intervenções mais eficazes.

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TDAH ou excesso de uso de redes sociais — é possível apontar a diferença?

Por meio de testes rigorosos, os investigadores demonstraram que o calau-oriental possui uma compreensão sofisticada de conceitos como espaço, tempo e causalidade

Um estudo recente publicado na revista Biology Letters revelou descobertas notáveis sobre as habilidades cognitivas do calau-oriental, uma ave que habita principalmente as zonas da África Subsariana e do sul da Ásia. Por meio de testes rigorosos, os investigadores demonstraram que o calau-oriental possui uma compreensão sofisticada de conceitos como espaço, tempo e causalidade, comparável à de crianças pequenas.A pesquisa, liderada por cientistas da Universidade Nacional de Singapura, baseou-se nas seis fases de permanência do objeto definidas por Jean Piaget. Os calaus foram treinados para encontrar uma recompensa escondida, indicando-a com o bico. Os resultados foram impressionantes: as aves foram capazes de acompanhar o deslocamento visível e invisível da recompensa, mesmo quando esta era escondida sob outro objeto.Ainda mais intrigante é a descoberta de que apenas os calaus com experiência de reprodução completaram a etapa final do teste, que exigia a compreensão do deslocamento invisível da recompensa. Essa correlação levanta a possibilidade de que o processo de reprodução, com a fêmea se isolando em uma cavidade e o macho a alimentando sem contato visual, possa ser crucial para o desenvolvimento cognitivo da espécie.As descobertas sobre o calau-oriental desafiam as noções preconcebidas sobre a inteligência animal. Elas demonstram que aves, além de primatas e cetáceos, também podem desenvolver habilidades cognitivas sofisticadas. Essa nova perspectiva abre caminho para pesquisas futuras que explorem a inteligência em outras espécies e os fatores que a influenciam.***Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, é PhD em Neurociências, mestre em Psicologia, pós-graduado em Neuropsicologia entre outras pós-graduações, licenciado em Biologia e em História, tecnólogo em Antropologia, jornalista, especializado em programação Python, Inteligência Artificial e tem formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

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A inteligência surpreendente do calau-oriental: uma nova perspectiva sobre a cognição animal

Imagem de Quais são as diferenças entre pessoas autistas e superdotadas nas relações sociais? no megacurioso

Indivíduos autistas sentem desconforto em situações sociais; já os superdotados podem evitar a socialização, mas as suas razões são mais variadas e complexas

As diferen&ccedil;as entre pessoas autistas e superdotadas nas rela&ccedil;&otilde;es sociais originam-se de raz&otilde;es distintas.&nbsp;Os indiv&iacute;duos autistas sentem frequentemente desconforto em situa&ccedil;&otilde;es sociais, um sentimento que &eacute; intr&iacute;nseco e dif&iacute;cil de articular. Por outro lado, os indiv&iacute;duos superdotados podem evitar a socializa&ccedil;&atilde;o, mas as suas raz&otilde;es s&atilde;o mais variadas e complexas.
Algumas destas raz&otilde;es incluem:
<ul>
<li>Receio inato: uma apreens&atilde;o instintiva em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s intera&ccedil;&otilde;es sociais, processada de maneira &uacute;nica em seus c&eacute;rebros. Durante a inf&acirc;ncia, as regi&otilde;es cerebrais relacionadas ao instinto desenvolvem-se antes daquelas ligadas &agrave; maturidade e ao racioc&iacute;nio. Isso leva crian&ccedil;as e jovens a exibirem comportamentos mais emocionais. Pessoas com alto QI frequentemente t&ecirc;m essas &aacute;reas cerebrais mais desenvolvidas, o que pode intensificar sua preocupa&ccedil;&atilde;o instintiva. Com o tempo, contudo, tendem a se socializar mais por meio do amadurecimento e do uso da regi&atilde;o frontal do c&eacute;rebro;</li>
<li>Desconex&atilde;o intelectual: sentir-se sobrecarregado ou desalinhado com o n&iacute;vel intelectual do discurso geral, optando pelo distanciamento;</li>
<li>Incompreens&atilde;o pelos outros: sensa&ccedil;&atilde;o de ser mal-compreendido pelos outros, o que pode levar a uma relut&acirc;ncia em envolver-se socialmente;</li>
<li>Interesses e curiosidades pessoais: dar prioridade ao tempo para explorar interesses pessoais e satisfazer a sua curiosidade;</li>
<li>Foco em tarefas: a dedica&ccedil;&atilde;o intensa &agrave; realiza&ccedil;&atilde;o de tarefas, reduzindo o tempo dispon&iacute;vel para intera&ccedil;&otilde;es sociais.</li>
</ul>
&Eacute; not&aacute;vel que os superdotados possuem a capacidade de adaptar-se e desenvolver habilidades comunicativas, podendo tornar-se bastante soci&aacute;veis. Contudo, seu envolvimento em atividades sociais tende a ser transit&oacute;rio e ocasional. Diferentemente de outras pessoas que buscam constantemente intera&ccedil;&atilde;o social, os superdotados podem n&atilde;o sentir a necessidade de estar sempre cercados de amigos ou conhecidos.
Esta an&aacute;lise real&ccedil;a n&atilde;o apenas as diferen&ccedil;as nas experi&ecirc;ncias sociais de autistas e superdotados, mas tamb&eacute;m a diversidade e complexidade das intera&ccedil;&otilde;es humanas. Ressalta a import&acirc;ncia de compreender e respeitar as diferen&ccedil;as individuais em termos de prefer&ecirc;ncias e capacidades sociais, promovendo uma vis&atilde;o mais inclusiva e emp&aacute;tica das rela&ccedil;&otilde;es humanas.
***
Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias, mestre em Psicologia, p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia entre outras p&oacute;s-gradua&ccedil;&otilde;es, licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em Antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

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Quais são as diferenças entre pessoas autistas e superdotadas nas relações sociais?

Imagem de A complexa relação entre alto QI e zumbido no ouvido: uma perspectiva neurocientífica no megacurioso

Pesquisas indicam que, em certos casos, o zumbido pode estar ligado a uma função cognitiva melhorada

Estudos recentes revelam uma conex&atilde;o surpreendente entre alto QI e zumbido no ouvido, desafiando as percep&ccedil;&otilde;es tradicionais sobre este <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127139-4-fatos-bizarros-sobre-a-cera-de-ouvido.htm" target="_blank" title="4 fatos bizarros sobre a cera de ouvido">fen&ocirc;meno auditivo</a>. O zumbido, um som percebido sem fonte sonora externa, tem sido associado a problemas como ins&ocirc;nia, depress&atilde;o e decl&iacute;nio cognitivo.
No entanto, pesquisas indicam que, em certos casos, especialmente em idosos n&atilde;o hisp&acirc;nicos, o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120285-misofonia-a-bizarra-intolerancia-a-sons.htm" target="_blank" title="Misofonia: a bizarra intoler&acirc;ncia a sons">zumbido</a> pode estar ligado a uma fun&ccedil;&atilde;o cognitiva melhorada. Esta rela&ccedil;&atilde;o paradoxal pode ser explicada pela resson&acirc;ncia estoc&aacute;stica, um mecanismo auditivo que melhora a percep&ccedil;&atilde;o da fala e pode diminuir o decl&iacute;nio cognitivo em pessoas com defici&ecirc;ncia auditiva.
Baseando-se neste e em outros estudos, o CPAH (Centro de Pesquisa e An&aacute;lises Her&aacute;clito), em colabora&ccedil;&atilde;o com o GIP (Genetic Intelligence Project, ou "projeto de intelig&ecirc;ncia gen&eacute;tica" em portugu&ecirc;s), analisou alguns participantes do projeto e constatou relatos de excelente audi&ccedil;&atilde;o e zumbido em volunt&aacute;rios com alto QI.
Este achado desafia o entendimento tradicional de que o zumbido &eacute; unicamente prejudicial, sugerindo uma complexa intera&ccedil;&atilde;o entre zumbido, percep&ccedil;&atilde;o sensorial e capacidades cognitivas. A pesquisa sugere que a resson&acirc;ncia estoc&aacute;stica, ao aprimorar a percep&ccedil;&atilde;o da fala, pode ter um papel positivo na preserva&ccedil;&atilde;o da fun&ccedil;&atilde;o cognitiva em algumas pessoas, apesar de o zumbido frequentemente ser acompanhado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128679-menino-de-11-anos-ouve-pela-primeira-vez-apos-uso-de-terapia-genetica.htm" target="_blank" title="Menino de 11 anos ouve pela primeira vez ap&oacute;s uso de terapia gen&eacute;tica ">perda auditiva</a>, tradicionalmente associada ao decl&iacute;nio cognitivo.
Essas descobertas abrem novas perspectivas sobre como diferentes aspectos da nossa intelig&ecirc;ncia podem influenciar a percep&ccedil;&atilde;o sensorial e oferecem um caminho intrigante para futuras pesquisas na intersec&ccedil;&atilde;o da neuroci&ecirc;ncia cognitiva e audiol&oacute;gica.

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A complexa relação entre alto QI e zumbido no ouvido: uma perspectiva neurocientífica

Imagem de Suicídio pode ter raízes genéticas? Novo estudo indica que sim no megacurioso

De acordo com um novo estudo, publicado na revista científica The American Journal of Psychiatry, a genética pode estar relacionada a uma maior probabilidade de cometer o ato

O suic&iacute;dio &eacute; uma situa&ccedil;&atilde;o extrema onde problemas de sa&uacute;de mental chegam ao seu &aacute;pice. De acordo com a OMS &mdash; Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de &mdash; mais de 700 mil pessoas morrem anualmente tirando a pr&oacute;pria vida. Isso faz com que cada vez mais estudos sejam realizados para entender os fatores que contribuem para a situa&ccedil;&atilde;o.
De acordo com um novo estudo, publicado na revista cient&iacute;fica The American Journal of Psychiatry, a gen&eacute;tica pode estar relacionada a uma maior probabilidade de cometer o ato. Segundo os resultados da pesquisa &mdash; realizada atrav&eacute;s do cruzamento de mais de 40 mil tentativas de suic&iacute;dio e 915.025 mil dados gen&eacute;ticos &mdash; existem cerca de 12 varia&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas relacionadas tanto ao suic&iacute;dio como ao d&eacute;ficit de aten&ccedil;&atilde;o, tabagismo, impulsividade e hiperatividade.
Os dados nos fornecem informa&ccedil;&otilde;es que permitem entender melhor a fun&ccedil;&atilde;o da gen&eacute;tica na forma&ccedil;&atilde;o da sa&uacute;de mental e emocional, o que faz com que aumente a predisposi&ccedil;&atilde;o para atos contra a pr&oacute;pria vida.
Testes gen&eacute;ticos podem ser usados para uma ampla gama de an&aacute;lises, seja sobre o comportamento, intelig&ecirc;ncia ou propens&atilde;o a determinadas atividades, ou tamb&eacute;m para determinar as chances de desenvolver determinada doen&ccedil;a e possibilitando um tratamento preventivo antecipado.
Mas apesar de ser importante para entender as ra&iacute;zes gen&eacute;ticas da situa&ccedil;&atilde;o e permitir identificar sinais gen&eacute;ticos de alerta para determinadas condi&ccedil;&otilde;es, n&atilde;o se deve considerar genes isolados para gerar diagn&oacute;sticos, o que existem s&atilde;o propens&otilde;es gen&eacute;ticas que dependem de um grande n&uacute;mero de genes, sem contar com as quest&otilde;es ambientais, que tamb&eacute;m pode influenciar a express&atilde;o g&ecirc;nica desses dados, atrav&eacute;s da epigen&eacute;tica.
Dessa forma, s&atilde;o necess&aacute;rias mais pesquisas sobre o tema, a identifica&ccedil;&atilde;o mais precisa da atua&ccedil;&atilde;o de cada gene e cada altera&ccedil;&atilde;o no estilo de vida de probabilidade de desenvolver determinadas condi&ccedil;&otilde;es, para que as an&aacute;lises de testes gen&eacute;ticos sejam cada vez mais precisas e permitam um melhor direcionamento de tratamentos.
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Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias, mestre em Psicologia, p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia entre outras p&oacute;s-gradua&ccedil;&otilde;es, licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em Antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

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Suicídio pode ter raízes genéticas? Novo estudo indica que sim

Imagem de Novo estudo analisa caso brasileiro para entender melhor a "Doença da Vaca Louca" no megacurioso

Estudo analisou técnicas de diagnóstico e tratamento através de exames de neuroimagem

A Doen&ccedil;a de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) &eacute; uma doen&ccedil;a neurol&oacute;gica rara que afeta o c&eacute;rebro, principalmente o c&oacute;rtex cerebral e os g&acirc;nglios basais, e possui uma progress&atilde;o r&aacute;pida que leva a um decl&iacute;nio cognitivo e f&iacute;sico grave, causando sintomas como perda de mem&oacute;ria, dificuldades motoras, mudan&ccedil;as comportamentais e a completa incapacita&ccedil;&atilde;o do paciente.
A doen&ccedil;a, popularmente conhecida como a &ldquo;Doen&ccedil;a da Vaca Louca&rdquo;, pode se manifestar de duas formas diferentes, como Creutzfeldt-Jakob (DCJ) ou Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), que apesar de serem a mesma patologia, possuem causas diferentes, como gen&eacute;tica e consumo de carne bovina contaminada com a doen&ccedil;a.
No entanto, a doen&ccedil;a n&atilde;o tem cura, o que faz com que seu progn&oacute;stico seja fatal e bastante r&aacute;pido, por isso diversos estudos dedicam-se a identificar novas abordagens de diagn&oacute;stico, manejo e tratamento da condi&ccedil;&atilde;o para melhorar a sobrevida dos pacientes diagnosticados com a condi&ccedil;&atilde;o.
Por ter uma proximidade com esse tipo de caso &mdash; algo que j&aacute; ocorreu na minha fam&iacute;lia &mdash;, dediquei-me a estud&aacute;-lo e entend&ecirc;-lo melhor, por isso, realizei um estudo que, recentemente, foi finalizado e publicado na revista cient&iacute;fica Caderno pedag&oacute;gico. O estudo analisou o caso de um brasileiro de 46 anos diagnosticado com a doen&ccedil;a ap&oacute;s sentir dores nas pernas, o que logo evoluiu para problemas de fala, dores de cabe&ccedil;a, fraqueza muscular, entre outros.
No caso analisado, o paciente precisou realizar um teste gen&eacute;tico para determinar se a doen&ccedil;a se tratava de DCJ ou EEB, para direcionar melhor seu tratamento atrav&eacute;s da identifica&ccedil;&atilde;o de poss&iacute;veis muta&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas e associa&ccedil;&otilde;es a outras causas. Al&eacute;m disso, foram utilizados exames de neuroimagem, como resson&acirc;ncia magn&eacute;tica e tomografia computadorizada, para analisar com mais precis&atilde;o a evolu&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a, identificar as melhores t&eacute;cnicas de diagn&oacute;stico para a condi&ccedil;&atilde;o e medicamentos utilizados no manejo da doen&ccedil;a.
Apesar de atualmente a Doen&ccedil;a de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) n&atilde;o ter cura, existem sim perspectivas favor&aacute;veis ao desenvolvimento de novos m&eacute;todos de tratamentos que possam melhorar a qualidade de vida dos pacientes por meio de novas &aacute;reas que tem sido bastante exploradas pela ci&ecirc;ncia, como a nanotecnologia e uso de Intelig&ecirc;ncia Artificial, por isso, s&atilde;o necess&aacute;rios cada vez mais estudos na &aacute;rea.
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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do&nbsp;Mega Curioso, &eacute; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias com o t&iacute;tulo reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; PhD em neuroci&ecirc;ncia pela Logos University International/City University. &Eacute; tamb&eacute;m mestre em Psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal e em Neuroci&ecirc;ncia, Neuroci&ecirc;ncia Aplicada &agrave; Aprendizagem, Neuroci&ecirc;ncia em Comportamento, Neurolingu&iacute;stica e Antropologia pela Faveni do Brasil. Conta com especializa&ccedil;&otilde;es avan&ccedil;adas em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse em Portugal, The Electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, Neuroscience em Harvard (EUA). &Eacute; bacharel em Neuroci&ecirc;ncia e Psicologia pela Emil Brunner World University (EBWU) e licenciado em Biologia e Hist&oacute;ria pela Faveni do Brasil; tecn&oacute;logo em Antropologia pela UniLogos (EUA); com especializa&ccedil;&otilde;es em Intelig&ecirc;ncia Artificial na IBM e Programa&ccedil;&atilde;o em Python na Universidade de S&atilde;o Paulo (USP); e MBA em Psicologia Positiva na Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica (PUC).

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Novo estudo analisa caso brasileiro para entender melhor a 'Doença da Vaca Louca'

Imagem de Catatonia: conheça a síndrome que aos poucos paralisa o corpo humano no megacurioso

A síndrome pode surgir devido a condições pré-existentes e não tem cura

A catatonia &eacute; uma s&iacute;ndrome em que o indiv&iacute;duo fica em um estado de rigidez absoluta, perdendo a mobilidade, impossibilitando a fala e at&eacute; mesmo a realiza&ccedil;&atilde;o de atos simples, como mastigar e engolir.
A doen&ccedil;a, cujo per&iacute;odo de avan&ccedil;o pode variar bastante entre cada paciente,&nbsp;surge devido a condi&ccedil;&otilde;es pregressas, sejam transtornos mentais, como esquizofrenia, autismo, bipolaridade, transtorno depressivo; seja por condi&ccedil;&otilde;es m&eacute;dicas, como doen&ccedil;as neurodegenerativas, AVC, uso de determinadas drogas e doen&ccedil;as autoimunes.
<span data-fonte="(Fonte: Getty Images)" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto/geriatric-doctor-or-geriatrician-concept-doctor-imagem-royalty-free/1412871907?phrase=catatonia+disorder" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/13/fonte-getty-images-13141137774218.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Atualmente, n&atilde;o existem exames capazes de diagnosticar a catatonia, por isso, o seu diagn&oacute;stico consiste na an&aacute;lise dos sintomas do paciente e na presen&ccedil;a de condi&ccedil;&otilde;es anteriores. Nestes casos, exames s&atilde;o utilizados apenas para descartar outras possibilidades.&nbsp;O tratamento da condi&ccedil;&atilde;o pode ser feito pela administra&ccedil;&atilde;o de benzodiazep&iacute;nicos, com doses que devem ser adaptadas conforme as caracter&iacute;sticas de cada caso.
Quando o medicamento n&atilde;o surte efeito, ou quando o paciente tem catatonia maligna ou delirante, tamb&eacute;m pode ser utilizada a eletroconvulsoterapia, tudo isso em paralelo &agrave; identifica&ccedil;&atilde;o de controle da condi&ccedil;&atilde;o que desencadeou a s&iacute;ndrome.
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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do&nbsp;Mega Curioso, &eacute; doutor e mestre em Ci&ecirc;ncias da Sa&uacute;de nas &aacute;reas de Psicologia e Neuroci&ecirc;ncias com o t&iacute;tulo reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; PhD em neuroci&ecirc;ncia pela Logos University International/City University. &Eacute; tamb&eacute;m mestre em Psican&aacute;lise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal e em Neuroci&ecirc;ncia, Neuroci&ecirc;ncia Aplicada &agrave; Aprendizagem, Neuroci&ecirc;ncia em Comportamento, Neurolingu&iacute;stica e Antropologia pela Faveni do Brasil. Conta com especializa&ccedil;&otilde;es avan&ccedil;adas em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica pela TrainingHouse em Portugal, The Electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, Neuroscience em Harvard (EUA). &Eacute; bacharel em Neuroci&ecirc;ncia e Psicologia pela Emil Brunner World University (EBWU) e licenciado em Biologia e Hist&oacute;ria pela Faveni do Brasil; tecn&oacute;logo em Antropologia pela UniLogos (EUA); com especializa&ccedil;&otilde;es em Intelig&ecirc;ncia Artificial na IBM e Programa&ccedil;&atilde;o em Python na Universidade de S&atilde;o Paulo (USP); e MBA em Psicologia Positiva na Pontif&iacute;cia Universidade Cat&oacute;lica (PUC).

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Catatonia: conheça a síndrome que aos poucos paralisa o corpo humano

Imagem de Cérebro x sociedade: estudo aponta sistemas cerebrais responsáveis pelo foco no megacurioso

Como o cérebro humano desenvolveu complexos sistemas de foco e atenção, adaptando-se às demandas ambientais e sociais?

Ao longo da evolu&ccedil;&atilde;o, o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127238-como-nosso-cerebro-conseguiu-evoluir-para-o-seu-tamanho-atual.htm" target="_blank" title="Como nosso c&eacute;rebro conseguiu evoluir para o seu tamanho atual?">c&eacute;rebro humano</a> desenvolveu complexos sistemas de foco e aten&ccedil;&atilde;o, adaptando-se &agrave;s demandas ambientais e sociais. Regi&otilde;es cerebrais fundamentais, como o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/26296-ciencia-explica-por-que-criancas-nao-gostam-de-compartilhar-objetos.htm" target="_blank" title="Ci&ecirc;ncia explica por que crian&ccedil;as n&atilde;o gostam de compartilhar objetos">c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal</a> dorsolateral e o c&oacute;rtex parietal superior, est&atilde;o envolvidas na regula&ccedil;&atilde;o da aten&ccedil;&atilde;o seletiva e focalizada. Essas &aacute;reas permitem que os indiv&iacute;duos se concentrem em est&iacute;mulos mais importantes ligados a recompensas e suprimam distra&ccedil;&otilde;es, otimizando o processamento cognitivo.
A&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/evolucao" target="_blank" title="Evolu&ccedil;&atilde;o">evolu&ccedil;&atilde;o</a> favoreceu a capacidade de foco para aprimorar a efic&aacute;cia na busca por recursos essenciais, detec&ccedil;&atilde;o de amea&ccedil;as e intera&ccedil;&otilde;es sociais. A necessidade de concentrar-se em atividades espec&iacute;ficas, como ca&ccedil;ar ou construir abrigos, conferiu vantagens adaptativas. A aten&ccedil;&atilde;o focada permitia o processamento detalhado e a resolu&ccedil;&atilde;o de problemas, maximizando a sobreviv&ecirc;ncia e reprodu&ccedil;&atilde;o.
A exist&ecirc;ncia e a import&acirc;ncia desse processo foram refor&ccedil;adas por um novo estudo promovido pela Universidade da Pensilv&acirc;nia e publicada pela revista cient&iacute;fica Neuron, que identificou a a&ccedil;&atilde;o de um grupo de neur&ocirc;nios relacionados ao movimento visual localizados no c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal lateral que atua com um padr&atilde;o de atividades chamado &ldquo;explos&otilde;es beta&rdquo;, respons&aacute;veis por suprimir a interven&ccedil;&atilde;o de est&iacute;mulos distratores em face de uma atividade central.
Essa descoberta apoia um desenvolvimento evolucional voltado ao foco em atividades espec&iacute;ficas por vez, no entanto, em um contexto contempor&acirc;neo repleto de est&iacute;mulos variados e demandas multitarefa, a habilidade de foco tem sido cada vez mais posta &agrave; prova.
Compreender melhor os sistemas que modulam o foco e a regula&ccedil;&atilde;o de distra&ccedil;&otilde;es &eacute; fundamental para entender os impactos que a cultura de informa&ccedil;&otilde;es r&aacute;pidas e em massa no c&eacute;rebro humano e na sua capacidade de manter a aten&ccedil;&atilde;o em tarefas e atividades espec&iacute;ficas, podendo tamb&eacute;m ser importante para o tratamento de condi&ccedil;&otilde;es que afetam o foco, como&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/102593-pesquisa-comprova-pessoas-com-tdah-tem-cerebros-diferentes.htm" target="_blank" title="Pesquisa comprova: pessoas com TDAH t&ecirc;m c&eacute;rebros diferentes">TDAH</a>.
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Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias, mestre em Psicologia, p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia entre outras p&oacute;s-gradua&ccedil;&otilde;es, licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em Antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

thumb-image-2024-02-29T14:07:08.125Z

Cérebro x sociedade: estudo aponta sistemas cerebrais responsáveis pelo foco

Imagem de Lobo frontal: uma breve história da nossa inteligência no megacurioso

A história da descoberta da região da inteligência no cérebro é fascinante e crucial para entender nossa capacidade cognitiva e comportamental

A hist&oacute;ria da descoberta da regi&atilde;o da intelig&ecirc;ncia no c&eacute;rebro &eacute; fascinante e crucial para entender nossa capacidade cognitiva e comportamental.&nbsp;O lobo frontal, sendo a &uacute;ltima regi&atilde;o a formar-se no c&eacute;rebro, &eacute; fundamental para a nossa sobreviv&ecirc;ncia, abrigando caracter&iacute;sticas como l&oacute;gica, consci&ecirc;ncia, intelig&ecirc;ncia, tomada de decis&otilde;es, controle emocional, mem&oacute;ria de trabalho e criatividade.
Ao longo de muitos anos, diversos cientistas e estudiosos trabalharam em conjunto para compreender o c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal. No s&eacute;culo XIX, sua identifica&ccedil;&atilde;o como uma regi&atilde;o distinta do c&eacute;rebro se destacou, e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120725-phineas-gage-o-assombroso-caso-que-revolucionou-a-neurologia.htm" target="_blank" title="Phineas Gage: o assombroso caso que revolucionou a neurologia">caso de Phineas Gage</a>, em 1848, ap&oacute;s sofrer um acidente grave, chamou a aten&ccedil;&atilde;o para a fun&ccedil;&atilde;o do c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal no controle emocional e comportamental.
Avan&ccedil;ando no tempo, a t&eacute;cnica controversa da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123505-lobotomia-6-fatos-impactantes-para-entender-a-pratica.htm" target="_blank" title="Lobotomia: 6 fatos impactantes para entender a pr&aacute;tica">lobotomia</a> ajudou a entender algumas fun&ccedil;&otilde;es da regi&atilde;o. Posteriormente, com o avan&ccedil;o das tecnologias de neuroimagem e pesquisas neurol&oacute;gicas, como a fMRI, cientistas identificaram melhor as fun&ccedil;&otilde;es espec&iacute;ficas do c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal, como tomada de decis&otilde;es e regula&ccedil;&atilde;o emocional.
Atualmente, o&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/comportamento/26296-ciencia-explica-por-que-criancas-nao-gostam-de-compartilhar-objetos.htm" target="_blank" title="Ci&ecirc;ncia explica por que crian&ccedil;as n&atilde;o gostam de compartilhar objetos">c&oacute;rtex pr&eacute;-frontal</a> continua sendo uma &aacute;rea de grande interesse na pesquisa em neuroci&ecirc;ncias e psicologia, desempenhando um papel crucial em fun&ccedil;&otilde;es cognitivas e comportamentais complexas. A descoberta e a compreens&atilde;o cont&iacute;nua dessa regi&atilde;o t&ecirc;m implica&ccedil;&otilde;es significativas para a compreens&atilde;o da cogni&ccedil;&atilde;o e do comportamento humanos, e sabemos que ainda h&aacute; muito a ser descoberto.
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Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, &eacute; PhD em Neuroci&ecirc;ncias, mestre em Psicologia, p&oacute;s-graduado em Neuropsicologia entre outras p&oacute;s-gradua&ccedil;&otilde;es, licenciado em Biologia e em Hist&oacute;ria, tecn&oacute;logo em Antropologia, jornalista, especializado em programa&ccedil;&atilde;o Python, Intelig&ecirc;ncia Artificial e tem forma&ccedil;&atilde;o profissional em Nutri&ccedil;&atilde;o Cl&iacute;nica. Atualmente, &eacute; diretor do Centro de Pesquisas e An&aacute;lises Her&aacute;clito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ci&ecirc;ncias e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

Fabiano de Abreu - colunista