Novo estudo analisa caso brasileiro para entender melhor a 'Doença da Vaca Louca'

18/10/2023 às 02:002 min de leitura

A Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) é uma doença neurológica rara que afeta o cérebro, principalmente o córtex cerebral e os gânglios basais, e possui uma progressão rápida que leva a um declínio cognitivo e físico grave, causando sintomas como perda de memória, dificuldades motoras, mudanças comportamentais e a completa incapacitação do paciente.

A doença, popularmente conhecida como a “Doença da Vaca Louca”, pode se manifestar de duas formas diferentes, como Creutzfeldt-Jakob (DCJ) ou Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), que apesar de serem a mesma patologia, possuem causas diferentes, como genética e consumo de carne bovina contaminada com a doença.

No entanto, a doença não tem cura, o que faz com que seu prognóstico seja fatal e bastante rápido, por isso diversos estudos dedicam-se a identificar novas abordagens de diagnóstico, manejo e tratamento da condição para melhorar a sobrevida dos pacientes diagnosticados com a condição.

Por ter uma proximidade com esse tipo de caso — algo que já ocorreu na minha família —, dediquei-me a estudá-lo e entendê-lo melhor, por isso, realizei um estudo que, recentemente, foi finalizado e publicado na revista científica Caderno pedagógico. O estudo analisou o caso de um brasileiro de 46 anos diagnosticado com a doença após sentir dores nas pernas, o que logo evoluiu para problemas de fala, dores de cabeça, fraqueza muscular, entre outros.

No caso analisado, o paciente precisou realizar um teste genético para determinar se a doença se tratava de DCJ ou EEB, para direcionar melhor seu tratamento através da identificação de possíveis mutações genéticas e associações a outras causas. Além disso, foram utilizados exames de neuroimagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, para analisar com mais precisão a evolução da doença, identificar as melhores técnicas de diagnóstico para a condição e medicamentos utilizados no manejo da doença.

Apesar de atualmente a Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) não ter cura, existem sim perspectivas favoráveis ao desenvolvimento de novos métodos de tratamentos que possam melhorar a qualidade de vida dos pacientes por meio de novas áreas que tem sido bastante exploradas pela ciência, como a nanotecnologia e uso de Inteligência Artificial, por isso, são necessários cada vez mais estudos na área.

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Fabiano de Abreu Rodrigues, colunista do Mega Curioso, é doutor e mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com o título reconhecido pela Universidade Nova de Lisboa; PhD em neurociência pela Logos University International/City University. É também mestre em Psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio/Unesco; pós-graduado em Neuropsicologia pela Cognos em Portugal e em Neurociência, Neurociência Aplicada à Aprendizagem, Neurociência em Comportamento, Neurolinguística e Antropologia pela Faveni do Brasil. Conta com especializações avançadas em Nutrição Clínica pela TrainingHouse em Portugal, The Electrical Properties of the Neuron, Neurons and Networks, Neuroscience em Harvard (EUA). É bacharel em Neurociência e Psicologia pela Emil Brunner World University (EBWU) e licenciado em Biologia e História pela Faveni do Brasil; tecnólogo em Antropologia pela UniLogos (EUA); com especializações em Inteligência Artificial na IBM e Programação em Python na Universidade de São Paulo (USP); e MBA em Psicologia Positiva na Pontifícia Universidade Católica (PUC).

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