Artes/cultura
31/01/2024 às 02:00•1 min de leitura
Estudos recentes revelam uma conexão surpreendente entre alto QI e zumbido no ouvido, desafiando as percepções tradicionais sobre este fenômeno auditivo. O zumbido, um som percebido sem fonte sonora externa, tem sido associado a problemas como insônia, depressão e declínio cognitivo.
No entanto, pesquisas indicam que, em certos casos, especialmente em idosos não hispânicos, o zumbido pode estar ligado a uma função cognitiva melhorada. Esta relação paradoxal pode ser explicada pela ressonância estocástica, um mecanismo auditivo que melhora a percepção da fala e pode diminuir o declínio cognitivo em pessoas com deficiência auditiva.
Baseando-se neste e em outros estudos, o CPAH (Centro de Pesquisa e Análises Heráclito), em colaboração com o GIP (Genetic Intelligence Project, ou "projeto de inteligência genética" em português), analisou alguns participantes do projeto e constatou relatos de excelente audição e zumbido em voluntários com alto QI.
Este achado desafia o entendimento tradicional de que o zumbido é unicamente prejudicial, sugerindo uma complexa interação entre zumbido, percepção sensorial e capacidades cognitivas. A pesquisa sugere que a ressonância estocástica, ao aprimorar a percepção da fala, pode ter um papel positivo na preservação da função cognitiva em algumas pessoas, apesar de o zumbido frequentemente ser acompanhado por perda auditiva, tradicionalmente associada ao declínio cognitivo.
Essas descobertas abrem novas perspectivas sobre como diferentes aspectos da nossa inteligência podem influenciar a percepção sensorial e oferecem um caminho intrigante para futuras pesquisas na intersecção da neurociência cognitiva e audiológica.