Esportes
03/04/2014 às 12:45•1 min de leitura
Quem diria que um país que passou 153 anos proibido de abrir destilarias seria capaz de produzir um dos melhores whiskies do mundo?! Pois essa é a atual situação da Tasmânia, ilha que faz parte do território australiano, que agora conta com nove destilarias e um crescente público interessado na produção local da bebida.
Como a produção das primeiras garrafas da bebida teve início somente há 22 anos, isso significa que é a partir de agora que o envelhecimento começa a valorizar os rótulos produzidos na Tasmânia. O cenário parece mais do que ideal para o cultivo de cevada, sendo inclusive semelhante às condições da Escócia. O ar fresco, o céu acinzentado e a abundância de água favorecem a produção.
Por esse motivo, a ilha acaba de conquistar um feito inédito: o Sullivan’s Cove – whisky totalmente produzido na Tasmânia – é o rótulo que acaba de ganhar o título de Melhor Single Malt de 2014 no World Whiskies Awards.
Fonte da imagem: Reprodução/Whisky Intelligence
Com o reconhecimento da superioridade da bebida, a destilaria French Oak Cask, responsável pelo whisky premiado, viu o preço do produto subir absurdamente. O pequeno lote de 556 garrafas que estava sendo comercializado a 140 dólares australianos (cada unidade) passou para mil dólares australianos (também a unidade) em tempo recorde.
Com o aumento da demanda, a destilaria – que já tinha dificuldade para dar conta dos pedidos – não conseguiu atender a todos os interessados na novidade. Isso porque, anualmente, a French Oak Cask produz artesanalmente 18 mil garrafas de whisky. Apesar de não ter o consumo de whisky entre suas tradições, o interesse dos australianos também ajudou a aquecer o mercado local.
O próximo passo dos produtores para fortalecer o whisky da Tasmânia é se manter unido: “Individualmente, somos passageiros. A piada é que produzidos menos whisky em um ano do que é derrabado no solo da Escócia. Então, precisamos uns dos outros”, explica William McHenry, proprietário de uma das destilarias da ilha.