Artes/cultura
13/07/2017 às 11:07•1 min de leitura
Já não deve ser novidade para nossos leitores que, entre os maiores potenciais para o uso do DNA, temos sua aplicação como uma ferramenta para armazenar informações. Pensando nisso, um grupo de biologistas utilizou o sistema de edição de genes CRISPR para gravar informações bastante curiosas – leia-se “imagens e GIFs animados” – em um grupo de bactérias. Ficou confuso? Calma, pois nós explicamos.
Em resumo, a equipe por trás do projeto tirou proveito dos mecanismos de defesa de bactérias com a ajuda de proteínas “Cas”. Dessa forma, eles foram capazes de armazenar uma sequência fisicamente, para ser lida quando necessário.
Se você acha que a ideia em si é maluca, basta ver a imagem abaixo para mudar de ideia. Esta basicamente mostra uma versão pixelada de uma mão, criada em computador, e outra, logo ao lado, reproduzida com a linha de DNA desenvolvida por eles.
Não menos impressionante – embora bem mais impreciso – foi o GIF animado antes mencionado. Diferente da imagem estática, que apresentou resultados consideravelmente precisos, parte das informações acaba se espalhando pelas células, resultando em alguns erros pela animação. Mesmo assim, não há como negar que ela conseguiu reconstruir tudo com uma precisão considerável.
Qual seria a aplicação de algo assim, por sua vez? “A ideia é criar gravadores moleculares que funcionam nas células para capturar coisas na célula ou no ambiente da célula... Para que um experimentador não precise entrar e atrapalhar o sistema para coletar dados”, explicou Seth Shipman, autor do projeto, ao site Gizmodo.
Vale notar, por fim, que a tecnologia usada por eles não é nem de longe novidade, embora a ideia em si se destaque por sua proposta inusitada. Mas ainda há um longo caminho para tornar essa criação realmente eficiente, já que o método ainda possui uma precisão de 90% nas animações, bem como problemas de pixels mortos e outros erros.